Já fazia uma semana. Sete dias inteiros... e eu seguia naquela missão suicida de evitar os dois. Passei a entrar e sair de casa em horários estratégicos, sempre com o olhar atento pra cada canto do morro. Se via algum vapor de longe, já dava meia-volta, com medo de encontrar um deles. Principalmente o Kauê, que parecia ter olhos em todo lugar. E o Nathan... bom, o Nathan eu tinha certeza que sabia exatamente o que eu tava fazendo. Ele era teimoso. E orgulhoso. Não ia vir atrás de novo... não por enquanto. Mas eu sentia o olhar dele, mesmo quando ele não tava. Sentia a tensão no ar quando eu passava pela boca e fingia que não via ninguém. No trabalho, eu esticava o turno na padaria o máximo que podia. Fazia hora extra, ajudava a fechar, limpava o que nem era minha obrigação. Tudo pra não

