Acordei com o sol batendo de leve na janela, mas o que me fez abrir os olhos mesmo foi o cheiro de café misturado com pão assando. Por um segundo, achei que tinha sonhado tudo, o calor, os toques, os dois. Mas quando me virei e vi o Kauê dormindo de boca aberta, espremido na beirada da cama, e Nathan deitado no canto, ocupando metade da cama, e com todo minha coberta só pra ele, a realidade bateu fundo. Eu sorri. Devagar. Desci da cama com cuidado, tentando não acordar ninguém, mas Kauê resmungou. — Vai aonde, minha mulher? — Fazer xixi, ué. Quer que eu segure? — Quero. — Ele abriu um olho só, todo debochado, e depois virou pro outro lado. — Mas vai lá... depois volta. Na cozinha, encontrei minha mãe já de avental, mexendo na cozinha como se não tivesse percebido nada demais. Menti

