51

1189 Palavras

LELEU NARRANDO Ah, hoje vai ser do jeitinho que eu gosto. Solzão rachando no alto, geral de chinelo no pé, molecada batendo altinha no campinho, e eu girando pelo morro com aquele sorrisão largo de frente que já acorda sonhando com a p***a de um pagode bem feito. — Fala, chefia! — gritou o Gegê, lá da barraca do pastel. — Mais tarde a gente se vê, hein! — respondi, dando dois tapinhas no peito e apontando pra cima. Ele sabia, todo mundo sabia: hoje era dia de rodar a engrenagem direitinho, sem barulho, sem vacilo, tudo liso. Passei no ponto do alto, dei aquela conferida nos mano que ia descer com rádio, fuzil e postura. Os menorzinhos só no olhinho, esperando oportunidade de ser chamado pra carregar caixa, montar barraca, qualquer coisa. É nessas horas que a gente vê quem tá pronto pro

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR