113

1146 Palavras

BRASA NARRANDO Tava na boca, conferindo os malote com o Leléu, o sol começando a virar cinza, fim de tarde no Mandela, quando meu celular começou a vibrar no bolso da bermuda. Nem precisei ver quem era. Só de sentir o cheiro da confusão no ar, já sabia que vinha dela. Mas não atendi de primeira. Esperei. E quando atendi, já fui direto: — Fala. Só que era a Sol, né? E ela nunca perde a chance de jogar na cara: — Ué… é assim que tu fala com tua dona? Revirei o olho, mas segurei. Ela não tava ali pra flertar, tava querendo alguma coisa. Quando desliguei, respirei fundo e virei pro Leléu, sem paciência: — Que p***a é essa de loja? Tu mandou tua mulher ver um muquifo aí que a Sol tá enchendo a p***a da minha cabeça? Leléu deu aquela risadinha sem graça, levantando as duas mãos. — Que?

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR