No instante em que as portas pesadas da mansão se fecharam atrás de nós, selando o mundo exterior do lado de fora, qualquer resquício de resistência simplesmente se evaporou. Eu estava sozinha com Salvatore Valentini, encerrada em seu domínio, e aquela realidade deveria me apavorar. Contudo, o que fervia em minhas veias não era medo, mas algo muito mais profundo, primal e urgentemente familiar.
Salvatore me olhou com aqueles olhos cinzentos, escuros como uma tempestade prestes a desabar. Seus passos eram lentos e calculados, o avanço de um predador que já tinha a presa garantida e agora saboreava a aproximação.
— Sei mia adesso — sua voz era um murmúrio grave, uma afirmação que soava tanto como uma promessa quanto uma ameaça, enquanto suas mãos, firmes e decididas, agarravam minha cintur
