Já é madrugada quando decido que não posso mais esperar. O silêncio absoluto da mansão, quebrado apenas pelos passos pesados dos seguranças lá fora, me dá a coragem necessária para fazer o impensável: fugir. Visto roupas pretas discretas, prendo o cabelo num coque apertado e calço botas leves. Tudo o que tenho está em uma pequena mochila: dinheiro, documentos falsos, que roubei de um dos homens do meu pai e uma arma carregada. Espero sinceramente não precisar dela, mas não hesitaria em usá-la. Com passos silenciosos, atravesso o corredor escuro. Cada ruído é ensurdecedor, o coração acelerado quase me entregando a cada movimento. Saio pela porta lateral, atravessando os jardins com cautela, evitando as luzes e câmeras que conheço desde criança. Quando finalmente chego ao muro lateral, es

