Pré-visualização gratuita 01 AYLA
AYLA NARRANDO
Sinto a batida no carro como se eu ainda estivesse dentro. o meu corpo balança enquanto eu vejo todos os vidros sendo quebrados, vindo na direção do meu rosto que eu protejo, ao mesmo tempo que a minha mãe é arremessada várias e várias vezes pelo carro que capota no meio da estrada. Sinto a segunda batida e a terceira e meu corpo começa a suar. Um grito de desespero sai da minha boca e o desespero e a dor por minhas pernas estarem ficando presa entre o banco e o painel do carro me consome. Logo tudo fica escuro e eu apago.
Sinto as lagrimas quentes descer no meu rosto e vou abrindo os meus olhos em desespero, mas um sonho de muitos que já tive desde o dia que eu fui internada e perdi a minha mãe, a única pessoa que eu até então sabia que eu tinha.
Me chamo ayla e tenho vinte e dois anos, sou branca dos cabelos loiro escuro cacheado, tenho um e setenta de altura, olhos azuis e meu corpo, bom eu sou magra e tenho algumas ondulações.
Nasci no rio de janeiro e depois dos dez anos eu fui morar em são Paulo onde eu fui criada até hoje, mas não em um só lugar e sim em vários lugares de são Paulo. Não conheço o meu pai e a quinze dias eu perdi a minha mãe em uma acidente de carro na rodovia que ia nos levar ao literal aonde iriamos morar.
Bom eu não sei muito da vida e até dois dias atras eu nem sabia que eu tinha uma tia e prima. Mas deixa eu explicar um pouco melhor né.
Minha mãe sempre me manteve afastado do mundo, eu nunca estudei fora, nunca tive amigos a não ser ela, mas eu nunca me importei com isso já que eu mesma nunca tinha vivido nada disso. Acredito que não tem como sentir falta daquilo que nunca tivemos não é mesmo.
Minha mãe dizia que o mundo era um lugar c***l e que só dava valor a coisas materiais e a aparência. Que o sentimento e o caráter das pessoas não era nada se colocasse na balança com a beleza e o dinheiro. Por isso na minha casa nunca teve um espelho e eu nunca tive acesso a dinheiro, mesmo sabendo que a minha mãe tinha bastante por que eu sempre tive professores particulares e isso não deve ser barato.
É eu nunca me olhei no espelho a não ser no retrovisor do carro quando entrava para ir embora de um lugar para outro e nunca tive uma definição do que sou, se sou bonita ou feia, só sou eu e me sinto bem como sou;
Agora voltando ao foco. eu não sei o porquê, mas a cada ano eu e minha mãe mudava de casa e não só de casa, mas de cidade e duas vezes de estado, uma vez fomos pra minas, depois para o Paraná e por fim voltamos para são Paulo. não sei se era algum tido de doença que ela tinha que fazia querer se mudar sempre, se era tique, ou se ela estava fugindo de alguém. Mas seja como fosse ela sabia o que era melhor para mim e eu só escutava e fazia.
A minha criação não foi cristã, mas sei que também não foi normal, porque mesmo estando sempre dentro de casa, longe do mundo eu tinha acesso a televisão e a internet, mas internet somente na hora das aulas, que a proposito terminei os estudos já. Não me perguntem como se faz isso, mas eu sabia que minha mãe tinha autorização para eu estudar em casa e assim eu me formei.
Beleza? De novo esse assunto. Sei lá gente, eu acho que beleza é relativo. Eu sou como sou, mas já vi mulheres da minha idade na tv que sei que são diferente de mim, mas não sei se isso faz delas pessoas mais lindas dos que eu. Sei que eu mesma nunca fiz nada do que elas já fizeram e nem sei se tenho coragem de fazer.
Eu não conheço muito bem o meu rosto, até porque sempre andei com os vidros do carro fechados e via quase nada do meu rosto quando entrava. Mas tocando no meu rosto eu sentia as minhas sobrancelhas juntas, a minha perna e minha i********e sempre com bastante cabelos e minha mãe nunca soube, mas uma vez escondido dela e da professora eu pesquisei só por curiosidade o corpo de mulher nua e apareceu várias mulheres com o corpo bem bonito e perfeitamente liso em todas as partes, já eu não sou assim. Só que mais uma vez não me senti m*l e nem diferente daquelas mulheres. Enfim.
Agora voltando a minha mãe, a dois dias eu acordei de um coma que fiquei por treze dias. após a batida no carro que disseram ser um acidente com mais vítimas, eu tive uma das minhas pernas quebrada e uma pancada na cabeça me fez ter uma leve hemorragia, o que me fez ficar em coma por treze dias. mas desde quando eu acordei eu queria estar morta, já que a única pessoa que eu tinha no mundo já não existe mais e eu estou sem rumo, sem direção e ainda toda as vezes que eu fecho os meus olhos e pego no sono eu me sinto dentro daquele carro, vivendo tudo de novo e vendo a minha mãe morrendo várias e várias vezes já que ela estava em o sinto de segurança.
Sim nós estávamos na rodovia, mas eu lembro dela dando seta para parar no acostamento para pegar o carregado do celular que ela deixou na bolsa do porta malas. Foi aí que tudo aconteceu, no momento que ela tirou o sinto e foi tirando o carro da pista, senti a primeira batida e o corpo dela já se chocou com o volante. Lembro do airbag acionar, mas o carro capotou e ela começo a girar junto com ele, até tentei pegar ela, mas os vidros contando o meu rosto me fez se proteger e não tinha como eu segurar a minha mãe.
Agora estou em um hospital esperando pela chagada de uma tia que eu nunca vi, mas que os enfermeiros disso que conseguiram contato e que estava a caminho do rio para cá. Me sinto perdida, é como se o mundo girasse e eu continuasse parada no mesmo lugar. Por mais que eu sei de muitas coisas pois sou bem inteligente, eu sinto que não sei de nada e agora uma pessoa estranha e que nunca vi está vindo para me vê e eu nem sei o que falar e olha que eu gosto de falar. Mesmo tendo só a minha mãe nós conversamos bastante e quando eu estava sozinha, eu falava até sozinha, ou com a tv.
Escuto passos dentro e fora do quarto, aqui já entrou enfermeiras e médicos de tudo que é forma, cor, sexo e todos me olhavam como se eu fosse uma pessoa de outro mundo. escuto vozes se aproximando mais do meu quarto e fico tensa.
MÉDICO- ela não é muito comunicativa. _ ele fala entrando e eu o olho. A tem uma coisa que a minha mãe sempre disse, sou muito expressiva e as vezes o meu rosto fala por mim.
XXX- ayla? _ a mulher morena que lembra um pouco a minha mãe pergunta e eu sinto os meus olhos se encher de lagrimas pela semelhança das duas, mesmo uma sendo loira e outra morena.
AYLA- sim sou eu e vocês quem são? _ pergunto pois do lado dela tem uma morena linda com o cabelo liso na b***a, se veste bem e tem algumas tatuagens e piercing.
MARTA- eu sou marta a sua tia, irmã da sua mãe e essa é a Leila a minha filha e sua prima. _ ela fala e eu a olho. - Procuramos por vocês a anos. _ ela fala e eu não entendo, porque procurando por nós.
LEILA- ela parece assustada mãe. _ ela fala gentil e me olha com uma olhar de ternura e um sorriso parecido com o da mãe dela, que é idêntico ao da minha mãe.
AYLA- por que me procurava? _ pergunta me sentindo perdida.
MARTA- nunca soube o motivo da partida da sua mãe, sempre busquei por elas, paguei por detetives, mas sempre que eu estava perto ela sumia de novo. _ ela fala e eu agora penso por que a minha mãe fugia da irmã? Será que posso confiar nela, ou minha mãe fugia de outra pessoa.
AYLA- conhece o meu pai? _ pergunta e ela n**a.
MARTA- sua mãe nunca disse quem era o seu pai. _ ela fala e eu mordo do canto da boca. - Eu vim buscar você. _ ela fala e eu me encolho um pouco, podem me achar estranha, mas tirando a minha mãe e as diversas professoras, é a primeira vez que eu tenho tanto contato com humanos.
LEILA- ayla não vamos te machucar e nem te obrigar a nada. _ ela fala e eu a olho. - Mas no momento somos a sua única família e só a quem pode confiar. _ ela fala e eu concordo confiando nelas.
AYLA- ta bom. _ e vamos para onde, a casa que eu morava já não tem mais contrato. _ falo porque a minha mãe sempre alugava casa mobiliada e depois só entregava as chaves e tirava as nossas poucas coisas.
MARTA- vamos ir até o tumulo da sua mãe se quiser e depois voltamos para o rio de janeiro onde moramos, no morro do jacarezinho. _ ela fala e eu sinto o meu coração despedaçar e acelerar ao mesmo tempo. São muitas coisas para quem nunca viver um nada.
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