33

764 Palavras

MAYA NARRANDO Mano, eu já nem sentia minhas pernas. Gin descendo como água, flash piscando na cara, Julinha gritando “SELFIEEEE” a cada dois minutos. Tiro foto jogando cabelo, foto mostrando a língua, foto mordendo o canudo. Tudo pra eternizar a loucura que era comemorar dezoito com gosto de perigo. — c*****o, tô muito bêbada! — falei alto, rindo pra mim mesma, quase tropeçando no próprio salto da bota. A música trocou pra um 170 estourado; eu desci até o chão como se o corpo fosse elástico, senti a saia subir e nem liguei. As meninas berraram, jogaram ice no meu ombro, molhando tudo. Eu gargalhei mais alto ainda. Foi quando levantei a cabeça e vi ele. Dante tinha se afastado das piranhas do camarote, largou as mina batendo cilios e ficou encostado no gradil, copo na mão, postura de mu

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR