Capítulo 2 Olliver//Isabela

1665 Palavras
Olliver... Hoje completa uma semana que contratei a minha nova assistente. Devo admitir que no primeiro dia que a vi, não depositei muita fé nela, com aquele rostinho de garota nova, ela não me passou muita confiança, mas ao ler seu currículo, realmente me impressionei, e também por não estar muito afim de ser interrompido novamente, acabei dando uma chance a garota, e não me arrependi, essa semana ela me ajudou bastante, até ficou além do seu horário para me auxiliar. Minha nova assistente até que é bem atraente. Tenho uma tara por boca e seus lábios carnudos chamaram a minha atenção. Não que eu tenha trauma de mulher, mas para mim, todas elas são iguais. Se eu não tivesse o pé atrás, eu poderia agarrá-la naquele elevador, igual na cena do filme "cinquenta tons de cinza" em que o Christian agarra a Anastasia. Seria perfeito ter aquele rosto angelical e aquela boca diabólica só para mim. Desde o primeiro instante que a vi fiquei observando cada detalhe seu, seus olhos azuis, sua pele de porcelana, seus longos cabelos escuros ondulados, seu doce rosto angelical, e principalmente seus lábios chamativos. Imaginei essa boca fazendo loucuras que nem sei se deveria pensar. Quando entramos no elevador, senti o seu perfume bem leve, mas muito sexy que me deixou inebriado, e ao olhar para ela e ver que a deixei sem reação fiquei com mais vontade ainda de agarra-la no elevador mesmo. Pior foi na hora de deixar ela em casa, não sei o que me deu, seus lábios me chamavam a todo instante e eu quase caí em tentação. Agora estou aqui, buscando o meu irmão mais novo na delegacia por ter pichado uma viatura. — Você adora chamar atenção hein Andrew. — eu disse lhe dando um t**a na cabeça. Por sorte foi a primeira vez que o pegaram, então só precisei pagar a fiança, e ele teve que se virar para deixar a viatura limpinha. Ele não me respondeu, ao invés disso começou a falar da Isabela. — Eu gostei da sua nova assistente, espero que ela dure mais que o período de experiência. — Ela é bem eficiente, ao contrário das anteriores que só queriam chamar minha atenção com os seus decotes exagerados. — Mas bem que você gostava não é maninho? — Eu penso o seguinte, se estou contratando uma assistente, quero que ela me ajude e não que fique o tempo todo indo atrás de mim para coisas fúteis. Mas, elas foram agradáveis em outros sentidos sim, se é isso que você quer dizer. Apreciei bastante a paisagem maninho. — eu disse rindo. Apesar do sufoco na delegacia, adoro esses momentos só meu irmão e eu, ele é o único que consegue me fazer rir. — Você reparou na boca chamativa dela ou foi só eu? Tive que rir com a pergunta. Só me falta o meu irmão estar de olho na minha assistente. — Nem reparei maninho. — Só pode ser cego, ou mentiroso, acho que fico com a segunda opção, é impossível não reparar aquele monumento. — Gostou dela ou é impressão minha? — Ela é bem simpática, devo admitir. Aposto que ela vai ser bem-vinda na festa na nossa casa mês que vem. Meu irmão anda muito rebelde, adoraria encontrar alguém que o levasse de volta para o caminho certo, antes que ele perca totalmente o rumo, andando com pessoas que não prestam. — Faremos o seguinte. Se ela passar no período de experiência, ela vai, pode ser? — Pode ser sim. Isabela... Nem parece que já se passaram duas semanas desde que "entrei" na Finity, foram às duas semanas mais agitadas e confusas da minha vida. Fiz hora extra quase todos os dias. Oliver desde o nosso quase beijo ficou ainda mais arrogante, mas sempre o pego olhando para mim. Andrew aparece às vezes, mas nem sempre fala comigo, parece ter algo diferente com ele, que eu não sei explicar. E hoje tem um evento no centro de São Paulo para expandir os negócios da empresa, no qual eu fui convocada para não deixar o chefe ir sozinho e para auxiliar ele, pelo menos foi o que ele disse "nada dessas roupas de serviço" ele falou pertinho do meu ouvido antes de nos despedirmos. Entrei de baixo do chuveiro e enquanto tomava banho fiquei pensando nos últimos dias, na sorte que eu tive ao conseguir ser aprovada na "entrevista", na minha adaptação rápida na empresa, no meu chefe arrogante. Assim que terminei de me secar, optei por uma lingerie da mesma cor do vestido, coloquei o mesmo, e calcei os saltos, fiz uma maquiagem mais leve, sem tamo exagero, resolvi pesar um pouco mais nos lábios, com um batom em um tom parecido ao do vestido. Soltei os cabelos, ajeitei e só finalizei com um spray. Fui até o espelho e me surpreendi, faz tempo que não me via tão arrumada assim. O vestido frente única, tem um leve decote e é bastante longo. Acertei em cheio ao comprar ele. Coloquei um par de brincos mais discreto, passei o meu perfume favorito. Ajeitei algumas coisas dentro de uma bolsa pequena, de mão mesmo. E então fui me despedir do meu irmão. — Uau, está muito gata maninha, acho que vou junto para te vigiar. — Ficou bom mesmo? — Bom até demais, não sei se minha maninha vai ter autorização de sair com ele.— meu irmão disse rindo. Escutamos uma buzina. — Deve ser o seu chefe. Em seguida o meu celular apitou. — Estou aqui na frente te esperando, espero que não demore muito... Oliver. Nem sabia que ele tinha o meu número. — Já estou indo. — respondi antes de me despedir do meu irmão. — Boa noite maninho. — Te desejo o mesmo. — ele disse me dando um beijo no rosto. Meu irmão fez questão de me acompanhar até o carro, digamos que ele é um pouco ciumento. Oliver já estava de pé fora do carro, ele me olhou rapidamente, mas logo cumprimentou o meu irmão, assim que ele nos deixou sozinhos, Oliver abriu a porta para mim. Oliver olhava para mim e para o meu decote sempre que podia, fomos o caminho todo em silêncio, o clima estava ficando insuportável. Até que finalmente chegamos no hotel onde era o evento. Oliver saiu do carro e veio abrir a porta para mim. Entregou a chave ao manobrista e entramos. Como um bom cavalheiro que, apesar da sua arrogância, eu imaginei que seria, ele me passou na frente e colocou a mão nas minhas costas. A ponta dos seus dedos estavam frias. Não sei se era por causa disso ou se foi realmente ao seu toque... senti arrepios. Como se um fio elétrico passasse por todo o meu corpo. Ele viu. — Me desculpe. — ele me olha com seus olhos azuis. — Não... tudo bem. — eu o olhei rapidamente. Ele sorriu como se tivesse ganhado um prêmio. Caminhamos até um grupo de pessoas e ficamos um tempo lá. — Já volto. — Oliver disse e assim que eu assenti ele foi em direção a um grupo de homens. Eu me sentei e resolvi tomar um drink sem álcool enquanto o esperava. Percebi que ele sempre olhava em minha direção, e então me sentei de costas para ele, não quero que ele veja o meu desconforto. Não demorou muito até que eu sentisse uma mão gelada em meu ombro. — Desculpa por ter te deixado sozinha. — Está tudo bem, afinal, viemos aqui pelos negócios, não é? — eu disse calmamente enquanto ele analisava cada centímetro do meu rosto. Ele aproximou a sua boca do meu ouvido e então sussurrou. — Você esta magnífica hoje. Não pude deixar de sorrir com o seu elogio. — Obrigada, digo o mesmo Oliver. Ele piscou como resposta e se sentou ao meu lado pedindo uma taça de vinho. A todo instante seu olhar ia até o meu decote, e sempre que eu o flagrada sentia arrepios por todo corpo. — Me acompanhe. — ele disse e logo se levantou. Cruzamos o salão do hotel até chegarmos em um canto mais isolado. Oliver me pressionou contra a parede e olhou intensamente nos meus olhos antes de olhar para os meus lábios, ele se aproximou lentamente, e a cada segundo que passava meu coração acelerava ainda mais. E quando eu pensei que ele ia me beijar, ele se afastou. — Desculpa, não sei o que deu em mim. — ele disse e se enfiou no meio da multidão, ignorando os meus chamados. Será que é tão repugnante assim beijar a sua assistente? Afinal já é a segunda vez que ele recua. Passei pela multidão e me sentei novamente, dessa vez optei por uma bela taça de vinho, mas antes que eu a virasse, Oliver chegou e tirou a taça de minhas mãos. Ele não disse nada, simplesmente a pegou e virou todo líquido em sua boca. Ele pediu que eu o auxiliasse. Ficamos horas conversando sobre negócios com possíveis investidores. — Vamos? — ele disse se aproximando de mim. Eu só fiz que sim com a cabeça e então fomos na direção do estacionamento. Não demorou até que o manobrista trouxesse o carro. Dessa vez ele nem abriu a porta para mim, simplesmente entrou no carro sem sequer olhar para o meu rosto. Fiquei encolhida no carro até chegarmos em casa. Saí do carro rapidamente e quando estava prestes a entrar em casa, Oliver pediu que eu o esperasse. Mesmo não querendo eu parei. Senti a ponta de seus dedos em minha pele nua e a sua respiração afobada em meus pescoço e então me virei ficando de frente para ele, m*l tive tempo para pensar, pois ele logo selou nossos lábios com um intenso beijo. Suas mãos percorriam cada centímetro nú de meu corpo, e eu sem saber aonde colocar as minhas, acabei colocando atrás de sua nuca, o que acabou aprofundando ainda mais o beijo.
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