Tanto Dominick quanto o seu pai entram em ação imediatamente. um me segura e a outra segura o meu cabelo e o afasta do meu rosto.
Outra náusea me assalta e meu corpo expele ainda mais daquele veneno.
Eu caio de joelhos. Ou eu teria feito isso, se o Sr. Winters não tivesse suportado todo o meu peso e gentilmente me guiado até a calçada de concreto. Percebo, cheio de tristeza, que é Dominick quem está segurando o meu cabelo antes de vomitar mais um pouco.
Passam-se uns bons cinco minutos antes de parecer que acabou.
Dominick tira um lenço de papel de algum lugar. Detesto estragar tudo, mas ao mesmo tempo ma*l posso esperar para me limpar. Limpo a boca e eles me ajudam a levantar. Sr. Winters me traz para mais perto de seu corpo. Não tenho energia para apontar que a minha maquiagem deve estar uma bagunça por causa das lágrimas, e simplesmente desabo em seu peito. Quando ele passa
os dedos pelo meu cabelo, que há muito caiu do coque solto, sinto como se estivesse no paraíso.
Um deles deve ter pedido o veículo, pois só precisamos dar alguns passos em direção a uma limusine que nos espera na garagem.
Estou tão exausta que nem questiono o fato de o Sr. Winters ter se sentado no assento comprido comigo e com Dominick.
Ah não, o casamento dele…!
Mas ele fecha a porta e é óbvio que pretende acompanhar o filho até me deixar em casa. Novamente, os dois homens estão ao meu lado.
Um sanduíche da Sarah. Esse pensamento ridículo me faz soltar um riso. O Sr. Winters me mostra o seu sorriso brilhante.
—Depois de tudo isso, o que é que te faz cócegas, minha doce menina?
Cobri a boca com a mão, envergonhada.
— Nada. Eu sussurro, e então procuro o meu cinto de segurança.
— As limusines têm cintos de segurança? Meus dedos ficam desajeitados enquanto procuro cegamente pelo assento. — Estou no meio, então onde...?
— Aqui, querida. Dominick diz, estendendo a mão no meu colo e puxando o cinto. Ele tirou o paletó do smoking e seu cheiro chega até mim.
Céus.
Cheira muito bem. Ele usa uma colônia diferente da do pai, mas vamos lá... deliciosa. Estou surpresa que algo possa cheirar tão bem, considerando o quão tonta eu estava alguns minutos atrás, mas caramba, esse cara cheira como se pudesse comê-lo. Observo enquanto ele se inclina para trás e ajusta o meu cinto.
Então me recosto no assento de couro macio e fecho os olhos.
Deus, meus pensamentos estão dispersos. Preciso que o terrível efeito do álcool passe e saia do meu corpo. Então posso ser eu mesmo e estar no controle novamente.
Sim, vou descansar um pouco e pronto.
A limusine vai embora. O vidro escuro entre o motorista e o banco traseiro está levantado, então não consigo vê-lo. É como se tivéssemos um quarto pequeno e silencioso só para nós nos fundos. Tranquilo, isolado e protegido do mundo.
Dominick e seu pai se sentem tão calorosos ao meu lado.
Eu me sinto tão quente... e segura... e...
— Acorde dorminhoco. O sussurro estrondoso soa tão baixo que é fácil imaginar que faz parte do meu sonho.
Um belo cavaleiro viking veio me salvar da vil, vil rainha-mãe, que me trancou em uma torre muito alta. O cavaleiro tem os cabelos mais loiros de todos e os olhos mais verdes: olhos sábios e cheios de intensidade brilhante. Quando ele olha para mim, sinto que ele me perfura direto no centro. Ele pode ver todos os meus desejos, até mesmo os desejos sombrios que quero esconder de todos.
Eu rolo e me aconchego em meu colchão quente.
— Acho que ela está feliz onde está, pai.
A voz me parece familiar. Estou num daqueles sonhos em que tenho consciência de que estou sonhando, mas não quero acordar ainda. Olho para cima e lá, ao lado do primeiro cavaleiro viking, está um segundo cavaleiro tão bonito quanto o primeiro, mas jovem. Enquanto o primeiro exala uma aura de sabedoria e me dá a sensação de que lutaria com todos para me manter segura, o segundo é cheio de fogo e luxúria.
Ele olha para mim com desejo aberto e sua longa espada brilha na luz.
Juntos eles se movem rapidamente e me libertam das correntes com as quais a Rainha Mãe me amarrou à cama. E então, por sua vez, eles seguram o meu rosto e encostam os seus lábios nos meus, um após o outro...
Abro os olhos rapidamente e coloco a mão na barriga.
—Você se sente ma*l de novo? Olho para cima e encontro os olhos preocupados do Sr. Winters, e é quando percebo que a minha cabeça está em seu colo.
Meu Deus. De alguma forma, durante o passeio, consegui me deitar no banco, colocar a cabeça no colo do Sr. Winters e as coxas em cima das pernas de Dominick. O Sr. Winters está com a mão esquerda colocada casualmente na minha cabeça e brincando com uma mecha do meu cabelo castanho que está logo abaixo da minha orelha.
Eu me endireito de repente, me afastando dos dois.
— Se eu estou bem?
Processo a pergunta do Sr. Winters em meio à minha mortificação.
— Estou bem. Eu faço uma careta. Na verdade, me sinto péssima. — Eu só preciso dormir um pouco. “Na minha cama”. Esclareço, minhas bochechas coram, e então me sinto estú*pida.
Porque é óbvio que é onde eu deveria dormir. Não me aconchegando nesses dois homens que são basicamente estranhos para mim.
Dominick aparentemente lê na minha cara algo do que estou sentindo, bem, ele me dá uma massagem nos ombros.
— Agora somos uma família. É isso que as famílias fazem, ajudando-se mutuamente.
Sua outra mão se junta à primeira para me dar uma delicada massagem nas costas que parece divina. Tenho que lutar contra a vontade de relaxar encostando- me nele.
— Eu deveria entrar. Eu disse, olhando para o Sr. Winters. — E você deveria voltar para a festa.
De repente, alcanço e percebo as implicações daquilo que o meu ato interrompeu.
— Oh, meu Deus. Eu rapidamente levanto a minha mão para cobrir minha boca.
A noite de núpcias! Tropeço até a porta da limusine e a abro.
— Deixa que...