Você Será minha novamente

Episódio 4

Voltando para a mesa, ainda tentando me acalmar. Todos os minutos generosamente concedidos pelo mestre do silêncio do banheiro, tentei me convencer a não desistir. Os russos não desistem. Haha. Eu tinha certos objetivos para esta reunião. Mesmo o meu ex-marido, que decidiu aparecer depois de três anos de silêncio, não vai me impedir. Nos primeiros meses após a nossa separação, esperei que ele de alguma forma me lembrasse da existência dele. O meu coração pulava com qualquer mensagem recebida, batida na porta ou no carro sob as minhas janelas como uma tentativa de que esse homem quisesse retomar o nosso casamento.

Bem, não um homem, mas um pedaço de granito, que chamei de marido um dia. Eu não voltaria para ele de qualquer maneira. Andrew se levanta da mesa e puxa uma cadeira em frente à sua para mim. Sinto o cheiro das notas familiares do seu perfume. M*aldito conservador. É melhor tentar algo novo.

— Estou muito feliz que você tenha mostrado prudência. Embora isso não se pareça com você. Ele sorri friamente para mim.

— Por favor, me perdoe, isso foi inesperado para mim. Sorrio educadamente para ele.

— Como vai?

— Tudo está bem. Como sempre, estou trabalhando.

— Quem duvidaria disso? Dinheiro é sempre tudo. Como estão Vitaly e Elena? Ele pergunta.

— Você sabe como estão. Ele mantém contato com os meus pais. Nunca discuti esse assunto com minha mãe, eu apenas sei.

E mesmo sob a mira de uma arma não vou perguntar sobre a mãe dele. Na verdade, sonho em nunca saber sobre ela.

— Hum, semana passada. Visitei o seu afilhado. Dasha sempre pergunta sobre você e se culpa por você ter parado de se comunicar. Sentindo o tom acusatório na sua voz, encolho-me involuntariamente.

A esposa do melhor amigo de Andrew, a gentil e sensível Dasha, tornou-se uma pessoa próxima a mim durante o nosso casamento. Depois que o meu casamento terminou, cortei a nossa comunicação. Não consegui, foi muito doloroso. — Há quanto tempo você é m****o dos fundadores? Mudando de assunto, olho para ele com desconfiança.

— Há alguns meses surgiu uma oportunidade de investir. Não foi por sua causa. Aceite isso. Ele devolve um sorriso educado. A fúria ataca novamente com uma chama ardente, nas minhas fantasias agarro o seu belo rosto com garras vermelho-sangue. Na verdade, sorrio com condescendência, como a Rainha da Inglaterra para um mendigo na praça. — Por que eu pensaria nisso? Esqueci essa história há muito tempo, Andrew. É bom que você também faça isso. Ele examina cuidadosamente o meu rosto e lentamente abaixa o olhar. Oh meu Deus, o pingente!

Falha épica. Bem, por que a corrente não quebrou ou esqueci dela no banheiro esta manhã? Isto é um fracasso, Nastacha.

— Tudo bem. Ele diz lentamente, olhando para o pingente (ou para o meu peito, não entendi?). A parte inferior do meu abdômen se enche de calor. — Voltemos à nossa cooperação.

— Eu olhei as edições do contrato que você enviou. Direi desde já que a sua agência não me convém como parceira. O olhar do rei fica confuso por um segundo. Não combina com ele.

Eu estava apenas me sufocando, nada nunca combina com ele. — Tem certeza? Como você pode lidar com esses volumes dentro do prazo determinado? Ele me olha sério.

— Naturalmente, tenho certeza que não começaria tudo isso... Espere, ele me acha estúp*ida? Eu fico irritada.

— Sempre apreciei o seu talento como negociadora. Diz ele com fingida admiração.

— Você me valorizou da mesma forma que uma pessoa surda valoriza a função de mensagens de voz num telefone. Claro, por que você precisaria de uma esposa? Mesmo sem casamento, você poderia simplesmente ter continuado a fod*er comigo. Essa é a única coisa em que você estava interessado.

— Só porque essa é a única forma de fechar a sua boca. Se esse método ainda funcionar, estou pronto para começar a usá-lo agora. Piscando os olhos, ele me queima com um olhar duro.

— Você realmente acha que não tenho ninguém com quem fod*er? Confie em mim, agora posso lhe ensinar diversidade.

— Podemos, por assim dizer, trocar experiências. Mas... você não gosta de tentar coisas novas.

— Ts, ts, ts. Estalo a língua, zombando, olhando direto nos olhos. — Que pena, Andrew.

— Natacha, bem, poderíamos nos comunicar normalmente, aonde você está indo com essa conversa? Há uma raiva furiosa nos seus olhos, as suas mãos brancas cerradas em punhos. — Você mesmo me fez defender. Digo a ele com os olhos. — Não é minha culpa que toda vez que vejo o seu rosto, tenho vontade de rasgá-lo em pedaços porque você me deixou então.

Andrew se levanta abruptamente, abotoando o botão de cima do seu paletó. Ele tira um arquivo com papéis da pasta e joga-o com as palavras: Achei que em três anos pelo menos alguma coisa se encaixasse no seu cérebro. Mas você continua idi*ota ingênua.

— E você ainda é o mesmo idi*ota de sempre.

Ele começa a sair, mas de repente se vira e diz: E ligue para Dasha. Pense pelo menos uma vez na vida não só em você, Rainha do mundo.

Droga. Andrew sai do restaurante com passos rápidos. Ufa. Está tudo igual a três anos atrás, não aguentamos mais de meia hora no mesmo espaço. Eu retiro freneticamente o papel do arquivo. O acordo foi assinado no meu escritório. Abro o orçamento. Deus, não consigo acreditar. Não há mais erro, o maldito IVA está em vigor. Olho pela janela, atravessando a rua Andrew vai rapidamente até o carro. O mesmo BMW, só que novo. O meu ex-marido sempre permanece fiel às suas preferências. Cubro os olhos com as mãos para não olhar para ele. Você realmente é uma idio*ta, Natacha! Porque você ainda o ama...