Pré-visualização gratuita Capitulo 1-Prologo
Linguagem MC
President (Presidente)Líder máximo do MC. Ele manda em tudo. Suas ordens são absolutas.
Vice President (Vice-presidente)Segundo no comando. Assume quando o presidente está ausente.
Sergeant-at-Arms (Sargento de Armas)Responsável pela segurança, punições e disciplina dentro do clube. É quem “resolve na força”.
Road Captain (Capitão de Estrada)Organiza as viagens e passeios. Decide rotas e lidera comboios de motos.
Secretary (Secretário)Cuida dos documentos, registros e parte burocrática do MC.
Treasurer (Tesoureiro)Responsável pelo dinheiro do clube. Controla entradas, saídas e investimentos.
Enforcer (Executor)Aquele que “executa” ordens violentas: cobranças, ameaças, recados. É o braço duro da justiça do clube.
Prospect (Prospecto)Um candidato a m****o. Está em fase de teste. Obedece tudo, faz serviços sujos e prova sua lealdade.
Old Lady (Velha Senhora)Não tem nada de “velha”! É o título dado à esposa ou parceira oficial de um m****o. Ela é respeitada por todos. Ninguém pode mexer com ela. Tambem se aplica a mães, irmãs e filhas de membros
Sweetbutt / Club w***e / bundas doces ou cadelas (Mulher do Clube)Mulheres que estão disponíveis para os membros, mas não são oficiais. Não têm status nem respeito como uma Old Lady.
Nomad (Nômade)m****o que não pertence a um capítulo fixo. Ele pode andar por vários lugares com a permissão do clube.
Patch (Brasão / Emblema)O símbolo do clube costurado no colete. Receber o patch é um símbolo de honra.Cut (Colete)O colete de couro com os patches do MC. É sagrado. Ninguém toca, ninguém usa sem permissão.
Patch Over (Mudança de Clube)Quando um clube menor se junta a um maior. Os membros trocam seus patches pelos do novo clube.
Um m****o de Mc e sua Old lady tem suas propias regras, algumas aceitam traiçoes outras não. Uma Old lady e intocada um Old Man nem tanto, o que vale e o combinado do casal.
aQUI NO NOSSO LIVRO SE UM HOMEM SAIR OU OLHAR COM DESEJO A OUTRA MULHER E PORQUE FOI COMBINADO COM SUA ESPOSA ANTERIORMENTE!
PROLOGO
O relógio da igreja marcava dezessete horas e trinta e sete minutos. Eu não conseguia parar de olhar para ele. Cada segundo parecia gritar dentro do meu peito. A luz do fim da tarde atravessava os vitrais, colorindo o chão de vermelho, dourado, azul... como se o mundo ao meu redor estivesse tentando me dizer que ainda havia beleza, mesmo enquanto tudo dentro de mim começava a se despedaçar.
Eu segurava o buquê com tanta força que minhas mãos doíam. Sorria — ou tentava sorrir — para minha mãe, Ária, que estava sentada na primeira fileira, ao lado da minha melhor amiga, Cindy. Bruk, Sleep e Volum, amigos de Taylor, também estavam ali, parecendo cada vez mais inquietos.
Mas ele… ele não estava.
Taylor não estava.
— Ele vem — sussurrei para mim mesma, ignorando o nó na minha garganta, sufocando o medo que já arranhava minhas costelas. — Ele prometeu…
Cada badalada do relógio era como uma pancada no meu coração. Cada rosto que desviava o olhar, cada suspiro pesado ecoando pela igreja vazia… tudo me dizia para correr, para sair dali. Mas eu fiquei.
Eu fiquei porque acreditava nele.
Porque Taylor era o homem que guardava meus sonhos de menina.
O homem em quem eu confiava mais do que em qualquer outra pessoa no mundo.
O homem que guardava o meu ser.
O homem que era… o pai do filho que eu carregava.
A primeira lágrima caiu. Eu tentei disfarçar, tentei sorrir para Cindy, que levantou da cadeira, mas eu m*l conseguia enxergar. Meus joelhos vacilaram. O buquê escapou das minhas mãos, espalhando flores pelo chão como pequenos pedaços do meu coração sendo arrancados um a um.
— Não… não... — murmurei, minha voz falhando, fraca, patética.
Senti as mãos da minha mãe tentando me amparar, Cindy ao meu lado, Bruk caminhando na minha direção, como se pudesse fazer alguma coisa. Mas ninguém podia. Ninguém poderia consertar o que Taylor acabara de destruir.
Meu corpo inteiro tremia. Soluços saíam rasgados, dolorosos, e eu me curvei sobre mim mesma, abraçando a barriga ainda tão discreta sob o vestido branco. Ninguém sabia. Ninguém sabia que eu carregava uma parte dele comigo. Um pedacinho de nós que agora teria que crescer sem sequer conhecer o pai.
Eu queria gritar, queria arrancar aquele vestido, queria acordar de um pesadelo.
Mas era real.
Taylor tinha me deixado.
Taylor tinha me abandonado no altar.
O som dos meus soluços eram tão alto que parecia ecoar pelas paredes da igreja vazia. Minhas mãos tremiam descontroladamente, meu coração se partia em pedaços tão pequenos que eu duvidava que um dia conseguiria juntá-los de novo.
Eu havia sido tola. Tão tola.
Eu acreditei que amor bastava. Acreditei que bastava amar alguém para ser amada de volta.
Agora eu estava ali, sozinha, vestida de branco para um futuro que nunca viria, segurando dentro de mim a única lembrança viva de um homem que me prometeu o mundo… e que sequer teve coragem de me dizer adeus.
— Ele me prometeu… — sussurrei, com a voz quebrada, a cabeça baixa, lágrimas caindo sem controle. — Ele disse que estaria aqui…
Mas ele não estava.
Ele nunca esteve.
E ali, no altar, enquanto o sol se punha e as promessas morriam, eu também morri um pouco.
A Serena sonhadora, a Serena doce, a Serena que acreditava… foi enterrada junto com aquele buquê no chão da igreja.
Tudo o que restou foi uma mulher quebrada.
Uma mulher que jamais voltaria a ser a mesma.