CAPÍTULO 62
MONIQUE NARRANDO
Abri os olhos devagar, com aquela luz fraca da manhã entrando pelas frestas da cortina. A cabeça meio pesada, o corpo ainda preguiçoso… mas tinha algo diferente. Tinha um calor, uma segurança, um cheiro bom que não era o meu travesseiro.
Virei o rosto devagar…
E lá estava ele.
O Tubarão.
Dormindo encostado no encosto do sofá, com o braço ao redor de mim, me abraçando como se fosse escudo. O peito dele subia e descia devagar, o rosto sereno, sem aquela expressão dura de sempre. Pela primeira vez, vi ele em paz.
E eu ali, encaixada certinho nos braços dele, como se aquele fosse meu lugar.
Demorei uns segundos pra entender tudo. A última lembrança era da gente comendo, assistindo alguma coisa na TV… e depois? Só lembro do calor do corpo dele, da sensação d
