bc

Sequestrada por Engano

book_age18+
262
SEGUIR
3.3K
LER
Sombrio
os opostos se atraem
badboy
heroína poderosa
poderoso
máfia
bxg
inimigos para amantes
musculoso
addiction
like
intro-logo
Sinopse

Um erro. Uma captura. Um jogo onde o desejo é a sentença final.Afrodite Bueno é mais do que uma engenheira brilhante. Por trás da aparência sedutora e da mente afiada, ela esconde um segredo explosivo: é uma das hackers mais procuradas pela Interpol. Forte, ousada e completamente fora do controle, ela vive entre códigos e sombras, até que, em uma madrugada marcada por traição e raiva, se vê no lugar errado... com o alvo errado.Santiago Del Rei não comete falhas. Líder implacável da máfia espanhola, moldado à base de dor e disciplina, ele governa com punhos de ferro e mente fria. Mas ao sequestrar a mulher errada, Santos (como é temido por seus inimigos) descobre que o verdadeiro perigo não está fora, e sim diante dele: uma mulher que não se intimida, não se dobra... e não foge de uma guerra silenciosa.Entre provocações cortantes, tensão que queima e toques proibidos, Afrodite e Santiago mergulham em um jogo de poder onde não se sabe quem é o caçador e quem é a presa.Porque quando dois segredos se encontram, o desejo vira uma arma.E o prazer… pode ser a perdição.

chap-preview
Pré-visualização gratuita
Capítulo 01 - Fim da farsa.
Afrodite Bueno A água da banheira ainda subia em espirais de vapor quando despejei os sais perfumados, observando as pequenas pedras se dissolverem aos poucos. Eu precisava relaxar. Precisava me centrar antes de ver Alejandro. Hoje era seu aniversário e, mesmo tendo passado o dia inteiro atolado no trabalho, preparei algumas surpresas para a nossa noite juntos. Quando a banheira finalmente encheu, deixei o roupão escorregar pelos ombros e mergulhei devagar, sentindo o calor suave abraçar meu corpo nü. Fechei os olhos e respirei fundo, deixando que o cheiro de lavanda e menta invadisse meus sentidos. Fiz meu ritual com calma, depilei cada centímetro do corpo com a precisão que só alguém obcecada por controle entenderia. Nada fora do lugar. Como eu gostava. Como ele gostava também. Ao sair da banheira, a toalha macia deslizou sobre minha pele enquanto eu cruzava o quarto, onde minha roupa já estava separada com meticulosidade quase militar. Uma lingerie preta, nova, minimalista, mas letal — do tipo que diz tudo sem precisar mostrar nada. Por cima, uma calça jeans justa e uma jaqueta. Madrid estava congelando, e eu não pretendia morrer de frio por estilo. Soltei os cabelos e deixei que caíssem em ondas livres. Toquei os fios com os dedos, surpresa com o quanto cresceram. Há poucos meses, meu corte Chanel m*l tocava o pescoço. Agora, ele já acariciava meus ombros. Suspirei. Em breve, voltaria ao meu velho amor: fios curtos e dominados. Na frente do espelho, fiz só o essencial: um toque de iluminador, um blush sutil e hidratante labial. O suficiente para parecer naturalmente bonita — mesmo que absolutamente nada em mim fosse casual. Peguei minha bolsa, a sacola com os presentes, e chamei um Uber. Para minha sorte, havia um a menos de uma quadra. Esperei poucos minutos na calçada, o frio cortando o ar, enquanto eu me perguntava se Alejandro reagiria como eu imaginava. Nos conhecemos em Harvard. Engenheiros da computação — ele veterano, eu caloura. Dois madrilenhos em uma universidade americana que parecia um outro planeta. Bastou pouco tempo para nos aproximarmos. Antes mesmo de se formar, ele me pediu em namoro. E aqui estávamos nós, quase cinco anos depois. Já tivemos nossas tempestades. Algumas palavras não ditas. Alguns silêncios longos demais. Às vezes, sinto que ele está... diferente. Mas talvez sejam só minhas paranoias. Talvez. O carro parou em frente ao prédio dele e a voz do motorista me trouxe de volta. Agradeci e desci, apertando a sacola contra o peito. Subi até o andar dele e bati na porta duas vezes. Quando Alejandro abriu, um sorriso automático se formou nos meus lábios. Me joguei em seus braços. — Feliz aniversário, meu amor — sussurrei, sentindo suas mãos apertarem minha cintura como se fosse dele. — Obrigado, princesa — ele respondeu, me dando espaço para entrar. Entreguei a sacola e fiquei de lado, observando como seus olhos brilharam ao abrir os presentes. Um Rolex do modelo exato que ele vinha comentando há meses. Um perfume de notas amadeiradas que adorava. Chocolates amargos, os favoritos. — Caramba, Afrodite... Você lembrou do modelo exato — ele disse, já colocando o relógio no pulso, com um sorriso genuinamente empolgado. Me sentei no sofá e apenas observei. Eu sabia que acertaria. Eu sempre acerto. — Você merece — respondi, sem desviar o olhar. Ele caminhou até mim, me puxou com firmeza pela cintura e selou seus lábios nos meus. Um beijo lento, com gosto de promessas velhas e intenções novas. Seu toque me arrancou um arrepio que subiu pelas costas. Quando nos afastamos, o sorriso que ele carregava era tudo, menos inocente. O meu também. — Que tal irmos para o meu quarto? — ele sugeriu com um sorriso sugestivo nos lábios. — Acho uma excelente ideia — respondi, retribuindo o sorriso, já antecipando cada segundo. — Mas antes... preciso de um banho rápido. Me espera? Assenti, e seguimos juntos até o quarto. Assim que ele entrou no banheiro, aproveitei para me livrar da roupa. Meu corpo, agora apenas coberto pela lingerie escolhida a dedo, era a verdadeira surpresa da noite. Me posicionei no centro da cama, como uma oferenda feita sob medida para ele. A iluminação suave, o perfume ainda impregnado no ar... tudo estava perfeito. Quase cinematográfico. Quase. O som seco de vibrações insistentes me tirou dos devaneios. Virei o rosto para a mesa de cabeceira. O celular dele vibrava de novo. Uma, duas, três... quatro vezes. Algo me incomodou. Um pressentimento agudo que cortou o clima como uma lâmina. Peguei o aparelho, tentando desbloquear. A senha estava diferente. Arqueei a sobrancelha, o incômodo se transformando em desconfiança. Alejandro nunca trocava a senha. Mas eu não era qualquer uma. Bastaram alguns segundos para quebrar o bloqueio. A conversa estava ali. Um número desconhecido. As mensagens pulavam diante dos meus olhos como tapas na cara: Número desconhecido: Que horas a gente se vê hoje, amor? Número desconhecido: Tenho um presentinho pra você… Número desconhecido: Vou mandar um spoiler. Número desconhecido: foto Abri. Meu estômago se revirou. Uma loira, talvez uns vinte e seis anos, praticamente nüa, usando uma lingerie barata que gritava vulgaridade. Meus dedos tremeram. Mas continuei. A conversa era curta — ele provavelmente havia apagado o restante. Mas o suficiente estava ali. Alejandro dizia que eu viria vê-lo, e que depois inventaria uma desculpa qualquer de trabalho para sair e encontrá-la. Meu coração se estilhaçou como vidro. Não era um deslize. Era uma traição contínua. E covarde. — Afrodite? — sua voz soou do banheiro. Me virei devagar, encarando-o com os olhos marejados e o celular trêmulo na mão. — Quem é ela? — minha voz saiu baixa, mas firme. Ele congelou. O rosto ficou pálido. Deu um passo, mas me afastei rápido, ficando do lado oposto da cama. — Há quanto tempo isso está acontecendo? — perguntei, sentindo a raiva subir como um incêndio incontrolável. — Não é o que você tá pensando... Joguei o celular dele contra a parede com toda minha força. O estalo da tela quebrando foi quase terapêutico. — Caralhö, Afrodite! — ele gritou, visivelmente irritado — Ficou louca? — Louca? — ri com escárnio — Você ainda não viu nada. Responde: desde quando? — Três meses, porrä! — explodiu — E o que você esperava? Nosso relacionamento virou um gelo! Eu precisava matar a sede em outro lugar! Se ele estivesse perto o suficiente, eu teria esbofeteado aquela cara lavada sem remorso algum. Como não estava, agarrei o abajur e o lancei com precisão. Ele conseguiu desviar — pena. — Você é um canalha — cuspi, pegando as roupas no chão às pressas. Eu precisava sair dali antes que perdesse o controle de verdade. — Ah, qual é? Vai dizer que isso muda alguma coisa? Que importa mesmo? — ele avançou um passo. Foi quando puxei a pequena adaga que sempre carrego na bolsa. Ele parou no mesmo instante. Levantou as mãos, finalmente entendendo com quem estava lidando. — Dá mais um passo e eu te juro... você sangra. A expressão de medo em seu rosto foi tudo que eu precisava. Um gosto amargo de vingança e tristeza misturados. Peguei meu celular, os presentes e os chocolates que ele não merecia. Sem olhar para trás, deixei aquele apartamento como se estivesse deixando uma versão antiga de mim mesma para morrer ali dentro. Fim da farsa. Fim de Alejandro.

editor-pick
Dreame-Escolha do editor

bc

Amor Proibido

read
5.4K
bc

O Lobo Quebrado

read
121.6K
bc

Sanguinem

read
4.3K
bc

De natal um vizinho

read
13.9K
bc

Primeira da Classe

read
14.1K
bc

Meu jogador

read
3.3K
bc

Kiera - Em Contraste com o Destino

read
5.8K

Digitalize para baixar o aplicativo

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook