bc

Grávida do Mafioso Que Roubei

book_age18+
314
SEGUIR
1.3K
LER
Sombrio
os opostos se atraem
badboy
máfia
like
intro-logo
Sinopse

Ela roubou o homem mais perigoso de Nova York. Nunca imaginou que ele a reivindicaria como esposa.

O plano de Beatrice era simples: desaparecer após roubar a carteira de um desconhecido elegante em meio à multidão. O que ela não sabia era que acabara de roubar o rei da máfia.

Ao invés de uma retaliação sangrenta, ele ofereceu um acordo: um casamento falso. O que começou como um jogo perigoso terminou em uma noite inesquecível — e em uma filha que ele nunca conheceu.

Anos depois, ela vive escondida, acreditando estar segura.

Até que dois testes de gravidez mudam tudo.

Agora, com gêmeos a caminho e o passado prestes a bater à porta, Beatrice precisará enfrentar o homem que acreditava tê-la enterrado... e que está prestes a se tornar pai. De novo.

chap-preview
Pré-visualização gratuita
Capítulo 1
Beatrice Uma tempestade está chegando. O estrondo distante, quase preguiçoso, acrescenta uma nota de urgência ao ritmo apressado da multidão ao meu redor. As nuvens, pesadas e cinzentas como pedra polida, pairam ameaçadoras acima de todos, e o som abafado do trovão envia um arrepio pela minha espinha. Sou uma presença invisível, como uma pedra no leito de um rio — o fluxo de corpos contorna, ignora, nunca para. Ninguém me nota. Ninguém pergunta se estou bem. Em Nova York, cada um vive no próprio mundo, encapsulado numa bolha que se torna ainda mais isolada com a promessa de chuva iminente. Dou um gole do café morno que consegui pechinchando num carrinho a alguns quarteirões dali, observando os homens ajustarem os casacos contra o vento e as mulheres apertarem as bolsas, acelerando o passo. O trânsito corre como corredeiras agitadas, até que um sinal vermelho se torna uma barragem temporária, arrancando buzinas impacientes dos motoristas — como se parar por trinta segundos fosse um ultraje. A multidão diminui por um instante quando alguns correm para atravessar a rua, depois volta ao mesmo fluxo incansável. Perfeito. Quando estão distraídas, as pessoas só querem chegar em casa. Aquecido. Seguro. Invisíveis como eu passam despercebidos. Os sem-teto não existem. Enquanto os últimos goles do meu café descem pela garganta, examino a multidão e escolho meu alvo. Não sou exigente. Qualquer um com aparência de ter dinheiro de sobra serve. Hoje, no entanto, o homem que avisto parece ideal. Preciso de algo que me garanta algumas noites de abrigo — um hotel barato, talvez. Mas não vou conseguir isso com trocados. Ele está gritando com uma garota atrás de um carrinho de bretzel, os olhos arregalados, o rosto exalando raiva. É o tipo que acha que pode comprar o mundo. Alto, rechonchudo, com um casaco caro arrastando no chão, e o vento dançando com a aba do chapéu ridículo que insiste em usar. Uma rajada mais forte o arranca da cabeça, e ele, claro, desconta na moça. Ela não reage, apenas continua salgando a massa como se não o ouvisse. Seus ombros estão curvados, resignados. Esmago o copo de papel na palma da mão e avanço, de cabeça erguida. Esquivar entre nova-iorquinos é algo que faço com a naturalidade de quem respira. Já faço isso há tanto tempo que se tornou uma segunda pele. Meu sorriso se encaixa facilmente no rosto. Meus cachos ruivos, úmidos da garoa, moldam-se ao meu rosto, e eu os solto propositalmente sobre os ombros. A poucos centímetros dele, tropeço e me lanço contra seu peito. — Que diabos você pensa que está fazendo?! — ele explode, a voz grave, carregada de irritação. Suas bochechas se sacodem como gelatina conforme sua boca se move. — Olhe por onde anda, sua... E então, pausa. Nossos olhos se encontram. E a raiva dele evapora. Seu rubor muda de fúria para... algo mais patético. Fascinação. — Ah, senhor... muito obrigada — ofego, deixando um tom frágil e angustiado preencher minha voz. — Fiquei tão tonta, acho que perdi o equilíbrio... — Nossa... está... está tudo bem — ele gagueja, segurando meu braço como se eu fosse de vidro. Seu toque é pegajoso. Enquanto ele me apoia, meus dedos deslizam para dentro do bolso do casaco e agarram a carteira — couro grosso, fácil de sentir, fácil de esconder. Em três segundos, está enfiada na minha jaqueta. — Sinto muito — repito, encostando-me a ele um instante mais, fingindo desequilíbrio. — Você... está bem? Precisa que eu chame alguém? Seus olhos dizem tudo. Ele quer ser o herói. Quer que eu o agradeça de maneira pessoal. Intensa. Sórdida. A fome nos olhos dele me enoja. — Não precisa — digo com um sorriso tímido, colocando a mão sobre meus s***s. Seus olhos caem exatamente onde eu queria. — Acho que foi só uma tontura. Obrigada, de verdade. Deslizo ao redor dele, deixando minha mão percorrer seu antebraço devagar. Ele não percebe nada. Sorri, b***a. Um homem satisfeito com o próprio “heroísmo”. Olho para a moça do carrinho. Ela ainda me observa com os olhos arregalados. Pisco para ela. Depois, quem sabe, deixo uma gorjeta com o dinheiro do o****o. Só abro a carteira quando estou a dois quarteirões de distância. Dentro: alguns cartões, documento, uns trocados — setenta e cinco dólares. Pouco. Cartões inúteis do clube vão para o lixo, com meu copo velho. O resto eu guardo. Mas não é o suficiente. A chuva engrossa. A multidão muda de humor, agora mais agressiva, mais impaciente. Eu sigo pelas calçadas, mãos nos bolsos, procurando. Precisando. De outra vítima. De repente, um grito agudo corta o barulho da cidade. Meu coração salta. Paro. Olho em volta. Talvez alguém precise de ajuda... Mas não. Só uma criança, eufórica diante da vitrine de uma loja de brinquedos. Os pais sorriem, o levantam nos braços, o beijam. Entram na loja. Meu peito aperta com algo antigo e amargo. Famílias felizes me deixam mais fria que a chuva. Não há amor onde cresci. Não há beijos carinhosos, brinquedos ou colo. Chuto uma poça. Sigo em frente. Preciso focar. Preciso de dinheiro. As ruas esvaziam. A garoa vira chuva. Pessoas chamando táxis. E então, eu o vejo. No meio da multidão, ele se destaca como uma pintura em um mar de rabiscos. Alto. Postura impecável. Terno caro, cabelos negros penteados, um cacho rebelde sobre a testa franzida. Olhos em um celular enquanto resmunga algo. As pessoas abrem caminho sem que ele peça. Arrogante. Elegante. Riqueza escrita em cada gesto. Alvo perfeito. Dou um passo, pronta para interceptar, mas paro. Ele não está sozinho. Homens o seguem. Misturados à multidão. Jeans e suéteres. Casuais demais. Olhos atentos demais. Movimentos calculados. Seguranças. Meu coração acelera. Deveria desistir. Mas não desisto. Atravesso a rua. Sorriso no rosto. Postura impecável. Já consigo sentir a glória de enganar aquele homem na ponta dos meus dedos. E então ele me olha. Olha nos meus olhos. E por um segundo, o mundo congela. Aquele olhar é gelo puro, cortante. O tipo de olhar que reconhece predadores. O tipo que avisa: eu vejo você. Inclino a cabeça, finjo não perceber. Tropeço. Me jogo contra ele. — Ai, meu Deus! Esses sapatos vão me matar... — murmuro, fingindo desequilíbrio. Meus dedos deslizam por seu casaco, mão ágil, olhos baixos. A carteira está em minha mão e, num instante, presa contra meu peito sob a camisa. — Desculpa! — disparo, já virando para sair dali antes que aquele olhar me prenda de novo. Mas então... Uma mão me agarra. Grande. Quente. Firme. Sou puxada para trás com força e colido contra uma parede de tijolos. O ar foge dos meus pulmões. Tento reagir, mas ele está ali, pressionando meu corpo com o dele, as mãos espalmadas na minha cintura como ferro quente. — Não tão rápido — sua voz é grave, como trovão que anuncia tempestade. Os músculos dele ressaltam sob a camisa branca cara. Um vislumbre de tatuagem escura aparece entre os botões. Olho para cima. E fico presa. Olhos de gelo. Atrás dele, as sombras se movem. Os seguranças me cercam. Sem saída. Ele sorri — lento, perigoso. — Você pegou o bolso do homem errado, querida.

editor-pick
Dreame-Escolha do editor

bc

Amor Proibido

read
5.4K
bc

Primeira da Classe

read
14.1K
bc

Sanguinem

read
4.3K
bc

O Lobo Quebrado

read
121.6K
bc

De natal um vizinho

read
13.9K
bc

Meu jogador

read
3.3K
bc

Kiera - Em Contraste com o Destino

read
5.8K

Digitalize para baixar o aplicativo

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook