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O SENHOR DA MÁFIA

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Sinopse

Ariana nunca pensou que entrar em propriedade privada no mesmo dia do seu casamento fracassado que a uniria a Arman Bastian.

Um homem com um olhar penetrante, comportamento imponente, sem um toque de empatia.

Mas o que ela pensava como um encontro noturno ...

Bastian é atrevido, um advogado com uma vida dupla .. Uma onde Ariana se encaixa perfeitamente para cumprir a sua vingança.

Ariana caiu nos braços da b***a ...

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Prelúdio
Quando você estiver lendo esta carta, eu estarei longe. Eu sei que você não vai conseguir entender, e acredite, a minha intenção nunca foi te machucar. As palavras daquela carta se acumulavam na minha cabeça, enquanto os meus olhos se enchiam de lágrimas incontroláveis, uma após a outra. A minha respiração ficava agitada a cada passo que eu dava naquela rua de paralelepípedos daquele lugar, que eu jurava que testemunharia o fim de um relacionamento de seis anos. Seis longos anos que agora não eram nada, apenas a zombaria de um coração cru*el. Seis malditos anos carregados de uma mentira. Porque agora para eu não era nada mais que a sombra daquele amor. Eu tropecei por causa dos meus saltos. Por que eu não escolhei uns mais altos? Talvez, um 12 centímetro? Com eles eu poderia ter enfiado como uma adaga bem na direção do meu coração, teria doído menos. A carta tinha um gosto amargo, azedo, como morder um limão esquecido na geladeira há dias. O que eu era? Uma zombaria talvez para um covarde. O que foi pior? O engano dele, a mentira da minha melhor amiga, ou ser deixada no altar, vestida de branco, suportando olhares de empatia hipócrita e surpresa. Um peso enorme instalou-se dentro de mim, e com um vestido que pesava doze quilos de tecido puro, que se multiplicava como se eu carregasse um saco de batatas, era muito trabalhoso se mexer. Eu disse isso à estilista, mas ela sempre me dizia que o glamour era um fardo, mas eu achava que agora ela poderia enfiar o glamour onde quer que ele coubesse, porque o meu vestido idi*ota não me deixava correr facilmente por aquelas ruas. O véu ficou jogado em algum canto, os fios dos meus cabelos loiros pendurados, quebrando os cachos que eu não havia pedido, aqueles que estavam na moda, a última tendência para noivas. Cachos feitos com três quilos de spray fixador. As minhas lágrimas caíram por cima de uma maquiagem cara de duas horas, estu*pidamente cara para apenas um dia, mas era o que todos esperavam que eu gastasse no meu dia magnífico, porque não se repetiria, era especial e único. Os meus pés ardiam, eu caí de joelhos e a saia pomposa amorteceu o golpe, um ponto interessante para o estúp*ido vestido branco de princesa. Porque a minha mãe pediu, porque eu era pura e todos deveriam saber disso. Eu olhei para as minhas mãos no chão arenoso, onde as pedras tinham perdido a forma ao longo dos anos. Eles escolheram um lugar mágico perto do mar, uma cidade inacabada que guardaria o momento. Mas agora eu poderia ser como lenda urbana a noiva rejeitada, a mulher histérica que correu três quarteirões rua abaixo chorando por um namorado que jurou amá-la, um covarde que não conseguiu se quer dizer que não iria se casar com ela. Eu ouvi passos e vozes gritando o meu nome, eu virei uma esquina para me esconder, uma placa chamou a minha atenção, e eu entrei, sem me importar se era uma área privada. O portão estava aberto, eu continuei por uma estrada de terra, parecia que estava em construção. Eu era louca de entrar num lugar como aquele com o céu escurecendo, mas eu não conseguia pensar, a razão estava dois quarteirões atrás. A pressão no meu peito estava ficando cada vez maior. ‌​Aquela estrada terminava num prédio de cinco andares, um tanto moderno para o estilo daquela cidade. Uma construção no meio do nada, porque as casas pararam de se olhar há alguns metros. Eu estava cansada, a minha respiração sugeria isso e os meus músculos trêmulos asseguravam isso. Ser uma estudante de dança contemporânea me deu força e condicionamento, mas nos últimos três meses eu me dediquei apenas às questões do casamento. Eu sorri ironicamente ao lembrar que havia deixado o meu sonho de lado para seguir o dele, eu estava disposta a viajar esquecendo a minha carreira, porque o m*aldito tinha um novo emprego. Eu fui estúp*ida. A raiva voltou a me aingir. Limpando o suor do rosto com as costas da mão, eu procurei uma maneira de entrar, um pensamento cr*uel cruzando a minha mente. O mesmo que é gerado quando os meus demôn*ios se juntam e concordam. O lugar estava meio construído, eu subi as escadas, cega pela cr*ueldade, pelo medo, pela raiva, enchendo a cabeça com uma única frase: Ele mentiu para mim. Ressoaram como tambores, ecoando a dor na ferida no meu peito. Doía respirar, cada inspiração que eu dava queimava os meus pulmões. Eu queria que tudo isso parasse, eu queria acabar com isso. As minhas mãos tremiam quando eu agarrei o corrimão no último trecho. Uma área aberta com apenas o telhado apareceu na minha frente, o vento batendo no meu corpo. A temperatura caiu rapidamente enquanto o sol estava quase se pondo. Eu olhei para o abismo e continuei, cada passo com firme determinação. De lá, eu podia ver o mar no horizonte e como o sol era apenas uma linha de tons alaranjados e rosa. Eu estava em tal transe que não percebi que não estava sozinha. E um olhar frio pousou sobre mim. Eu também não percebi os passos atrás de mim. Mas eu não estava tentando me exibir. Algumas hastes foram dobradas no que se tornaria uma sacada perfeita e estruturada. Eu olhei para o nada, deu um último suspiro, seguiu em frente com falsa firmeza, mas o próximo passo não foi completado, eu me senti parada, balancei a cabeça procurando por algo, a minha estúp*ida saia de princesa ficou presa entre as barras impedindo o que eu iria fazer. Eu puxei a saia, mas ela não se mexeu. — Te odeio! Eu gritei, rasgando a própria garganta. — Droga, saia idi*ota... Eu grunhiu enquanto continuava puxando, mas a minha força acabou na quarta tentativa. Eu caí contra a saia, onde a vara lentamente amassou o tecido. Eu respirava pesadamente, as lágrimas turvando a minha visão. Eu ouvi alguns aplausos que me deixaram nervosa, eu olhei para a escuridão do prédio. — Quem está aí? Eu perguntei com os lábios trêmulos. Eu levantei as costas e senti o vento do vazio atrás de mim. Eu me coloquei numa situação terrível, m*al conseguia pensar no que estava prestes a fazer. — Eu não queria interromper o seu momento tão privado. A voz era masculina, calma, com uma placidez que me fazia arrepiar. Eu ouvi passos se aproximando. — Não dê mais um passo, ou eu vou pular. Eu me jogo, está me ouvindo, eu me jogo. Eu declarei, com a voz embargada pelo medo. — Não pare por minha causa... Ele respondeu, abandonando o anonimato que a escuridão lhe proporcionava. De todas as possibilidades que a minha mente formou, não era o que eu esperava ver. Um homem alto, de pele branca, estava parado calmamente, olhando diretamente para mim. Os seus olhos azuis eram tão claros quanto o céu e, sob aqueles cílios pretos e grossos, eles se destacavam como pedras preciosas. Essa foi a característica mais notável. — Você não vai me impedir? Eu perguntei irritada. O que uma pessoa normal faria nesse caso seria tentar me impedir, era o que eu faria, ou pelo menos o que eu pensava que faria. — Eu vi você entrar, subir, chegar na beirada... Acho que tive tempo suficiente para fazer isso antes se eu quisesse. Ele mencionou, caminhando na minha altura, mas mantendo-se a alguns passos de distância, contemplando a escuridão do mar à sua frente. O vento bagunçou o cabelo dele e o terno preto dele. — Por que você me interrompeu então? Era uma pergunta boba, mas eu pensou rapidamente. Ele virou o olhar para me ver caída no chão, com a saia presa, as mãos trêmulas, o rosto bagunçado e o cabelo dançando ao vento. — Curiosidade... talvez. — Curiosidade? Você me acha curiosa, você acha a minha situação curiosa. Você é louco! Eu gritei com raiva e não sabia por quê. — Não fui eu que entrei em propriedade privada, subi cinco andares com a intenção de pular... Ele sorriu mostrando seus dentes brancos e perfeitos. — Você não entende! Eu bati no chão com uma das mãos. — Você não sabe o que estou passando... — Explique-me... — Que? Eu perguntei, franzindo o olhar. Era realmente o que aquele estranho esperava de mim naquele momento. — Diga-me, por que uma mulher vestida de branco e com ares de princesa iria querer acabar com a própria vida... Ele se ajoelhou na minha frente. Eu arregalei os olhos diante da atitude do estranho, o seu olhar demonstrava uma frieza que me gelava por dentro. — Ariana! O grito interrompeu o silêncio entre nos. — Filha, meu Deus, querida... O choro da minha mãe estava cada vez mais próximo. — Eu temia o pior, estou feliz que você esteja bem, não faça isso, não me deixe. As mãos apressadas seguraram o meu rosto, mas os meus olhos permaneceram no estranho que se levantou, dando-lhes espaço. — Graças a Deus. A minha mãe me abraçou com força. — Mãe, estou bem, não se preocupe. Como você me encontrou? — Algumas meninas viram você passar, e entrar aqui. Ela virou-se para o estranho. — Muito obrigada, desculpe, sinto muito por entrar assim, mas ela é minha garotinha, eu vou morrer se alguma coisa acontecer com ela. — Eu não quero as suas desculpas. Vocês podem sair da minha propriedade... o dano que a sua filha causou é mais que suficiente. Ele disse num tom seco e cortante. — Eu não quebrei nada... Mãe, eu não fiz nada. — Cale a boca, Ariana, você entrou em propriedade privada e ele pode chamar a polícia. Então vamos sair daqui. — O que está acontecendo? — César, me ajude a tirar a sua irmã daqui, olhe o seu vestido. Ela sacudiu o tecido rasgado enquanto Cesar a segurava pelos braços. A minha indignação e a raiva me fizeram esquecer por que estava ali. Aquele estranho não sentia empatia por mim, um homem estranho para o meu gosto. Que desapareceu na escuridão sem dizer mais nada. Enquanto caminhavamos, eu não conseguia esquecer a atitude dele, nem o jeito como ele me olhava, ele parecia me estudar e isso me deixou desconfortável. Antes de entrar no carro, eu olhei para cima e, à luz da lua, pôde ver o reflexo daquele homem no vidro de uma janela em construção. Enquanto o carro avançava pela estrada de terra, a minha mãe continuava falando, gritando sobre o que eu tinha feito, o escândalo que eu tinha causado, mas eu não estava prestando atenção nela, eu só estava pensando nele e que seria a última vez que eu olharia para aquele homem. Bem. Eu estava errada... ‍​‌‌​ ‌‌‌​​‌​‌‌​‌​ ​‌ ‌‌‌​‌‌​​​‌‌​​‌‌​‌ ‌​​​‌ ‌‌‍‌​​​‌​​‌​‌​‌​‌​‌​‌​‌​‌‌‍

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