O Vasco ficou me encarando, os olhos duros, o tom baixo, firme:
— Fica tranquilo, Gustavo. Já foi resolvido. Aqui, quem toca em uma das nossas, paga caro.
Eu respirei fundo, tentando acalmar, mas o coração batia como tambor.
— Ela não merecia passar por isso, Vasco. A Laura é pura, mano…
Ele desviou o olhar, e naquele instante eu percebi que ele tava sentindo também.
Tinha algo ali que ele tentava esconder, mas dava pra ver no jeito que o maxilar dele travava quando o nome dela era dito.
Fiquei calado por um tempo, até ele dizer:
— Leva ela pra longe do movimento por uns dias. Deixa esfriar. Eu cuido do resto.
Assenti, mesmo com a cabeça fervendo.
Enquanto subia o beco de volta pra casa, eu só conseguia pensar em duas coisas:
na Laura, e no olhar do Vasco quando falou o nome dela.
Porque aquele olhar… não era só de ódio.
Era de proteção.
E, talvez, de algo mais.
O ódio me dominava.
Um ódio puro, cego.
A Bia sabia. Sabia! E mesmo assim olhou na minha cara, fingiu que nada tinha acontecido.
Tudo porque o desgraçado era irmão dela.
Aquilo me corroía por dentro.
Traição. Covardia. Hipocrisia.
E o pior — ela é a melhor amiga da Laura. A que jurava cuidar dela, a que prometia que nunca ia deixar nada acontecer.
Saí da boca com o sangue fervendo, os punhos fechados.
Desci as vielas sem enxergar direito de tanta raiva.
Fui até o ponto onde ela trabalha, mas não encontrei.
Um dos meninos disse que ela tinha ido mais cedo pra casa.
Sem pensar duas vezes, peguei a moto e segui.
Cheguei na casa dela, bati forte na porta. Nada.
O portão tava só encostado. Entrei.
— Bia! — gritei, a voz alta, carregada de raiva.
Silêncio.
De repente, ouvi o barulho do chuveiro ligado lá dentro.
O som da água caindo, o vapor saindo pela fresta da porta.
— Bia! A gente precisa conversar! — gritei de novo, me segurando pra não explodir.
A água parou.
Uns segundos depois, a porta do banheiro se abriu devagar, e ela apareceu enrolada na toalha, com os olhos arregalados, assustada.
— Gustavo?! Que isso, tu é doido? — ela gritou, segurando a toalha com uma mão e o peito com a outra.
— Doido? Doido é tu, que encobriu teu irmão depois do que ele fez com a minha irmã! — falei, a voz trêmula, o corpo inteiro tremendo de raiva.
— Eu não sabia o que fazer! — ela respondeu, chorando. — Eu juro, Gustavo, eu fiquei com medo… ele não e.... mas eu não concordei, eu não defendi!
— Tu devia ter falado comigo! — avancei um passo, apontando o dedo pra ela. — Tu devia ter confiado em mim, Bia! A Laura te ama como uma irmã, e tu deixou ela sofrer calada!
Ela abaixou a cabeça, as lágrimas caindo.
— Eu errei… eu sei que errei… mas eu tava com medo, a Laura mesmo pediu pra eu não falar!
Fiquei olhando pra ela, o peito subindo e descendo rápido, tentando controlar o impulso de continuar gritando.
Mas naquele instante, vi que o medo dela era real.
Não era desculpa. Era medo de verdade.
Respirei fundo, passei a mão no rosto e disse, baixo:
— Já tá feito, Bia. O Vasco resolveu. Mas tu… tu perdeu minha confiança.
Ela me olhou com medo e eu me aproximei
— eu vou fazer igual ele fez com a Laura vou fazer com VOCÊ
Ela se afastou, com os olhos cheio de lagrimas, em um impulso puxei a toalha dela, ela ficou pelada, eu olhei, dos pés a cabeça!
Ela ficou encostada na parede, em um impulso joguei ela pra cima da cama, e fui pra cima dela. Ela tremia nos meus braços a pele ainda molhada. Eu olhei nos olhos dela
— por favor... eu sou virgem - ela disse isso eu pulei de cima dela, ficando em pé!
— eu não sou teu irmão porra.... - joguei a toalha nela e sair com o coração disparado
Eu nunca fiz isso, não vai ser agora eu não sou jack p***a!
Continua