Tula
Hoje, nove meses depois consigo ver o motivo de todo meu m*l estar, as Carrego nos meus braços, Kristen e Krishna minhas pequenas
bebés.
Sim, estava grávida e não sabia, descobri no quarto mês de gestação quando caminhava na
rua e desmaiei, acordei já no hospital, alguém havia me levado.
Infelizmente não sabia quem era essa pessoa.
Só havia me levado ao hospital em seguida foi embora, ouvi isso dos
médicos que me examinaram.
Minhas bebês já estavam com vinte e duas semanas de vida, quando descobri que estava grávida fiquei louca, mais ainda quando o
médico me disse que seria duas.
Eu estava com dois bebês na mi-
nha barriga e o motivo de não
perceber tal coisa,é simples.
Nunca tive orientação nenhuma na minha vida, por isso não fazia ideia de como um bebê nascia e muito menos sobre como me proteger
para não engravidar.
Que foi uma coisa que até hoje corrói a minha alma a cada dia que passa.
Tento o máximo esquecer daquele dia que acabou de vez com o
pouco que tinha.
No começo fiquei muito assustada, chorei muito, de revolta no primeiro instante, me sentir um lixo humano e em hipótese alguma as queria dentro da minha barriga.
Não queria nada que me ligasse
aquele monstro, não tive coragem de dizer nada do que me aconteceu para aquele médico,
tinha aquele monstro, não tive coragem de dizer nada do que me aconteceu para aquele médico, tinha vergonha, medo, e receio, como aquele canalha pode ter feito isso comigo?
Me perguntava, então tudo do que me aconteceu serviu para que duas vidas estivesse sendo geradas dentro do meu ventre, eu queria
morrer.
Eu não queria aquelas bebês, eu não suportaria olhar para os rostos delas, elas seriam a minha ruína, eu m*l dava conta de mim, imagina de
duas crianças.
Mas depois de mais calma, chorei com as emoções embaralhadas,
saber que eu daria luz a duas vidas, minhas bebes, duas pessoinhas.
Que estavam comigo, e dentro de mim, duas vidas que não tinham
culpa de nada, as minhas filhas
que me acompanharia para o resto da minha vida.
Eu nunca mais estaria sozinha no mundo, eu não seria igual a mulher
que me colocou no mundo, minhas filhas teriam amor, carinho, tudo o que eu não tive inclusive uma mãe.
Agora com elas nos meus braços sei que fiz a escolha certa, juro por elas, pela minhas filhas que vou lutar para que eu as dê uma vida melhor da que eu tive.
Embora eu não saiba como, ou por onde começar eu prometo para elas, puramente para elas.
Eu seria forte por elas por que agora eu sabia o por quem lutar elas eram a minha vitoria!
Saio do hospital com Kristen e a Krishna nos braços, minhas bebês são lindas e saudáveis, apesar
de não ter me alimentado como deveria na minha gestação,
elas são gordinhas, suas bochechas redondas
e coradas,
seus cabelos castanhos e bem cacheados bem
clarinhos, são tão lindos.
Uma tem os seus olhos em
um tom marrom claro, e a outra tem os olhos azuis um pouquinho verdes, mas o médico disse que com o passar do tempo as
características delas iriam mudar.
Apesar da minha falta de peso, meu corpo nutriu toda a necessidade para que minhas filhas nascessem bem, e ganhasse peso em toda minha gestação, depois de tê-las, meu corpo mudou bastante, já não era uma quase desnutrida.
O meu peito está estão maiores, bem maiores, tinha um pouquinho de barriga claro, mas muito
O meu peito está estão maiores, bem maiores, tinha um pouquinho de barriga claro, mas muito
feliz.
Chego em casa com a Kristen e Krishna, pego algumas mantas que ganhei no hospital de umas enfermeiras, arrumo o colchão com elas, tornando o local melhor possível para acomodar minhas princesas.
Elas dormem, são tão fofas, e sem saber de nada, eu não sei cuidar de
ninguém nem de mim mesma,
mais eu prometo que o que passei minhas filhas jamais iram passar, se eu precisar de tirar da minha boca para da-lhes o que comer eu farei.
Deito junto a elas e acabo adormecendo com
minhas filhinhas.
Algum tempo depois...
Depois de todo meu repouso com as pequenas, contando com a ajuda de Marina, uma amiga,
que conheci no hospital era uma moça muita bacana ela havia me visto e nos apresentamos,
de cara gostei muito dela e o sentimento foi recíproco da parte dela também.
Ela havia me explicado algumas coisas que aprendia no hospital, nos tomamos colegas,
ela sabia minha atual situação,
a dela também não era fácil, como era faxineira do hospital não ganhava muito, mas sempre que
podia trazia algo pra minha casa.
Ela sempre foi uma pessoa muito boa, desde que nos conhecemos no hospital quando eu ia fazer o pré Natal.
Muitas das enfermeiras se solidarizaram comigo, e sempre me ofereciam o que podiam.
Eu passei a as considerar minha única família, que nunca tive.
Elas cuidavam de mim da melhor forma possível.
Me dando conselhos de como poderia cuidar das minhas filhinhas.
Para não haver nenhum tipo de acidente, e eu serei bastante grata a elas por isso.
E o médico que me atendeu, foi super gentil comigo, graças a Deus.
Sou posso agradecer a Deus por ter colocado estás pessoas tão boas em minha vida.
Pois ela e os seus conselhos serviram bastante para cuidar e tomar muito atenção e cuidado
das pessoas com mas intenções.
E que também existem as boas pessoas, assim como existem as não boas.
Mais saber bem em quem você deve confiar.
*************
Três semanas depois, ainda sem emprego, olhando a caixa de compra que existia ali próximo a pia, me faltava tudo, mantimentos e
produtos de higiene.
Como eu poderia me alimentar bem
para que minhas filhas se
amamentassem e absorvessem
todas as vitaminas e nutrientes
possíveis evitando doenças.
Se fosse em outras épocas não precisaria de esforços para desistir de tudo, mas agora olhando para as minhas pequenas Kristen e olhando para as minhas pequenas Kristen e
Krishna tenho por quem lutar.
Pego minhas filhas colocá-las
no carrinho e saio para a
rua, seu Thomas já havia me
intimado para que eu pagasse
o aluguel, caso contrário ele
sentia muito mas eu teria que
sair da minha casa.
Era muito triste ter que passar
por isso, Seu Thomas era um
homem bom e eu não o culpo por
isso,
ele é um homem desempregado e só se mantinha se
com o dinheiro que pagava do
aluguel então se eu não pago ele passará por necessidade, ele havia me dado uma semana
para me organizar.
Talvez procurar algum lugar para morar, ou talvez ou quitar a minha dívida.
Vou andando pelas ruas frias
da cidade, o dia amanheceu
assim, nublado, escuro, triste, se comparando com meu eu internamente.
Caminho alguns minutos, horas não sei bem, quando escuto minhas filhas reclamarem, com toda
certeza já sei o que elas querem,
paro em frente a uma avenida já movimentada, próximo a uma árvore que contem um banco em baixo da mesma onde me sento.
Pegando Krishna a mais agitada no momento, amamentando-a ali mesmo, cubro com sua mantinha enquanto ela suga com força, mordo meu lábio inferior para conter a pequena fricção de dor que sinto.
Enquanto isso balanço o carrinho fazendo com que Kristen não chore e espere sua vez, olho para rua movimentada, carros indo e vindo por todos os lados, prédios em frente e atrás de mim.
Como pode uma cidade tão grande não ter nenhuma vagas empregos para fornecer um emprego a uma menina como eu.
Me pergunto!
Sei que pode ser um pouco de drama da minha parte, mas as coisas estão realmente complicada para mim.
Eu olho para minhas filhas e
sei que eu nunca poderia fazer
isso, muito menos deixar acontecer com elas o mesmo que aconteceu comigo, jamais aconteceria.
Quando Krishna dorme a ajeito ela
no carrinho pegando Kristen logo
em seguida para alimenta-la.
Continuo olhando a rua, atrás de mim outra rodovia, pessoas no seu percurso natural da vida.
As vezes me pergunto em que
momento eu errei sabe, as coisas são tão complicadas que a gente simplesmente não consegue raciocinar direito.
A única coisa que eu preciso, é apenas de uma oportunidades, para me reerguer na vida é dar o melhor para as minhas filhas.
E que a partir do momento que as vi tomou de mim todo o amor que eu contia no meu coração.