Volúpia

Capítulo 3

Vitória Almeida

— Se liga Vitória…

— Você veio por que quis, eu não quero que você fique no meu pé! — Falei e sai andando.

Passo por uma multidão, quando de repente bato de frente com uma mulher, me preparo para pedir desculpas mas escuto uma voz conhecida.

— Ei! Presta atenção sua…Vitória?! — Ela fala me olhando com surpresa.

Demoro um pouco para reconhecê-la, mas então eu lembro da menina que o amigo do meu pai apadrinhou e ela vivia na minha casa para brincarmos.

Mesmo ela sendo dois anos mais nova que eu, eu amava brincar com ela, mas quando ela se tornou adolescente.

Ela ficou com uma obsessão de vingança, que inclusive o meu tio colocou na cabeça dela nós acabamos nos afastando e quando eu fui para Portugal aí sim perdemos contato de vez.

Agora na minha frente eu vejo mulher totalmente mudada, se eu não me engano hoje ela deve ter seus 18 anos, espero que tenha mudado o pensamento em relação a vingança louca dela.

— Karina, oh meu Deus! Quanto tempo, como você está? — Falo já a puxando para um abraço e sou surpreendido por ela retribuindo meu abraço.

— Nossa, eu tô ótima. E bêbada pra c*****o. É você mesmo, amiga? Merda… — Claramente ela já está trilouca, não deve lembrar nem o nome delas mas.

— Óbvio que sou eu amiga, você tá bêbada demais! — Falo preocupada.

Do nada Karina começa a olhar em volta, eu começo a fazer o mesmo que ela já ficando com medo, essa menina é dona de uma p**a favela e corre sérios riscos, imagina se alguém me sequestrar só por me ver com ela?

— Qual foi sua doida? O que você tá procurando alguém? — Pergunto.

Karina joga os cabelos escuros para trás e bufa irritada, será que eu falei alguma coisa errada? Pelo visto ela ainda continua temperamental.

— Acho que tem alguém me rondando desde a hora que eu entrei, mas não faço ideia de quem possa ser. Quando eu descobrir, vou estourar a cara do arrombado. — Arregalo meus olhos a cada palavra que ela diz, Karina continua bruta.

— Aí amiga relaxa, vai que é um admirador ou alguém que está te observando para chegar em você. — Falo, mas a Karina revira os olhos me fazendo rir, é realmente ela não mudou nadinha.

— Não fode. Eu não vim pra esse fim de mundo para entrar em sujeira. Não tenho tempo pra rolo, amiga. — Ela fala bem séria.

— Mas me fala amiga, ainda com aquela história de vingança e com aqueles treinamentos malucos? — Pergunto.

— Sempre. Cê não pegou a visão ainda? Eu vou dar sumiço no assassino do meu pai assim que encontrá-lo. É o meu legado. — Fala e eu consigo ver o mesmo brilho sanguinário que eu via em seus olhos antigamente.

— Amiga pelo amor de Deus, deixa de ser loca! Deixa o passo trás, vive hoje, tu tem só 19 anos, tem que curtir a vida e aproveitar, vingança não vai te levar a nada! — Falo tentando fazer algo entra na casinha dura dela. — E outra meu tio fica colocando essas merda na sua cabeça, mas ele mesmo não foi capaz de vingar a morte do amigo.

— Aproveitar o que, Vi? Tietê foi morto por um merda, sem motivo algum, e você quer que eu esqueça isso? É, eu sei que talvez eu não esteja aproveitando a vida como deveria mas…ser a dona de uma comunidade demanda muita atenção e responsabilidade. Cê tá ligada nisso, amiga. E sobre meu padrinho…ele tem seus motivos. — Eu penso em contestar, mas eu não quero brigar com a minha amiga, logo agora aqui eu reencontrei ela.

Karina pode ter essa marra toda, ser durona, bruta e raivosa, mas ela é um amor de pessoa, e sempre vou poder contar com ela.

— Tá bom, mas você sabe que pode contar comigo né? — Pergunto e vejo ela abrir um sorriso de canto.

— Eu sei, Vi. E agradeço muito por sua lealdade. Você é muito importante pra mim, acredite. — Sorrio com as suas palavras, eu vivi para ver a Karina ser fofa. — Ah! Essa é um hino!

Paro para prestar atenção na música e vejo que é a música da Luísa Sonza que está tocando sorrio animada, eu amo essa mulher.

— Vem amiga, vamos dançar! — Falo puxando a Karina para o meio da pista.— Tá viciado no meu chá, se lambuzando no meu chá, baby, eu sei que te excito, Ha-ha-ha-ha. — Canto rebolando junto com a Karina.

Karina e eu deixamos a batida da música nos consumir, rebolando de forma sensual, deixando os homens e mulheres à nossa volta de boca aberta.

Minha amiga estava gostosa pra c*****o em um vestido de cetim em oncinha curto, que exibia seu decote profundo, sustentando seus s***s fartos.

Como ela era uma mulher alta, com um pouco mais de 1.75, suas pernas longas se destacavam em um par de sandálias pretas altíssimas.

Seus cabelos negros curtos se moviam em ondas em cada chacoalhada de cabeça, sua boca, exibe um batom vinho sensual.

Desde o dia em que a conheci, ela chamava atenção por onde passava. Uma pena ser tão arisca no sentido relacionamento. Karina Leite é do tipo “pega mais não se apega”.

Jogo os meus cabelos para o lado e desço de pernas abertas rebolando e passando a mão pelos meus cabelos, então eu fecho as minhas pernas e subo sensualizando.

Me viro ficando de costas para a Karina e abro meus olhos dando de cara com o coringa do outro lado da pista, encostado no bar.

Seu olhar parece brasa sobre o meu corpo, ele bebe seu drink enquanto me olha com seriedade e desejo.

—Cala a boca e bota a boca aqui, tava doido pra me engolir, tá melado do açúcar que te entorpece e que te vicia em mim, papi! — Canto sem desviar meus olhos do dele e jogando meus quadris para o lado rebolando sensualmente. — Já tô queimando, baby, anos luz na sua frente, pode mе chamar de lady, mas não sou tão inocente. — Quanto eu canto essa parte da música eu finalizo passando a língua pelos meus lábios e piscando para ele, essa parte da letra parece está falando com nós.

Então de repente a minha visão dele é atrapalhada por um homem surgindo na minha frente e tentando dançar comigo, não falo nada.

Só viro de costas e deixo ele me puxar contra o seu corpo enquanto eu danço me esfregando nele, em poucos segundos eu já começo a sentir uma protuberância na minha b***a, mas já?

De repente eu não sinto mas o carinha dançar comigo e quando eu penso em me virar para o ver o que aconteceu eu sinto uma mão segura o meu pulso e me puxar, sorrio animada pois eu já sei muito bem quem é essa pessoa.

— Coringa, tem como me soltar? — Pergunto acompanhado ele sei lá para seu lá aonde, mas ele nada responde.

Eu só percebo que estamos indo para fora da boate quando passamos pelos seguranças e o Coringa pega o carro com o homem.

Ele abre a porta do carro me colocando dentro na maior brutalidade, então ele dá a volta no carro e abre a porta, coringa se senta do meu lado e fecha a porta.

— Coringa, pelo amor de Deus, você acabou de atrapalhar uma boa f**a garantida no fim da anoite. — Coringa rapidamente se vira para mim e seu olhar trâmite desejo.

— Hoje tu vai fode comigo! — Sinto a minha b****a se contratei, sorrio.

— Eu vou adorar ser fodida por você! — Falo sorrindo com malícia.

*****

Entramos no quarto e antes que eu consiga falar qualquer coisa eu sou puxada pelo Coringa, ele me puxa para o colo dele fazendo eu abraçar o seu pescoço.

Sem pensar duas vezes eu o beijo, o beijo do coringa é bruto, tem um gostinho de whisky e menta, sua língua passeia pela minha boca fazendo eu ter certeza em poucos minutos de que esse beijo é o melhor do mundo.

De repente eu sou colocada em cima da cama e ele se afasta, Coringa começa a tirar a roupa e eu não fico parada, tiro a minha saia e desabotoou o meu body o puxando pela minha cabeça e o jogando para longe.

Agora eu estou totalmente nua na frente do coringa, seus olhos sobre o meu corpo é idêntico ao leão e sua presa, sinto a minha b****a formigar com a sensação de antecipação, de querer mas.

Olho o coringa de cima a baixo, esse homem é o sonho de qualquer mulher na cama, abro as minhas pernas fazendo o convite silencioso.

Ele sorri de lado e se aproxima do meu corpo, quando eu penso que ele vai se deitar sobre mim ele puxa e coloca a cabeça no meio das minhas pernas.

Antes que eu consiga falar qualquer coisa, o coringa cai de boca na minha b****a me chupando por inteira, arqueiro as minhas costas sentindo o prazer enlouquecedor.

Coringa então começa a me chupar com gosto, ele enfia a sua língua dentro de mim me fazendo ficar ofegante, quando ele enfia um dedo dentro de mim eu solto um gemido alto pela sensação.

Ele começa a me chupar e meter o dedo dentro de mim, rebolo em sua mão sem conseguir me conter.

— Goza! — Quando eu escuto a sua voz rouca e grossa eu g**o, tendo um orgasmo maravilhoso.

Abro meus olhos e vejo o Coringa me olhar com um sorriso de lado bem orgulhoso pelo trabalho magnífico dele, então ele se deita sobre mim e começa a me beijar, entrelaço minhas pernas em volta da cintura dele e o puxo para um beijo gostoso.

Sinto quando eu coloca a pontinha do seu p*u na minha b****a e mete com força, arqueio as minhas costas escutando ele me chamar de gostosa enquanto mete com força..

****

— Vitória? VITÓRIA? - Abri meus olhos rapidamente me sentando na cama.

Vejo o Coringa todo arrumado na minha frente, mas a sua cara é de pura preocupação ele parece está prestes a enlouquecer.

— Coringa o que…

— Não era pra isso ter acontecido! — Fala fazendo o meu coração erra uma batida, mas eu mantenho a minha postura.

— Isso o que? — Pergunto e ele me olha sério.

— Você vai fingir que nada aconteceu, nunca vai contar pra ninguém! — Ele diz me encarando. — TÁ ME OUVIDO p***a?

O encarando desacreditada, eu não acredito nisso! Que decepção real, me levantei da cama totalmente nua, peguei as minhas coisas no chão e enfiei tudo na minha bolsa, pego um shorts jeans e um cropped e entro no banheiro.

Visto a roupa e saio do banheiro, calço uma rasteirinhas e o olho seria esperado e decidir ir embora dela merda de quarto, quando ele percebe ele sai do quarto e eu vou atrás.

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No caminho inteiro eu vou com uma vontade doida de chorar mas eu me controlo e foco a minha atenção no meu celular, eu finalmente tive uma noite toda com o homem que eu sempre gostei desde os meus 16 anos.

E quando eu acordo vem uma grande decepção, olha que merda! Quando eu vejo estamos subindo a favela, conto os minutos para finalmente chegar na frente da minha casa.

Quando ele pára o carro eu suspiro aliviada.

— Vitória, sobre o que aconteceu ontem a noite…

— Não aconteceu nada! — Falo e o encaro. — Bom, pelo menos eu não me lembro de nada tão importante assim. — Falo e saio do carro batendo a porta.

Se ele achou que eu ficaria chorando, me humilhando e correndo atrás dele, ele tá muito enganado.

A partir de hoje Coringa é página virada!

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Oii meninas, nessa capitulo tivemos a ilustre presença da Karina, uma personagem maravilhosa que vai aparecer no livro da minha amiga a autora Lana Gomes, o IG dela é:LanaGomes_autora

Sigam ela para ler a história completa sobre a Karina, uma personagem louca que vai dar muito o que falar!

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Lembrando que só aparti do dia 01/01/2022 irei começar a postar todos os dias!