Premonição

652 Palavras
Evelline estava andando de um lado pro outro, bem nervosa. Sarah estava ali, a observando naquele estado, e pensando no que fazer. - Como você consegue sentir ele? - Eu não sei, eu só consigo sentir quando ele está em perigo, especificamente. - Você é uma empata? Evelline pensou um pouco, e ela pôs as mãos sobre a têmpora, e tentou focar, pensando no Johnny. - Eu só consigo sentir que ele está amarrado em algum lugar, muito apreensivo, com medo, muito triste e desapontado também. - Acho que os Osíris pegaram ele. - Só tem um jeito de saber. Evelline olha pro espelho, e se aproxima dele, olhando pra si mesma fixamente no reflexo, mas Sarah a segura pelo ombro. - O que você está fazendo? - Esse espelho, ele pode nos dar o que precisamos, ele pode nos contar onde eles estão. - O-Oque? Espera aí, como assim? - Esse espelho pode responder uma pergunta que fizermos, porém isso só pode ser feito uma vez a cada três anos e se nós perguntássemos onde eles estão? - Precisamos pensar bem, poderíamos fazer uma pergunta mais inteligente do que simplesmente uma localização. Evelline cruzou os braços, e refletiu. - Eu me lembro quando fizemos a nossa primeira operação juntas. - relembrou Sarah. - Você me disse que ser uma líder é diferente de ser um herói, que um herói coloca as pessoas na frente da missão, mas que um líder jamais poderia fazer isso, isso porque, um líder deve priorizar os dois, e dar a própria vida em prol de tudo isso. Evelline ficou pensativa. - Acho que você tem razão. Também, o Johnny com certeza vai saber se cuidar bem. - Então, qual é a nossa outra alternativa? - O futuro... Sarah a olha com os olhos semicerrados. - Poderemos antecipar o que eles estão prestes a fazer e impedir antes que alguém se machuque. - disse Evelline. - Parece um bom plano, mas será que mexer com o futuro não é arriscado? - Vamos ver apenas a pouco tempo a frente, não vai comprometer tanta coisa assim, vai? Então Evelline voltou a olhar pro espelho, e olhando seu próprio reflexo, ela se concentrou, e então voltou a ficar sentada no meio da nebulosa roxa, com o sósia da sua avó sentado em sua frente. - Já se decidiu? - Sim, quero saber o que os Osíris vão fazer a seguir. - Você tem certeza disso? - Eu tenho. - Devo te avisar que revelações do futuro podem implicar em problemas mentais graves, fazendo com que sua sanidade entre em risco. - Então eu tenho chances de ficar maluca caso eu bisbilhote demais no futuro? - Exatamente. Pergunto mais uma vez, você tem certeza? Evelline respirou fundo, e respondeu: - Sim. - Muito bem então. Os olhos do sósia começaram a brilhar, e ele levantou a cabeça, logo começou a falar: - Os Osíris, eles vão jogar uma bomba... no Empire States Building. Evelline escuta com atenção. - Isso vai liberar uma alta quantidade de RNA instável que vai penetrar no organismo de todos os seres vivos, e isso vai causar uma mutação geral, fazendo com que todas as pessoas tenham super habilidades, porém umas viverão e milhares de outras morrerão. Vai ser como uma doença degenerativa para milhares. - Isso... isso acabaria num surto geral, poderia colocar o mundo em um... - Colapso, sim. - confirmou o sósia. Evelline engoliu em seco. - Essa foi sua pergunta, Evelline. Somente daqui a três anos você poderá fazer outra. Evelline balança a cabeça, confirmando que entendeu. - Ótimo. E então o sósia esticou o dedo indicador, e Evelline caiu com a cabeça para trás, e quando se deu conta, estava na frente do espelho de novo. - O que você viu? - perguntou Sarah. Evelline se virou, com uma cara preocupada. - Precisamos ir. - Pra onde? - Empire States Building.
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