Austin havia organizado um enterro falso para Evelline, somente os membros corporativos foram convidados, e todos eles estavam ali, incluindo o senhor Gerald Kidd e vários agentes da F.E.C.T.O.
Um pastor dizia palavras de consolo na presença de todos ali. Johnny e Austin estavam um do lado do outro, olhando para o caixão e tentando fazer a melhor cara de tristeza que podiam.
Assim que o pastor terminou de dizer suas palavras, todos fizeram um minuto de silêncio, e depois Austin já estava a ponto de dar a ordem para descer o caixão, quando Gerald Kidd se aproximou dele, e o tocou no ombro, dizendo:
- Sinto muito pela sua perda, Austin.
- Você já disse isso, mas eu agradeço ainda sim.
- Se me permite, onde estão os familiares? Só vejo membros corporativos aqui.
Austin e Johnny se encararam, e Austin respondeu:
- Não temos muitos, e os que têm, não tem muito estômago para enterros.
- Sim, sim, entendo.
E Austin ia dar a ordem ao coveiro para descer o caixão, quando Gerald Kidd o interrompeu novamente:
- Por que não abre o caixão, Austin? Gostaríamos de nos despedir adequadamente da nossa querida Capitã. Acho que é o mínimo considerando o tanto que ela fez pelo país.
Austin deixa escorrer uma lágrima, e Gerald percebe.
- Qual o problema, Austin?
Ele olha em volta, e vários agentes corporativos estavam olhando pra ele.
- Sei que tem a melhor das intenções General Kidd, mas peço que tenha respeito pelo meu luto e o do Johnny.
- Eu respeito. Mas é nosso luto também, por isso estou aqui hoje. Só gostaria de demonstrar meu respeito e gratidão a Capitã mais importante que esse país já teve, olhando no rosto dela.
- É, qual é o problema, senhor Presidente? - falou outro agente corporativo.
A tensão estava aumentando ali, e um silêncio total havia se instalado, até que um dos agentes foi até o caixão e o abriu de uma vez:
- Está vazio. - disse o agente, pouco surpreso.
Então Gerald pôs uma a**a na cabeça de Austin, e perguntou:
- Onde ela está?
Mas Austin permaneceu calado.
- Você é s***o?
- Eu suspeitava de todos aqui Gerald, mas você sem dúvidas é a maior surpresa de todas.
- Não o culpo, eu sou muito convincente. Aliás, foi por isso que me tornei líder do Osíris.
- Líder?
- É, parece que nem mesmo você pode prever tudo, não é mesmo Austin?
A maior parte dos agentes corporativos sacaram pistolas e apontaram para Austin e Johnny.
- É uma pena, você é um homem formidável. Saiba que eu não tenho o menor prazer em fazer isso. - disse Gerald.
Eles iam atirar, mas Johnny foi rápido o suficiente e atirou pedaços de gelo na testa de cada um dos agentes, os fazendo cambalear.
- Austin, corre!
Gerald deu um tiro em Johnny, mas ele se cobriu com uma pele de gelo, e a bala alojou ali, sem feri-lo. O General Invernal revidou congelando os braços de Gerald, e depois correu com Austin pra beirada do jardim, onde tinha uma sacada, e lá embaixo ficava um jardim botânico.
- Senhor Presidente, precisamos pular!
- Como vamos fazer isso?!
Então Johnny o segurou de ombro.
- Você já fez isso antes? - perguntou Austin.
- Já, um monte de vezes.
E pulou, enquanto eles caiam, ele fazia uma pista de gelo, e eles deslizavam por ela, e os agentes atiravam da sacada, eles desviavam por pouco dos tiros, até que chegaram ao jardim. Eles caem no chão fazendo um barulho abafado pela grama.
- Quantas vezes você já fez isso? - perguntou Austin, revoltado.
- Contando com essa? Uma.
Austin olhou pra ele, indignado.
Então eles imediatamente se levantaram e correram dali.
- Pra onde agora?
- Tem um refúgio que eu preparei próximo daqui em caso de... - Austin para de falar de repente.
Eles pararam quando viram uma mulher de vermelho parada na frente deles, ela estava com uma espada na mão, e encarava eles com um olhar psicopata.
- Aonde estão indo com tanta pressa, rapazes?
Johnny tomou a frente, com as mãos cobertas de gelo.
- Foi você que tentou m***r Evelline aquela noite, não é?
- E você seria...?
- Sou o namorado dela.
- Oh, até que ela tem bom gosto.
Johnny se preparou para lutar, e mandou que Austin se afastasse.
- É melhor se render, seria um desperdício enorme ter que te m***r.
- Pode tentar se quiser. - Johnny desafiou.
Ele atirou uma rajada de gelo nela, porém ela levantou sua mão e atirou uma rajada de fogo, evaporando completamente a rajada de Johnny.
- Como é?
- Já falei, desista se não vai ser um desperdício te m***r.
Johnny se envolveu numa pele de gelo, e então ele soltou uma névoa gelada sobre ela, e com a visão obstruída, ele fez uma lança de gelo, e foi pra cima dela, porém a mulher se defendeu usando a espada, e soltou fogo pra cima, dispersando a névoa gelada.
Johnny ficou perplexo.
- Acho que ainda não me apresentei devidamente, eu me chamo Baronesa Vermelha.
Johnny estava achando a voz dela estranhamente familiar.
- Ah é? Por que não tira essa máscara e mostra sua cara?
E assim ela fez, tirou o pano do rosto, e mostrou sua aparência.
- Alina? Alina Dorn?!
Ela riu.
- A quanto tempo, Johnny.
- Evelline tinha razão! Ela sabia que era você!
- É mesmo? Você já contou pra ela sobre nós dois também?
Johnny ficou sem o que dizer.
- Humph, Johnny, Johnny. Você não muda.
Então ela levantou a mão, mas Johnny foi rápido o suficiente e também esticou a sua, envolvendo a mão de Alina num cubo de gelo. Mas de repente a pele de gelo de Johnny começou a explodir aos poucos, fazendo com que ela quebrasse por inteiro.
- Mas o que?!
Ele viu que ela já estava a ponto de soltar mais bombas pela mão, e fez uma parede de gelo na sua frente, Alina abaixou a mão e tomou todo o fôlego que pode, e deu um grito super sônico, estourando a parede de gelo, e fazendo Johnny cair, então ela vai até ele, e com ele ainda zonzo por causa do grito, Alina se abaixa e beija Johnny. Enquanto isso, Austin era rendido pelos agentes do Osíris.
Depois de um beijo longo, ela o soltou, e os agentes prenderam Johnny.
- Levem os dois para nossa nova casa. - ordenou Alina aos soldados.