Encurraladas

1596 Palavras
Evelline e Sarah andavam pelas ruas, estava tudo bem movimentado e tranquilo, as pessoas nem sequer notavam a presença delas ali. - Por que sua avó esconderia alguma coisa assim num museu de guerra? - Tem muita coisa sobre a minha avó que eu mesma não entendo, mas eu tenho certeza que é o caminho certo. Elas andavam pela calçada. - Certo... e onde você viu esse alçapão na sua visão? - Estava no meio de uma floresta. Evelline coça a cabeça pensativa. - E se ele sempre esteve lá? - Tipo, antes do museu? Então estamos falando de uma relíquia bem antiga, não é? Elas andam muito pensativas. - O que você acha que pode ser? - perguntou Sarah. - Não faço ideia, mas se trata de alguma coisa poderosa o suficiente pra derrotar até os Salvadores. Deve ser algo grande. Elas dobraram a esquina, e deram de cara com alguns homens armados andando pela rua, eles tinham símbolos de caveiras douradas no colete. - Os Osíris? O que eles estão fazendo aqui? - comentou Sarah. - Não sei, vamos logo pro museu, não precisamos entrar em confronto sem necessidade. E então Evelline fez sinal para um táxi, ele parou, as duas entraram logo e o táxi saiu. Porém, de cima do prédio daquela esquina, tinha um homem com as pupilas pratas observando tudo. - Então elas sabem sobre o Osíris? Hum... - ele pensou. Sarah ficava admirando a cidade pela janela do táxi: - Quando nós acabarmos aqui, poderemos voltar para cá e fazer umas compras, o que acha? - Acho que é uma ótima idéia. - respondeu Evelline, risonha. - O que foi? - Não é nada, é só que fazia tempo que eu não te via tão animada assim, não de forma tão natural. Estou feliz em ver isso. Elas sorriem uma pra outra, então Sarah volta a admirar a cidade pela janela do carro. Logo atrás do táxi, tinha um homem num outro táxi, ele as observava atentamente com seus olhos cor de prata. Um tempo depois, o táxi as deixa bem na porta do museu, elas pagam e agradecem, depois vão até o museu, bastante ansiosas. Enquanto o homem de olhos pratas continuava vindo atrás delas. Elas param na frente de um atendente que fica na porta distribuindo bilhetes: - Boa tarde, seus nomes, por favor? Evelline e Sarah se entreolham. - Katie Harrington. - Dionne Whitney. - Muito bem, senhorita Katie, senhorita Dionne, sejam bem vindas. Então elas entraram, mas Evelline chega perto do ouvido de Sarah e diz: - Está vendo aquele cara lá atrás? Sarah olha discretamente por um espelho na parede da frente. - Reparei que ele anda seguindo a gente desde que entramos no táxi. - E você só me diz isso agora?! - Eu estava tentando confirmar, mas vamos ficar de olho nele. Então elas entraram pro salão do museu. O homem falou com o guarda na porta, e então entrou no museu também. - Certo, pra onde agora? - perguntou Sarah. - Ei, vocês duas! Katie e Dionne. Ao ouvir isso as duas pararam de andar, então elas se viraram devagar, e o homem falou: - Como vocês sabem sobre o Osíris? - Ahn... Osíris? Do que está falando? Você conhece algum Osíris? - Sarah olha para Evelline. - Osíris? O deus egípcio? - Evelline se fez de desentendida. O homem dá uma risada, então ele estende as duas mãos no ar, e elas duas sentem uma pressão muito forte passar por elas, e os indutores de imagem caem no chão, completamente queimados. - d***a! Então Evelline e Sarah voltaram a ter suas aparências normais. - Sabíamos que só um tiro não seria suficiente pra te m***r. - disse o homem. Logo ele tira seus óculos escuros, revelando seus olhos prateados brilhando. - Sarah, corra! As duas correram com tudo pro fundo do salão, e o homem de olhos pratas usava seus poderes para destruir as coisas em volta, pedaços da parede, esculturas antigas e o chão também. As pessoas começaram a correr para fora do museu, e o homem corria atrás de Sarah e Evelline. Elas se esconderam atrás de um veículo de guerra, e o homem atirava pedaços de pedregulho. - Sarah, o alçapão está debaixo de uma estátua no final de um corredor isolado. Basta empurrar a estátua e quebrar o concreto. - E o que você vai fazer? E então um carro antigo explodiu perto delas. - Apenas vá! Eu te dou cobertura. Sarah se preparou para correr. - VAI! Ela disparou para um lado, enquanto Evelline levantou, e com as pupilas brilhando em azul, ela atirou uma esfera de energia no peito do homem, e ele caiu, fazendo com que os objetos à volta parassem de voar e explodir. Evelline planou usando a telecinese. - Quem é você? O homem se levantou, e sacudiu a roupa para tirar a poeira. - Estou honrado por enfim conhecê-la, Capitã. Fiquei muito triste quando divulgaram a notícia da sua morte, pensei que viveria com o peso de jamais ter a oportunidade de te enfrentar. - Responda a pergunta! - Eu me chamo Finn Von Holstein, eu faço parte do não amado por você, Osíris. Mas pode me chamar de Magus. Então ele levantou uma mão, e uma parte do teto quebrou, e soltou milhares de pedaços pontiagudos, que imediatamente foram disparados para cima de Evelline, e ela fez um campo de força, se defendendo deles com muita dificuldade, sentindo seu ombro doer ainda. Magus atirou um tanque pra cima dela, enquanto ela defendia os disparos, mas ela conseguiu fazer outro escudo a tempo de se defender, porém foi arremessada longe, caindo em cima de uns itens antigos, derrubando tudo. - Assim não tem graça, Capitã. Aquele tiro não te matou, mas decaiu a sua postura, você não é nenhum desafio pra mim dessa forma. Evelline se levanta devagar do meio dos escombros. - É, não estou em um dos meus melhores momentos... Então ela fez um sinal com a mão e um veículo no fundo da sala voou nas costas de Finn, mas ele segurou com sua telecinese, mas logo em seguida, Evelline fez o teto descer sobre a cabeça dele, o esmagando. - ... mas a inteligência sempre resolve as coisas. - completou ela. Sarah chega até o corredor que Evelline falou, e vai correndo até a estátua e a empurra, ela encontra um chão de pedra lisa, então usa sua garra e quebra o chão com toda a força, e o braço dela atravessa, e ela sente que quebrou alguma coisa feita de madeira velha. - Acho que é isso! E ela continuou socando até quebrar todo o chão, e achou um alçapão de madeira com um buraco no meio. Magus levantou do meio dos escombros, e Evelline estava esperando por ele com as pupilas brilhando em azul e duas energias na palma das mãos. - Muito bom Capitã, mas receio que ainda não é o suficiente. O ferimento no ombro de Evelline voltou a sangrar, era possível ver a mancha pela blusa dela. - Parece que até mesmo pra você as coisas não são fáceis, não é? Então ela usou seus poderes para quebrar os vidros do museu, e os atirou nele, mas ele usou sua telecinese para segurar todos os cacos de vidro, estando agora com os dois braços levantados. Evelline aproveita a brecha, e vai pra cima, e dá um soco na cara dele, depois segura o pescoço e dá uma joelhada na barriga, mas ele não abaixava os braços de forma alguma. Se vendo sem opções, Finn puxou um vergalhão com sua telecinese, e o atirou em Evelline, mas ela segurou o vergalhão com a mão, e depois segurou Magus pela manga da camisa, e pôs o vergalhão no pescoço dele. - Sabe, acabei de me dar conta de uma coisa, sua telecinese é diferente da minha, a sua não tem uma aura envolvendo as coisas, é como se elas simplesmente flutuassem, e isso está me fazendo pensar em uma coisa. Ela põe o vergalhão bem perto do pescoço dele e aperta com força: - Foi você quem estourou aqueles barris no hospital, não foi? Magus da uma risada, e admite: - Você é mais esperta do que me contaram. É uma pena que não vai viver o suficiente, seu intelecto poderia mudar a maneira estratégica de pensar da humanidade, digna de uma líder nata. Evelline olhou pro lado e viu vários soldados Osíris cercando o lugar e com armas apontadas pra ela, e todos eles dispararam ao mesmo tempo, e por um instante Evelline só sentiu seu pescoço ficar mole, e sua cabeça cair, e então ela abriu seus olhos e eles estavam completamente azuis, e a Fragmentada veio a tona, criando um escudo em volta dela e de Magus, os defendendo de todos os tiros. Ele tenta se soltar, empurrando a Fragmentada pra trás com a telecinese, mas ela simplesmente não se movia, e então ele viu umas veias azuis brilhantes descerem dos olhos da Fragmentada até a bochecha, e então ela levantou uma mão e todos os soldados ao redor foram arremessados para fora do museu. A Fragmentada segurou o pescoço de Magus e apertou, sufocando, e ele cai desmaiado, porém com um sorriso no rosto. - Evelline! A Fragmentada olha pro lado, e vê Sarah, e então ela devolve o controle para Evelline, e retomando a consciência, Evelline olha em volta, bem surpresa. - Não temos tempo, vamos! Eu já achei o alçapão. Evelline imediatamente sai dali e corre, seguindo Sarah.
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