CAP 9 - PEDRO E SERENA PARTE 1

3068 Palavras
Pedro era o caçula da família. Mimado por todos. Ainda sofri muito a perda de sua mãe, mas escondia dele mesmo, com brincadeiras e demonstrações de frieza. Todos entendiam seu sofrimento e a forma como lidava com tudo. Serena já era uma menina órfã adotada pelos pais deles. Ela e Pedro tinham crescido praticamente juntos. Iolanda tinha visto a moça em uma das suas visitas ao orfanato da cidade e se encantara com sua inteligência e diferença. Era uma menina com muita inteligência e sensibilidade. Tagarela, demonstrava romantismo desde muito jovem em seus gestos e ações. Se ela era extremamente sensível, Pedro era extremamente insensível, na verdade fingia ser. Era tão sensível quanto Serena. Ela sabia disso, identificava isso, mas ele não aceitava isso. Como era adotada por seus pais, ele tinha a ideia de tratá-la como irmã. Todos a viam assim, porém Pedro nunca sentira assim. Sabe aqueles amores que começam quando criança? Eram os dois. Porém dada a pressão da família em tratá-los como irmãos, escondiam de si mesmo tais sentimentos. Viviam fazendo tudo juntos, desde estudo a tarefas de laser. Eram um grude. Um não sabia fazer nada sem o outro. Serena era praticamente a sombra de Pedro que a tratava com um jeito rude e sem paciência. No fundo era um jeito que encontrava de mantê-la distante o suficiente para não se entregar ao amor. Eles sentiam isso um no outro, mas negavam. Pedro ainda tinha o dever em seu coração de protegê-la por ser o irmão mais velho. Iolanda em vida negara-se a enxergar o amor dos dois, mas Miguel já havia percebido. Na tentativa de conversar com sua esposa, tentava fazê-la estabelecer uma ponte entre ambos. Ela negava-se a aceitar os fatos. Eles eram crianças e irmãos. Era fundamental ela ter essa certeza com medo de discriminar seus sentimentos por sua única filha. Tinha tido sete filhos homens e tentava ter sua menininha, que só encontrara após seus quarenta anos. Miguel entendia, mas temia que isso fizesse ambos sofrerem. Como sempre, respeitava sua amada esposa e sua vontade. Serena já tinha cinco anos ao ser adotada. Pedro tinha seis. Logo que chegou na casa, ela e Pedro se olharam e se identificaram. Ela correu em sua direção e segurou sua mãozinha e os dois saíram correndo. A afinidade entre eles logo a princípio, fez com que Iolanda identificasse ser uma irmandade espiritual e de outras vidas. Pedro apresentara tudo para Serena, sem deixar mais ninguém se aproximar. Ele a abraçara e protegia quase que naturalmente de tudo e todos. Ela já se escondia atrás dele e o deixava fazer tudo na sua frente. Todos achavam isso lindo e fofo. Cresceram assim. Agora, adolescentes, continuavam assim. Pedro ia na frente e dava sua mão para que ela o seguisse quando seguro. Ela esperava e o deixava conduzir. Era automático. Mesmo com ele piorando sua grosseria para mantê-la mais longe, ela sempre era gentil, doce e amável com ele. Lúcio sabia que eram jovens demais para que ele tivesse uma conversa de homem para homem com seu irmãozinho. Via sofrimento de ambos negando seus sentimentos, mas não era o momento de interferir. Talvez deixando que crescessem mais um pouco, eles naturalmente se entendessem e aceitassem aquilo como normal e lindo. Os irmãos já não os tratavam como irmão. Serena sim, como irmã, mas faziam de tudo para se referir aos dois como um casal. Pedro rebatia a forma de sempre frisava o que Isadora dizia. Estavam os dois jogando xadrez. Pedro, como sempre, impaciente. Pedro: - Vamos logo sua lerda. Ela respondia com voz doce e delicada: - Não me apresse, Pedro, ou não jogo mais. Ele fingia estar contrariado, mas adorava o jeitinho dela em lidar com suas grosserias. Ela estava cansada de ser tratada tão m*l, mas sentia nele a dor da perda de sua mãe. Precisava entendê-lo e ajudá-lo a passar pelo luto. Parecia em certos momentos que cada vez piorava mais. Não entendia que à medida que o seu amor crescia por ela, ele precisava afastá-la com mais vigor. Úrsula entra na sala trazendo chá e biscoito. Pedro: - Agora sim que a adiposa não joga mais. Serena olha para sua barriga. Úrsula fala: - Larga de ser m*****o, Pedro, que Serena é linda. Por dentro e por fora. - fala pegando no queixo da moça. Serena sorri e pega os biscoitos e o chá. Pedro faz cara de contrariado, mas concordava com Úrsula. Ele resolve pegar também um pouco de chá e biscoitos, dizendo: - Vou comer para não cansar de esperar. Agora a outra vai comer. Não entendo o motivo de não jogar de uma vez. Serena diz para Pedro, olhando em seus olhos: - Xadrez é paciência, Pedro, papai nos ensinou isso. Miguel amava xadrez e ensinou para todos seus filhos. O melhor era Júlio. Exímio estrategista. Isadora estava na sala e sua amiga a enxergava com sua culpa por ter separado aquele amor tão lindo. Ambas tentavam reparar as coisas, mas a presença das ideias e opiniões de Isadora eram muito fortes em Pedro, enraizada. Úrsula senta ao lado da menina, dizendo: - Deixe ela pensar. Seja um cavalheiro e espere o tempo que ela precisar. Pedro esperaria a vida toda por Serena, seu coração dizia isso e Isadora enxergava agora, nitidamente. A dor de mãe por ter errado com o filho em vida...como errara com os seus. Os amavam mais do que a ela mesma, mas como tinha feito escolhas erradas ao educá-los. Se tivesse escutado melhor Miguel. Serena joga suaves e Pedro ri alto dizendo: - Xeque-mate. Serena: - Está vendo, você me apressou. Pedro: - Você que é péssima. Pensa, reflete e toma a decisão errada. Ele levanta-se com seus biscoitos e chá e vai para a poltrona favorita do seu pai. Isadora sorri. Esse seu menino era sempre tão impetuoso. De todos os seus meninos era o mais. Úrsula levanta-se, dizendo, vou recolher a bandeja. Você dois vê se não se matem. Serena senta-se ao lado de Pedro dizendo: - O que vamos fazer agora? Pedro: - Mas você não desgruda né? E quando arrumar uma namorada e me casar? Serena faz cara de choro. Pedro: - Pronto, lá vai a chorona, chorar. Serena: -Você tem alguém? Pedro: - Não. Se tiver, você será a primeira a saber. Serena: - Promete? Pedro: - Prometo. Serena: - Então, o que vamos fazer? Pedro: - Vamos ler. Preciso melhorar meus conhecimentos em como me livrar de gente grudenta. Serena mostra a língua para ele. Pedro: - m*l-educada. Ele levanta-se e vai para a biblioteca seguido dela. Pedro: - Não precisa me seguir que pego os livros. Serena: - Mas eu quero escolher o meu. Pedro: - Vai nada. Ou irá escolher romance. Você precisa instigar sua inteligência adormecida. Serena: - Mamão dizia que eu era muito inteligente. Pedro: - Exatamente era...criança. Cresceu e ficou burra com romances. Serena olha para ele aborrecida. Pedro: - Depois mamãe sempre teve o coração bom. Enxergava o que queria. - ele olha um livro sobre educação e diz: - Tome. Serena: - Não gosto desse assunto. Pedro: - Não é para gostar é para estudar. Serena pega o livro, mas faz o que ele quer. Pedro se sentia bem ao vê-la não contrariado. Dava-lhe a sensação de controle. A mantinha em sua mão. Isso lhe dava a sensação ilusória de que não a perderia. Serena vai para sala sentar-se e ler. Pedro pega seu livro e vai também. Ambos ficam em silêncio. Depois de uma hora Serena diz: - Vamos fazer outra coisa? Pedro faz barulho de silêncio, dizendo: - Faz muito pouco tempo de estudo. Serena volta a ler. Ele faz cara de satisfação. Mais uma vez conseguiu. Depois de mais uma hora, ele levanta-se. Ela faz o mesmo em seguida. Ele então se espreguiça, senta-se novamente e volta a ler. Ela faz cara de quem está cansada, mas continua ao lado dele. Isadora olha para seu filho e faz não com a cabeça pensando “malvadinho”. No seu coração de mãe admiração pelo seu filho querido. Sabia que lutava bravamente para proteger Serena. Ele espera mais de meia hora e resolve tirar Serena do castigo. Na verdade queria que ela se cansasse e começasse a deixá-lo, mas ela não saia de perto. Era pior que cachorro. Aliás, ele assovia. Entram na sala quatro vira-latas. Eles entram comportadamente e sentam-se: dois ao lado de Serena e dois no de Pedro. Ele adorava ensiná-los. Serena, ficava toda apaixonada, ao ver o jeito dele, com os anjinhos. Ele diz: - Vamos lá fora treiná-los um pouco? Serena abre um sorriso. ele estava com saudade daquele sorriso. Odiava judiar dela. Seu coração doía muito. Eles saem e vão treinar os cachorros. O lugar era imenso e, sempre que Pedro encontrava um cachorro perdido, pelas ruas, levava para a fazenda. Lúcio achava que seu irmão seria médico veterinário. Torcia, aliás para isso. Muito provável que Serena faria o mesmo. Com certeza ele faria ela estudar algo e seguiria Pedro em tudo. Enquanto Pedro treinava truques, Serena escovava e cuidava dos cães. Adoravam ficar ali com eles. Desde pequenos tinham cães. Por eles, ficavam o dia todo fazendo isso. Chegavam a esquecer dos estudos. Úrsula sempre tinha que controlá-los. Isadora estava com Úrsula na cozinha. Enquanto ela fazia a janta, sua amiga desabafava os arrependimentos que tinha quando em vida. Úrsula: - Mas minha querida, não chore sobre o leite derramado. Precisa tentar mudar o que foi feito, ainda há chance de reverter tudo. Isadora: - Será? Tenho minhas dúvidas com Júlio. - ela caminha de um lado para outro, aflita. Úrsula: - Está sabendo de algo? Isadora: - O visito sempre, mas sinto que ele está cada vez mais afastado de mim. Talvez se o pai conseguir vir logo me ajudar. consigo exercer maior influência sobre seu filho. Se tivesse prestado mais atenção em Júlio quando começou a mudar...eu deixei os três mais velhos com o pai. Simplesmente foi isso que fiz. Úrsula: - Você está imaginando coisas. Sempre observou e acompanhou seus filhos. Você fez de tudo para manter Júlio no caminho certo. Mas ele tem vocação para o m*l. Isadora: - Não fale assim, por favor. Se ele se perder, vou junto com ele. Úrsula: - Agora está falando coisas sem sentido. Vamos pensar em coisas boas. Vamos conseguir. você não disse que teremos reforços? Isadora: - Se conseguisse fazê-los se unirem a suas companheiras dessa vida… tudo ficará bem, mas está difícil. Todos possuem conflitos internos no amor. Parece até um carma familiar. Nem puxaram Miguel e a mim. Fomos sempre tão felizes. Úrsula faz uma cara estranha e disfarça. Isadora não percebe. Nunca percebera. Jamais descobrira a traição de seu adorado esposo. Apenas Úrsula e os filhos mais velhos sabiam do erro que seu pai cometera e se arrependera. Miguel escondia isso na erraticidade também de sua esposa. Ficara perdido no umbral por um tempo, sendo resgatado por sua amada esposa que não entendia o motivo de ter se aprisionado lá. Miguel sentia-se culpado com o seu único erro em vida: trair o amor da sua vida. Até hoje não entendera como aconteceu. Os filhos não o julgavam, mas Lúcio carregava uma decepção no peito. A única que tinha de seu pai. Ele jamais trairia sua esposa. Miguel, por sua vez, estava procurando reparar seu erro. Estava em missão. Isadora não sabia qual, mas assim que terminasse, se juntaria à esposa para ajudar seus filhos. Isadora continua seu desabafo: - Lucas sofrendo por Iolanda, Lúcio correndo risco de vida, Micael sofrendo por Clara, Pedro por Serena, Júlio por Yasmin, isso que não vou falar dos outros… Úrsula: - Quem é Yasmin? Isadora fala com admiração no olhar: - Uma linda moça ligada à fauna e à flora. Dança lindamente. Úrsula escuta atentamente. Isadora: - Isso que não falei do meu irmão que sofre por amor e da minha irmã falecida, que sofreu por amor e agora tem minha sobrinha que está quase sofrendo por amor. Úrsula: - Credo. Deve ser cármico mesmo. Isadora: - E não é? Sinto-me tão impotente. Deve ser do lado da minha família, pois Miguel só tem luz. Mais uma vez Úrsula vira-se para frente e finge cozinhar, sem olhar para a amiga, que estava tão concentrada em seus próprios pensamentos, que não tinha se dado conta. Pedro e Serena entram na cozinha. Pedro: - Falava com quem? Úrsula disfarça sua conversa com espírito: - Eu estava cantando. Pedro: - Parecia conversa. Úrsula enfatiza: - Estava cantando. Com quem mais conversaria? Fantasma? Os dois riem juntos. Úrsula finge rir também. Úrsula diz: - Agora vão tomar um banho que está quase na hora da janta. Eles saem. Isadora fica olhando para os dois e diz: - Que casal mais lindo, né? Imagina só meus netos. Úrsula olha para ela assustada: - Devo me preocupar? Isadora: - Futuramente, ursinha, futuramente. Ursinha já estava quase indo atrás deles e respira aliviada. Isadora faz não com a cabeça e ri de sua amiga. Serena fala para Pedro: - Eu fico preocupada com a ursinha. Pedro olha para ela sabendo exatamente do que se tratava. Serena continua: - Cada vez ela está falando mais sozinha. Se for a idade, Pedro? - fala abraçando ele. Ele a abraça de volta, dizendo: - Vamos cuidar dela. Serena faz sim com a cabeça e cheira o pescoço de Pedro. Ele adorava quando ela fazia isso e ela adorava fazer. Era o único momento que ele não tinha forças de repeli-la. Era demais para ele. Simplesmente não conseguia. Tê-la em seus braços era a única verdade de sua vida. Ele então cheirava seu cabelinho. Ficavam tempo assim. Às vezes sentavam no sofá e ficavam assim. Todos fingiam não ver. Era muito lindo. Nesses momentos Pedro era mais doce e tranquilo, como se baixasse suas armas e defesas. Serena nem se dava conta disso. Só queria estar com ele. Os dois eram um a casa do outro. Eles então se separam e vão se banhar. Sempre dois cães com ela e dois com ele. Depois do banho, Serena vai para o quarto de Pedro e fica lá esperando ele sair do banheiro. Ele sai com a toalha em volta da cintura e leva um susto ao vê-la, entrando novamente no banheiro, dizendo: - Tem que avisar. Serena: - Já te vi nu, Pedro. Ele vem vestindo a blusa e dizendo: - Isso quando éramos pequenos. Agora não. Ela fica olhando para ele apaixonada. Ele percebe um calor invade seu corpo e ele disfarça, tratando-a m*l: - O que está fazendo novamente no meu pé, grude. Serena: - Vim esperar para irmos jantar. Pedro: - Não sabe fazer nada sem mim? Serena: - Prefiro fazer com você. Pedro: - Que eu saiba não nascemos grudados. Serena: - Vai ter que me aguentar sempre, nunca vou te deixar. Pedro: - Quando eu tiver esposa terá. Acho que ela não vai gostar de me dividir com minha irmãzinha. Serena diz algo, pela primeira vez: - Não somos irmãos, Pedro. Pedro fala rudemente: - Não fale besteiras. Somos, sim. Serena: - Não de sangue. Pedro: - Acaso isso importa? Serena: - Pra mim sim. Pedro: - Então nos considera ninguém aqui sua família? Serena: - Claro que sim. Pedro: - Pronto! Somos irmãos. Serena repete: - Não de sangue Pedro: - Isso importa? Somos de coração. Serena olha para ele e diz: - Você gosta de mim como sua irmã? Pedro olha bem para os olhos dela. Ela parecia implorar algum sinal. Ele responde: - Claro que sim. Serena fica visivelmente desapontada, vira-se e sai. Ele sente vontade de ir atrás, mas contém-se pensando ser melhor assim. Finalmente conseguira uma atitude dela. estava no caminho certo. Serena vai para o quarto chorar. Na hora da janta todos estão à mesa, menos ela. Lúcio olha para o lugar dela e pergunta: - Onde está Serena? Úrsula: - Está indisposta. Deixei um suco com sanduíche, lá no quarto, caso melhorasse. Lúcio olha para Pedro e diz: - O que foi que você fez para ela agora? Pedro: - Eu hein? Larga do meu pé. Ela que vive grudada em mim parecendo um encosto. Lúcio: - Você falou isso para ela? Pedro: - Não, mas devia. Lúcio: - Pois seja lá o que fez para ela, vai lá consertar. Pedro continua comendo. Lúcio fala mais alto e aponta o dedo em direção às escadas, dizendo: - Eu disse agora. Pedro: - Mas estou comendo. Lúcio repete: - Agora. Pedro levanta-se. Ele vai até o quarto dela pensando que Lúcio iria estragar todo o seu plano. Então entra e vê que ela está chorando. Pedro: - Chorando de novo? Serena: - Se veio aqui me destratar, sai do meu quarto. Pedro coloca as mãos para cima dizendo: - Ei calma, vim conversar. Serena: - Não parece. Pedro: - Acaso está naqueles dias. Serena olha furiosa para Pedro e apontando o dedo em direção a porta, diz: - Saia do meu quarto agora! Era a primeira vez que ela tinha tomado uma atitude assim. Ele acha fofo e não resiste a provocá-la mais ainda: - Calma balofinha. Ela grita alto que todos escutam lá embaixo. Serena: - Sai do meu quarto Pedro, sai. - fica repetindo sem parar que todos se assustam. Lúcio larga tudo e sobe as escadas para ver o que acontecia. Ela estava empurrando Pedro para fora do quarto que estava com um irritante sorriso de deboche. Ela bate à porta com força. Lúcio puxa as orelhas de Pedro, dizendo: - Era para acalmá-la e não irritá-la ainda mais. Pedro diz: - Ai, acaso não resisti. Ela fica muito linda bravinha. Serena escuta o que ele diz e sorri, depois sente raiva de si por isso. Lúcio: - Desça, vamos! Vai lá terminar de jantar antes que eu perca a paciência e te dê uma surra. Pedro sai correndo. Lúcio bate na porta do quarto e, colocando a cabeça para dentro, pergunta: - Posso entrar? Serena: - Pode. Lúcio se aproxima com jeito e senta na cama. Serena o abraça e coloca-se a chorar. Lúcio: - O que está acontecendo, minha princesa? Serena fala e chora junto: - Qual o motivo do Pedro ser tão malvado comigo? Lúcio sorri, dizendo: - É a forma dele te amar. Sabemos que ele é um ogro, precisa ter paciência.
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