Mauro era irmão caçula de Isadora e Madalena a filha bastarda da traição de Miguel, da qual ele nunca se perdoara. Na gravidez de Lucas, Isadora estava grávida de gêmeos. No parto ocorreram complicações e a menina faleceu. Isadora quase morreu de uma infecção. Chegou a ser desenganada pelo médico.
Na noite do ocorrido, Miguel estava desesperado. Ele nunca foi de beber. Tomava como todos da época um licor. Mas especialmente naquela noite, ele precisava. Ia perder o amor da sua vida com três filhos pequenos. Estava se sentindo sozinho no mundo. Ele foi até o bordel que hoje era de Madalena e passou a noite com Marta, a mãe de Madalena e dona do bordel.
Marta era uma famosa cortesã. Não aceitava qualquer pagamento e era disputada pelos senhores mais poderosos e ricos da redondeza. Nutria por Miguel uma afeição inexplicável. Sempre o via com sua amada esposa nos bailes e locais públicos, admirava seu trabalho e caráter. Era diferente dos outros nobres, tinha um coração, melhor dizendo uma alma.
No dia da traição, foi a única chance que a moça tinha de tê-lo em seus braços. O amava de todo coração, mas sabia que seria um amor impossível. Ele estava totalmente fora de si, embriagado que chega para ceder aos seus encantos. Não pensou duas vezes, e o seduziu. Ela, que sabia como evitar uma criança, experiente na arte do sexo, viu naquele momento a chance de ter seu tão sonhado filho, com o homem da sua vida. Mesmo que por um instante, já teria valido a pena estar nos seus braços.
Ela tinha uma ótima vida, com recursos que foi amontoando e investindo com seu árduo trabalho. Ao contrário do que muitos diziam, de vida fácil não tinha nada. Aguentar todos aqueles homens exalando odores de mesquinharia, egocentrismo e ganância, não era nenhum pouco fácil. Era torturante. Sempre com um sorriso no rosto. Tinha parado de vomitar como quando era mais nova. Já não sentira repulsa, na verdade havia desenvolvido a habilidade de sair do seu corpo. Com o tempo comprar o bordel e escolhia com quem se deitar. As vezes, dependendo do valor oferecido, abria exceções.
Mas Miguel era seu príncipe encantado...Sim, o que todos esquecem que uma mulher chamada da vida, também foi menina, criança e sonhou com um príncipe encantado e um amor. Ela não tinha tido uma infância boa. Filha de um pai bêbado e uma mãe prostituta, tinha aprendido da pior forma possível se virar. Aos quinze anos, sofreu abuso por parte de um dos clientes de sua mãe, e depois disso, ele só pagava por ela. Oferecia uma boa quantia. A mãe, para sustentar a casa, o vício do marido e o seu, nem pensava duas vezes. Na cabeça dela, era obrigação da filha fazer isso pelos pais.
Marta então crescera ali, naquele momento, acordando de sonhos e seguindo nessa vida. Logo, com o coração duro, sem o amor dos pais e de ninguém, aprender rapidamente o jogo das ruas, o preço de tudo e o valor de tudo. Jurou sair daquella ruas e da situação de prostituição. Encontrou na dona, do bordel mais simples que existia na cidade, uma professora e cortesã. A tal mulher se engraça por ela e, em troca do conhecimento que precisava, Marta cedia aos encantos da senhora. Após um tempo, a senhora adoeceu e Marta cuidou da amiga e amante até o fim. Herdando tudo o que a senhora tinha, iniciou ali sua fortuna.
Fechou o local, ficou alguns meses sumida, comprou finas roupas e mudou o cabelo. Comprou o seu bordel mais fino e intitulou-se de cortesão aos nobres, se apresentando a todos e um a um, seduzindo-os com tudo que havia aprendido na sua vida. Aos poucos foi sendo respeitada e admirada. Seus modos de dama misturados com seus gracejos de prostituda, deixavam os homens daquela época encantados. Tinham nela tudo o que precisavam e não eram poucos os que se apaixonavam. Marta sabia lidar com isso com maestria. Não provocava ciúmes, nem se deixava possuir. Exigia respeito e liberdade. Isso encantava mais ainda os homens, que aprenderam a conviver com essa nova mulher da noite.
Venerada por todos os nobres, admirada pelas duas meninas, que eram preparadas como damas e cuidadas como da família, logo tornou-se referência local e conhecida nas redondezas. Outras mulheres da noite lhe pagavam para aprenderem seus encantos. Marta partilhava seus conhecimentos e ajudava suas meninas. Sabia o quanto era duro ser só e queria fazer por ela o que jamais recebeu de ninguém.
Mas ninguém, nem mesmo suas alunas, tinham seu doce encanto e generosidade no coração. Ela não vomitava em sua volta revolta e amargor, não mesmo. Ela era feliz com o que conquistara, sabia que todas as suas cicatrizes lhe levaram até ali. Esse brilho no olhar garantia feitiço a todos. As meninas queriam lhe copiar, os homens lhe possuir.
Marta estava bem, até conhecer Miguel. Ele veio numa intensidade para seu coração que nem percebeu. Quando se deu conta estava totalmente apaixonada.
Em um dos bailes da cidade, Miguel havia sido convidado de honra. Ele se destacava não só na política local, mas em ações sociais por toda cidade. Era um homem bom, que via na vida uma oportunidade para fazer o bem de maneira justa e honesta. Não visava ser conhecido, reconhecido nem mesmo o cargo público que conseguira, nem destaque. Miguel era bom e vivia para o bem. Como consequência as coisas foram acontecendo e quanto mais amor doava, mais atraía para si de volta. O povo o amava como a um líder.
Isadora era a base de Miguel. Ele poderia mover céus e terras, desde que sua amada estivesse ao seu lado. Sem ela tudo parecia sem luz ou vazio. Não imagina sua vida sem ela. Tinham se conhecido desde pequenos. Seus pais lhe haviam dado um ao outro em compromisso desde seus dez anos. E os dois gostaram da ideia, por sentirem em seus corações de criança, um amor verdadeiro.
Ela era extremamente doce, mas firme com ele. Todas as vezes que ele sentia-se consumido com tantos problemas e trabalho, seu carinho e amor lhe sustentava e lhe dava forças. Não o deixava cair, chorar sim, sofrer um pouco, mas nunca cair.
Todos da cidade sabiam que eram almas gêmeas. O modo como se olhavam, mesmo diante de todos, se procuravam quando estavam fisicamente afastados, o jeito que se entendiam sem palavras, a forma como não precisavam discutir. quando um estava exaltado o outro calava calmo, buscando acalmar. Eram companheiros e partilhavam tudo: ideias, pensamentos, sentimentos, emoções. A única coisa que Miguel jamais contara foi daquela noite em que a traiu. Como ela entenderia? Estava desenganada e eu com outra? Não importava se fora fraco e t**o com a bebida, deveria estar do seu lado até o fim, mas não conseguira ser forte sem sua força.
No momento que Marta foi apresentada para Miguel seus olhos se consumiram de desejo. Isadora jamais lhe disse, mas percebeu na hora. Mesmo confiando no seu marido, vendo que ele nem notara, sentindo que não queria outra além dela, sabia os olhares de desejo que seu amado marido provocava. Ele era um sonho para qualquer mulher. Isadora era sua escolhida, e protegia o amor deles sem cenas de ciúmes desnecessárias. Afinal, ele tinha tantas coisas importantes na cabeça, era sua função lhe garantir paz ao estar em casa. Era isso que ela buscava e lhe daria. Se seu amor era um presente de Deus para o mundo, ela faria de tudo para mantê-lo bem e em paz, desempenhando o papel que tinha vindo desempenhar.
Marta não era uma tola apaixonada. Conhecia limites, respeitava Isadora e o amor dos dois. Sabia as lutas que poderia lutar e as que não tinha a menor chance. Miguel e Isadora eram um só. Ninguém conseguiria ficar entre eles. Naquela noite, ao vê-lo tão indefeso sem ela, percebendo sua dor por estar perdendo o grande amor da sua vida, só pensou em cuidá-lo. Não quis nada...nem reciprocidade, nem tirá-lo de sua esposa, nem mesmo pensou em si, mas queria fazer algo que abrandasse tanta dor. Nunca tinha visto nos olhos de um homem tanta dor. Seria completamente falacioso se disséssemos que não quis ter uma noite só com seu amor. Um segundo que fosse com ele...e claro que quis aproveitar e ter um filho, ao menos um filho dele. Jamais o cobraria algo , se aproveitaria disso, ela só queria um pedacinho dele para sempre, com ela.
Após a noite, ao amanhecer, Miguel acordando no leito de Marta, teve a pior reação que ela poderia imaginar. Um olhar de pavor, desespero e arrependimento lhe tomou. Não suportando, Marta lhe garantiu que nada aconteceu. Que só lhe tirara as roupas para que ele ficasse confortável. Isso o fez ter paz de espírito por muito tempo.
Voltou para sua esposa e prometeu que jamais beberia daquele jeito e nunca a trairia. Aos poucos Isadora foi se restabelecendo. Miguel não saiu mais do lado dela até que estivesse em pé. Tinha deixado tudo de lado. Ela um pouco melhor, fez de tudo para fazê-lo voltar às suas atividades, mas ele não conseguia. Sempre em seu íntimo duvidara que nada tivesse acontecido. Tentava acreditar na palavra da cortesã, mas temia o pior. Jamais se perdoaria se a tivesse traído.
O tempo passou e ele jamais voltará ao bordel. Com a gravidez, Marta deixara a administração de seu negócio aos cuidados do seu amigo Jardel, um jovem bissexual, que aprendera com ela tudo o que sabia. Tinha saído das ruas e lhe devotava um amor incondicional. Marta viajou para o interior e fez questão de ausentar-se durante toda sua gravidez. Voltou para a cidade quando Madalena tinha três meses. Dissera a todos que a adotara. Jardel era o único que sabia da verdade. Marta queria proteger seu amor de intrigas. Todos haviam visto ele subir com ela para o quarto. Tudo que ela dissera é que lhe deu abrigo. Ninguém duvidou nem tocou mais no assunto. Confirmando sua gravidez, quis protegê-lo, pois sabia que Isadora havia sobrevivido. Não queria que ele sonhasse que tinha acontecido algo. Sabia que ele jamais se perdoaria.
Todos os dias ela pensava nele com saudade, lembrando daquela noite, a única que tinha sido feliz, em toda a sua vida.
O tempo passa. Quando Madalena estava com quatorze anos, tinha ido junto de Marta à confeitaria. Isadora estava lá com seus filhos e seu irmão caçula Mauro, que tinha vinte e três anos. Ele olhou para a menina e a achou graciosa. Nada de malícia, mas só admiração. Madalena tinha a pele pálida, olhos verdes e cabelos ondulados da cor preta. Isadora ao olhar a menina sentiu algo. De alguma maneira reconhecia aquele olhar. Logicamente tirou-lhe tais pensamentos da cabeça. Era tolice. Madalena já se apaixonou por Mauro. Nunca tinha visto alguém tão lindo. E aqueles olhos brilhantes? Isadora convida as duas para tomar um café, mas Marta estava com medo de que Miguel a visse e a Madalena. Não sabia se passaria lá para encontrar sua esposa. Ela sai rapidamente com a filha, que não entende a pressa.
Madalena: - Mãe, você não queria sair um pouco e comer uma torta?
Marta: - Saímos e pedi para comermos em casa. Assim já peguei para todos.
Madalena: - Entendi que queria sair comigo e me alegrar um pouco.
Marta: - O que fiz. Agora pare de pensar tanto e vamos.
As duas saem de volta para o bordel.
Isadora não chegou a perguntar se era filha de Marta, mas chegando em casa aquela noite, comenta com Miguel.
Isadora: - Sabe quem encontrei hoje na confeitaria?
Miguel: - Quem, meu amor.
Isadora: - A moça aquela, cortesão.
Miguel não demonstra sentimentos. Ele diz: - E?
Isadora: - Estava com uma linda menina da idade de Lucas.
Miguel sente na hora uma forte dor no estômago e empalidece.
Isadora, preocupada, esquece do assunto e vai lhe preparar um chá.
Ele decide na hora procurar Marta. Espera a esposa voltar com o chá, toma e diz precisar sair.
Isadora sem entender diz: - Mas vai sair com dor?
Ele nunca mentira para ela. Não é incrível como quando cometemos um erro, se tentamos esconder, acabamos cometendo outros para isso?então ele diz: - O dever me chama.
Diz lhe dando um beijo na testa, saindo.
Isadora entende e segue cuidando dos seus afazeres.
Miguel chega assustado no bordel. Não entra, mas pede para seu melhor amigo, Bento, entrar e pedir que lhe abrissem a porta dos fundos. Escondido entra e pede para falar com Marta.
Foi a primeira vez que tinha visto seu amor, depois daquela noite. Ele estava cada vez mais lindo.
Marta, tentando manter a calma diz: - Por favor, sente-se. Aponta para a poltrona da sala que ficava na área privada dela.
Miguel senta e abaixa a cabeça.
Marta diz: - O que o senhor faz aqui?
Miguel: - Isadora comentou da moça com você.
Marta:- Madalena. E?
Miguel: - Ela e sua filha?
Marta diz: - Sim. - Miguel lhe encara pálido e ela continua: - Adotiva.
Ele larga um suspiro sem cuidar. Estava visivelmente aliviado.
Marta se faz de desentendida: - O senhor veio até aqui perguntar da minha filha?
Miguel: - Tivemos uma noite…
Marta: - Falei que não houve nada…
Miguel: - Mas me apavorei quando Isadora falou de Madalena.
Marta: - Pois deixe de ser t**o. Agora se era só isso, volte para sua amada esposa. Durma tranquilo, nada aconteceu, já lhe disse.
Miguel abre um sorriso. Era o mais lindo e doce que ela já tinha visto. Queria não achar isso, nem sentir tudo o que sentia ao olhar para ele. Estava perdidamente e irremediavelmente apaixonada por ele. Nada nele mudaria isso, muito pelo contrário, só reforçaria.
Miguel saiu, se despedindo gentilmente, escondido. Jardel vem correndo e pergunta: - O que ele queria?
Marta conta tudo. Ele coloca a mão na boca e diz: - E você?
Marta: - Neguei tudo. Logicamente. Tudo que não quero é que ele se sinta culpado de um erro meu. Agi m*l, me aproveitei de um homem desesperado. Foi a única forma de tê-lo ao menos uma vez para mim.
Jardel: - Ninguém ousaria culpar. - ele diz a abraçando. Marta cai em prantos. Era a única pessoa que conseguia se abrir e ser vulnerável.
Jardel diz: - Chore meu amor. O jeito que você ama ele, o merecia bem mais do que essa Isadora.
Marta: - Sabemos que ela é uma pessoa maravilhosa. Eu que não devia ter me apaixonado.
Jardel: - E quem manda no coração?
Marta: - eu mandava, até conhecer Miguel.
Os dois se abraçam. Ele faz barulho como se estivesse ninando.
Dois anos mais tarde Jardel foi assassinado por um louco religioso. Foi o momento mais difícil da vida de Marta. Seu melhor amigo, sua verdadeira família havia sido tirada dela e de uma maneira brutal. Ele não merecia ter morrido daquele jeito.
Miguel pessoalmente participou da investigação do caso, junto aos seus amigos que eram autoridades locais. Após prender o assassino, foi até o bordel dar-lhe a notícia.
Marta estava de luto. Visivelmente abatida, já não tinha o brilho no olhar que encantava a todos. Miguel se doeu pelo estado dela. Ela era uma estrela brilhante na cidade. Gostava de vê-la bem, não entendia o motivo e nem importava. Era justo, cuidadoso e zeloso com todos, mas tinha um carinho especial pela moça.
Miguel diz, tirando o chapéu: - Eu sinto muito pela sua perda.
Ele não imaginava como ela queria ouvir isso dele. Apenas uma palavra de que se importava com ela. Marta não aguenta e desaba. Ela começa a chorar incontrolavelmente.
Miguel senta-lhe ao lado e ela o abraça em prantos. Ele diz: - Pegamos o desgraçado. Sei o quanto ele representava para você. A cidade toda sabe.
Marta diz: - Para mim só importa o que você sente. Significou muito ter vindo até aqui me dar a notícia e se importar. - ela diz olhando nos olhos de Miguel, que seca suas lágrimas com o polegar. Os dois se olham por um tempo e quase se beijam, mas Miguel levanta-se e vira-se de costas. Ela diz: - Perdoe-me, fui indevida.
Miguel vira-se para ela e diz: - Eu quem fui. Afinal, eu sou um homem casado e amo minha esposa.
Marta fala chorando e soluçando: - Eu sei disso.
Miguel estava dilacerado. Sentia que se não amasse tanto Isadora e ela não fosse a mulher da sua vida, seria Marta. Não podia lhe dizer isso, nem lhe dar falsas esperanças. Ele diz: - O pior dia da minha vida, foi você quem me cuidou. Jamais esquecerei disso. Foi muito importante para mim.
Marta secando o nariz com seu lenço, disse: - Eu cuidaria de você sempre se pudesse. Fiz por amor.
Miguel olha para ela, dizendo: - Eu sei.
Marta olha para os olhos dele: - Sempre vou te amar.
Miguel abaixa o olhar.
Marta continua: - Sei que seu coração é de Isadora. Eu amo você e respeito isso. Quero que seja feliz.
Miguel lhe abraça. Os dois se despedem e não se vêem mais por muitos anos.
Madalena tinha seus dezoito anos e Mauro seus vinte e sete. Estava formado e tinha vindo morar com sua irmã e cunhado. Ele decidiu ir até a confeitaria. Madalena estava lá comendo o pedaço de torta que ela e sua mãe adoravam. Marta estava adoentada e Madalena iria levar-lhe a torta.
Ao ver Mauro, Madalena o identifica na mesma hora. Como ela era uma menina de quatorze anos, ele não a reconhece. Ao ver a linda moça lhe olhando, tira o chapéu e diz: - Boa tarde, jovem senhorita. Posso lhe fazer companhia.
Madalena sorri e diz: - Certamente.
Mauro: - O que uma moça tão linda está fazendo aqui sozinha?
Madalena sorrindo: - Vim comprar um pedaço de torta para minha mãe.
Mauro: - Acaso conheço sua mãe?
Madalena não tinha maldade no coração. Não via sua mãe como alguém errada na sociedade. Aliás, sentia o respeito e carinho de todos por ela. Inocentemente ela responde: - Creio que sim, é a Marta.
Mauro muda o semblante, decepcionado: - A cortesã?
Madalena não gosta do que ele diz, nem da forma como diz: - A minha mãe. É isso que vejo e sei. - fala pegando a torta e saindo, após pagar.
Mauro se arrepende e fala para si mesmo: - i****a. - ele sai correndo atrás dela e a segura pelo braço dizendo: - Desculpe. Fui um t**o rude.
Madalena: - Foi mesmo.
Mauro sorri com a sinceridade da moça. Ele diz estendendo a mão pedindo a mão dela: - Muito prazer, meu nome é Mauro.
Madalena estende a mão, colocando-a em cima da mão dele, dizendo: - Sou Madalena.
Ele se lembra dela automaticamente. Então sorri e diz, lhe beijando a mão: - Encantado.
Ele aponta para o banco da praça, dizendo: - Podemos recomeçar?
Madalena aceita e senta-se junto dele.
Mauro: - Cheguei a pouco da capital, acabei de me formar engenheiro.
Madalena: - Meus parabéns. Estou estudando para ser professora.
Mauro: - Muito nobre essa profissão. Todas dependem dessa.
Madalena sorri pelo elogio.