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1201 Palavras
Edu narrando... Mãos nas costas e algemas apertando meu pulso a cada movimento que eu dou, mesmo sendo inocentado desse crime ainda sou tratado como um animal, na verdade animal nenhum merecia ser tratado como somos tratados aqui dentro, só sobrevive os fortes ou os que tem um objetivo lá fora e esse é o meu caso, quem ágio de má fé comigo vai conhecer o capeta ainda em terra, pois vou fazer ele passar o dobro que eu passei aqui dentro durante esses cinco anos, aqui não é pra gente não, e o****o aquele que se deixa ser pego por besteira, porque cair aqui dentro é fácil o difícil é sair Fui sendo levado até uma salinha onde tinha quatro policiais com um armamento de auto calibre que eu não entendo porque já que meu presente de despedida foi apanha até apagar e acordar já na sela tem nem como reagir e eu nem tenho essa intenção, um em cada ponta daquela sala de quatro metros quadrados me olhando mortalmente. Em um dos cantos tinha um pequeno balcão com uma janela que dava acesso a outra sala, fui até lá um rapaz levantou como se estivesse pegando algo no chão o que era nada mais nada menos que meus pertences dentro de uma sacola transparente, e outra sacola da Lacoste, sorri de lado sabendo que aquilo era coisa do Digo. Peguei as coisas e já ia saindo mais pra poder ir em algum lugar me trocar, não podia das as caras na rua depois de cinco anos com essa roupa miseravelmente surrada, fui barrado na mesma hora e avisado que era ali diante aqueles cinco filhos da p**a que eu iria me trocar. Cinco, esse número me persegue, fiquei cinco anos aqui, fui parar na enfermaria cinco vezes, cinco tiros no meu irmão e agora cinco coisas dentro dessa sacola, tênis, cueca, camisa, calça e boné no caso ele errou as contas precisava de uma meia nessa p***a. Me vesti ali sobre os olhares daqueles infelizes, cada gesto mais brusco que eu dava ali me vestindo era um susto e o apertão mais forte em suas armas, quando enfim estava vestido adequadamente voltei a ser algemado e fui conduzido até uma sala que eu conheço muito bem qual é, do diretor do presidio e que também é delegado na delegacia que pegou meu caso, fui jogado lá dentro ficando frente a frente com ele o homem que quer minha cabeça e fez de tudo pra me manter aqui mesmo sem ter né nenhuma outra prova sobre outros crimes cometidos por mim, com ele também estava minha advogada gostosa e competente até dizer chega, essa mulher fez muitos homens abaixarem a cabeça e ficar sem palavras nenhuma, ela é muito f**a Amanda Trindade, ela é seria e cheia de autoridade não se intimida por nada nem por ninguém, ela faz seu trabalho direito e sabe que é boa no que faz. Quando ala me ver ser praticamente jogado naquela sala e ainda algemado arqueia uma sombrancelha arrumando a postura e dando uma leve limpada na garganta chamando a atenção do p*u no cu do delegado. - Acho que o julgamento foi bem claro, meu cliente é inocente mesmo assim cumpriu 5 anos e ainda teve bom comportamento, não vejo necessidade dele ainda está algemado vossa senhoria ( ela se pronunciou com toda sua elegância e português correto) - Doutora essas são normas daqui, e precisamos cumpri-las ( falou em um tom forte e autoritário) - Assim como as normas são não destrate os inocentes, e ele é um aparti do momento em que o juiz decretou isso então por favor mande retirar isso do meu cliente... Agora (ele ia falar alguma coisa mas como eu falei essa mulher tem o poder de deixar as pessoas sem palavras) Depois de retirada as algemas eu fui assinar alguns papéis obrigatórios, e ele falou mais um monte de coisa que só a Amanda entendia e confirmava, eles deram um aperto de mão e fomos saindo daquele lugar. - Senhor Castelli nos vermos por aí (falou com um certo tipo de deboche) - Acho que não, como o senhor sabe sou inocente e não tenho a menor pretensão de voltar aqui( respondi e fui saindo) - Inocente nesse crime, não quer dizer que seja inocente dos outros ( falou me fazendo voltar pra olhar nos seu olhos) - Tá me acusando de uma coisa que eu não sei ( perguntei com ironia) - Vossa senhoria está acusando meu cliente (negou) é bom porque acusações sem provas não leva a lugar nenhum que não seja entrar com um processo contra o senhor, a***o de poder é um crime ( ele sorriu,) Sai dali sem querer da mais hibope pra ele, eu tô livre e quero curtir isso c*****o. Com todos ali dentro nos olhando e eu sempre de cabeça erguida, sou inocente p***a nesse caso realmente eu sou inocente, nunca faria isso com meu irmão família pra mim é tudo ou era já que meus pais viraram as costas pra mim quando eu caí na tranca, nem eles acreditaram em mim. Chegamos do lado de fora e fui recebido por um sol forte que queimava minha pele e ao mesmo tempo fazia se formar um sorriso no meu rosto, isso era raridade me ver sorrindo é pra poucos. - Feliz ( olhei pra baixo vendo minha advogada me encarando, ela sabia que eu estava feliz, cono não estaria depois de sair desse lugar) - Feliz é pouco, p***a a senhora é f**a viu (falei virando pra ela,.o que a fez sorri) - Senhora, pegou pesado mas vou receber como um elogio " muito obrigada senhor Eduardo Castelli" (rebateu com a mesma moeda) - Ainda bem que entendeu, e agora como fica eu vou ficar livre de você (ela negou) - Queria eu, mas você ainda tem coisas a resolver e todas as vezes com for chamado terá que comparecer comigo do seu lado claro (não gostei daquela p***a mais confirmei mesmo assim) - Já tenho seus números, você tem os meus, creio que o seu dinheiro já esteja em sua conta com alguns zeros a mais como agradecimento, é tão nós vermos por aí. - Vai sozinho (perguntou curiosa) - Não, dei meu jeito de avisar um parceiro meu, ele deve tá colando já ( nem terminei de falar e o doido parou o carro) aí ele chegou ( ela sorriu o foi saindo .direção ao que eu acho ser seu carro) Entrei na BMW novinha que mandei providenciar pra mim e lá estava meu irmão de todas as horas, um dos únicos que não caíram fora quando eu caí na tranca, e assumiu tudo pra mim no meu aguardo. - Tá livre filho da p**a (dei um abraço de irmão mesmo tem essas comigo não) - Como um passarinho (falei alisando o painel daquele carro) - Quem ir pra onde agora, fala que eu te levo aproveita que tá de motorista ( sorriu com a cara mais lisa do mundo) - Pro único lugar que eu quis ir durante esses anos e de onde eu nunca deveria ter saído meu Vidigal, minha casa, meu império.
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