Liz Narrando
Eu mäl lembro do caminho até o condomínio do irmão da Sabrina. Eu só sei que minhas mãos tremiam no volante, minha visão embaçava às vezes e minha respiração subia em soluços curtos, aqueles que doem no peito. Quando chegamos, deixei meu carro na vaga dele e subi praticamente sendo guiada pela Sabrina, como se eu fosse uma criança perdida. Minhas pernas estavam tão fracas que parecia que iam ceder a qualquer segundo.
Assim que a porta do apartamento se abriu, eu entrei e sentei no sofá sem nem olhar pros lados. Sabrina correu pra cozinha, abriu o filtro e voltou rápido com um copo d’água, o rosto preocupado.
— Bebe, amiga. Pelo amor de Deus, respira.
Eu bebi tudo de uma vez, as mãos geladas segurando o copo tremendo, enquanto as lágrimas insistiam em descer. Quando coloqu
