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O chefão e a grávida da mangueira: segredos ocultos

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Sinopse

Livia foi criada pela avó na favela da Mangueira, longe de qualquer sonho, mas cercada de amor e luta. Só que tudo desaba quando a avó adoece e ela precisa assumir o emprego da mulher que a criou. O que parecia ser apenas um trabalho se transforma em um pesadelo, algo grave acontece naquela casa, e Livia é obrigada a fugir sem olhar para trás.Desesperada para sustentar a casa e salvar a avó, ela se vê num beco sem saída… e entra naquilo que sempre jurou evitar: o mundo do crime.Mas nada sai como o esperado. E é assim que Livia vai parar diante de Gadernal, o chefão da Mangueira, trancado na cadeia, mas ainda no comando.Gadernal é temido, impiedoso, e nunca aceita um “não” como resposta. Caiu na prisão por vingança, e estava disposto a morrer por ela. Até conhecer Lívia. Ele não imagina o segredo que ela carrega, e ela não imagina o poder que tem em virar a cabeça de um homem, e o perigo que isso traz junto… O que nenhum dos dois imagina é que estão ligados por um segredo perigoso. E que o amor, por mais improvável que pareça, pode nascer até dentro de uma cela, e colocar toda a favela em guerra.

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Capítulo 01
Livia narrando Eu estava sentada na praça, sozinha, com o resultado do exame de sangue que eu paguei com os meus últimos 40,00 em mãos, e eu não conseguia acreditar no que estava escrito ali. Aquele “positivo” me dava uma vontade de gritar tão grande, mas eu não tinha mais voz, eu não tinha mais forças, o meu desespero era tão grande que me travou, me paralisou, eu só sabia chorar toda encolhida naquele banco de praça no pé da favela. Eu não conseguia entrar na favela, eu não sabia como contar pra minha avó o que aconteceu, eu não sabia o que fazer, eu estava arrasada, destruída, mas eu precisava achar uma saída, eu precisava pensar num jeito de resolver a minha vida, e eu não sabia como fazer isso com uma criança na barriga. “Filha traz arroz acabou o daqui, e o salário da vó ainda não caiu” Eu tinha conseguido a aposentadoria da minha avó com muito esforço, aliás, eu não, a ex patroa da minha avó que é advogada foi quem conseguiu. Bom, minha história não é de flores em um jardim colorido, pelo contrário, minha história é cinza, e de resistência, e de marcas, abandonos e força, MUITA força. Minha mãe caiu no mundo e eu nunca vi a cara da v***a. Pra mim ela é uma v***a, e não há quem me faça pensar o contrário. Meu pai me abandonou com a mãe dele quando eu tinha um ano e foi comprar cigarro deixando nós duas no escuro. Também não me recordo da cara do mesmo. Eu me questionei por muitos anos o porquê disso, o porquê deles terem virado as costas pra mim. Mas, a minha avó sempre me deu tanto amor, tanta proteção, tanto afeto que eu decidi deixar eles pra lá, o amor deles não me faltava porque eu tinha a minha avó ali, eu tinha a mulher que nunca mediu esforços por mim. Nunca tive luxo, mas nunca me faltou nada. Sempre estudei em escola pública, arrumava a casa pra minha avó, fazia comida pra quando ela chegasse em casa encontrar tudo limpo e arrumado para ela poder descansar depois de um dia árduo de trabalho. Aos finais de semana eu ia com ela pro trabalho pois era uma merrequinha a mais que pingava e garantia a nossa feira de domingo e nosso lanche do final de semana, na faxina que fazíamos na casa dos patrões dela. Nós duas lavávamos aquela casa todinha, deixávamos impecável, e depois íamos pra favela felizes doida pra comer nosso lanche de final de semana. Eu era feliz e sempre soube! Sempre fui muito grata na realidade por aqueles dois me abandonarem, porque assim eu fui criada por uma mulher que me ama incondicionalmente. Mas tudo mudou quando minha avó descobriu que estava com leucemia, foi muito rápido e descobrimos “tarde”, hoje ela tá debilitada, fazendo químio, enquanto aguardamos um doador. Eu voltei a procurar meu pai, o filho da p**a pode ser compatível, já que eu não fui, infelizmente. Mas continuo sem pista alguma do desgracado, e isso só alimenta o ódio que eu tenho dele. Quando descobrimos a doença da minha avó, eu tinha acabado de completar 18 anos, estava no último ano da escola, me formando, faltavam as últimas provas apenas, mas eu precisei escolher entre assumir o trabalho da minha avó ou estudar. Depois de muita conversa com os diretores e com os professores, de levar os laudos, explicar a minha situação, eu consegui fazer todas as provas numa semana, todas a noite, e assumi o trabalho da minha avó durante o dia. Eu chorava todas as madrugadas, mas eu me formei. Não tive festa, nem baile, nem nada disso, tive uma noite no hospital com a minha avó depois de um susto que ela me deu quando eu cheguei do trabalho e ela estava desmaiada em casa. O trabalho era ok, eu fazia tudo como a minha avó me explicava que os patrões dela gostava, e era ótimo, dava certo, por mais cansativo que fosse, eu dava conta, eu nunca reclamei, eu sempre fiz tudo exatamente como era pra ser feito, afinal, nós precisávamos muito daquela grana. Os remédios da vovó eram caros, eu tinha que manter a casa, eu tinha que pagar aluguel, e tudo isso sozinha, mas eu fazia, pela minha avó eu movia e movo o mundo. Até um dia que eu estava passando a camisa social do meu patrão quando o pior aconteceu. Eu não vi ele chegando e não tenho muitas lembranças desse momento. Foi um bloqueio que criei na minha mente que o resultado está nas minhas mãos nesse momento. Eu só lembro do pós, eu saindo correndo logo após ele sair da mansão, eu corri muito e fui pra praia que era perto da casa, eu queria morrer, sumir, mas eu precisava voltar pra casa e eu voltei, mas eu nunca mais pisei naquela mansão, e ninguém nunca entendeu nada. Eu não contei pra ninguém, eu não falei nem com a Júlia, minha melhor amiga, até porque esse momento é um grande borrão na minha mente. Pra minha avó não perceber, eu comecei a vender bala na praia, saia cedo, voltava tarde, eu precisava continuar pagando as contas. Mas eu desmaiei na praia e quando acordei tinha um monte de gringo a minha volta, queriam me levar pro hospital, mas eu tinha que ir pra casa, era dia de pagar o aluguel. Eu fui pra casa, fiz todos os meus compromissos e desmaiei de novo no fim do dia, e não, não foi de cansaço. Por isso hoje eu vim fazer o exame, levei uma semana pra tomar coragem e só fiz porque passei m*l indo pra praia vender minhas balas, e aqui está, positivo. Eu me sentia perdida, desolada, mas não tinha como negar um fato, havia um bebê dentro de mim. — julia, o caíque tá na boca ? Eu preciso falar com ele — eu ligo pra minha best que é mulher do frente do morro — tá amiga, tô aqui com ele, por que ? — ela pergunta estranhando — to chegando aí — eu falo e subo até o pé da favela me arrastando Minha pressão estava no pé, eu ainda não tinha comido nada, meu celular estava com 2%, eu não tinha dinheiro, eu só queria que esse dia que m*l tinha começado acabasse logo. — coe raposa, me leva na boca principal — eu falo e o raposa me olha estranhando — tá bem, liv ? Tu tá com a boca branquinha, qual foi ? — ele fala me olhando preocupado — to, só posso te pagar na próxima ? Eu tô sem grana hoje — eu falo e me apoio na moto sentindo uma tontura horrível debaixo desse sol de 50 graus do rj — sobe logo e segura em mim, tu não quer ir no postinho não ? Tu comeu ? Quer que eu compre uma coca cola pra tu ? — ele fala enquanto eu subia na sua garupa — não, me leva pra boca mesmo, eu tô bem, obrigada — eu falo e ele acelera O tempo todo ele olhava no retrovisor enquanto subia a favela, e cada buraco que ele passava eu queria vomitar, minha cabeça girava e parecia que a boca nunca chegava — valeu raposa, eu te pago amanhã tá ? Sem falta, de verdade — eu falo e ele nega — tá suave, tu tem certeza que não quer ir no posto ? Eu tô preocupado pô, tu não tá bem… — ele pergunta e eu nego — tô bem, obrigada de verdade… — eu falo com ele e olho pra boca ficando sem graça Eu quase nunca piso aqui, apesar de ter sido criada com todos, eles me cantam a cada dois passos meu, e eu era virgem, até então, no máximo que já tinha feito era uns beijinhos em dois meninos, só. E os moleque da boca tem uma maldade que eu não tenho, e por isso que eu fico tímida na frente deles — Livia, tá tudo bem ? — a Júlia pergunta quando eu me escoro na parede da laje onde eles estavam — eu preciso entrar pra boca — eu solto de uma vez só — que ? Tá Maluca ? Claro que não — a Júlia levanta do colo do caíque num pulo só — tá louca Livia ? Entrar pra boca ? Ta maluca ? — até ele se assusta — eu preciso trabalhar, tá ? — eu falo ficando nervosa — me coloca pra vender droga, me coloca de fogueteira, qualquer coisa, mas eu preciso trabalhar — eu falo p**a já sentindo os meus olhos encherem d’água — e a casa dos patrões da avó ? Tu não estava lá ? Livia o que tá acontecendo ? Fala comigo, eu sou tua melhor amiga cara, pelo amor de Deus, tu adorava a tua patroa, o que foi, Livia ? Por que você tá pálida desse jeito, amiga ? — a Júlia fica nervosa e eu já começo a chorar — por favor, eu só preciso trabalhar, eu só tô pedindo uma vaga, eu varro o chão da boca, mas eu preciso de um trabalho — eu falo chorando e o caíque puxa o envelope do teste de gravidez da minha mão — tu tá grávida e tá querendo trabalhar na boca ? É lógico que não — ele fala irritado — grávida ? Livia ? Quem é o pai ? Amiga ? — a Júlia me olha preocupada e eu me sento no chão da laje chorando — Livia ? Me fala a verdade, amiga? O que tá acontecendo ? — ela pergunta e passa a mão na minha perna e eu me encolho no susto e começo a chorar ainda mais — foi teu patrão ou o filho dele ? — a voz do caíque sai grossa como um trovão — meu patrão — eu falo com vergonha e fica um silêncio e logo depois o caíque sai da laje — amiga, porque você não me falou nada ? Por que você não me pediu ajuda ? — ela fala preocupada, chorando junto comigo… — porque eu não quero falar sobre isso, eu não quero, eu quero fingir que isso não existiu. — eu falo seca com ela Eu sei que ela só queria me ajudar, mas falar sobre isso me machuca muito e eu não queria falar — tem uma missão, uma parada que tu pode fazer, mas tu não pode falar pra ninguém, e precisa fazer o pré natal — o caíque volta e eu vejo que ele estava muito diferente. Eu conheço o caíque a muitos anos, nós três estudamos juntos, ele largou os estudos quando entrou pro crime, ele é a Júlia estão juntos desde a adolescência, já se separaram várias vezes, ela vive ameacando ele, já quebrou moto, carro, até o braço dele, mas vê se ele larga ela ? Duvido, e nem ela larga ele! — que missão, eu faço qualquer coisa, eu preciso só de dinheiro, por favor — eu peço em desespero e a Júlia n**a por mim, antes mesmo dele contar que missão é essa — ela não vai fazer isso, isso é loucura caíque, é perigoso — ela fala irritada — nós vamos dar um jeito, mas isso você não vai fazer — ela fala brava como se eu tivesse feito algo — Júlia, eu preciso de 3 mil amanhã pra um exame da minha avó, eu preciso, eu não tenho escolha, qual a missão ? — eu pergunto olhando pra ele que também não parecia confortável, mas era o que tinha no momento — fala caíque, qual a missão ? — eu quase grito com ele — levar droga pro gadernal dentro da cadeia — ele joga a bomba que bate feito uma granada no meu colo e eu olho pra Júlia que negava nervosa, mas eu não tinha escolha… — eu te dou os 3 mil agora, mas tu não vai, você tá grávida… — minha amiga implora pra eu não ir — eu vou, avisa a ele que eu vou, eu vou marcar médico agora, mas do postinho demora…— eu falo e o caíque n**a se afastando pegando o celular pra ligar pra alguém — não faz isso, eu te dou o dinheiro, não faz amiga, por favor, é cadeia cara… — ela implora pra eu não ir mas eu já tinha tomado a minha decisão, e eu não ia voltar atrás.

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