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829 Palavras
Capítulo 3
Jhennyfer narrando
Alguns meses depois..
Maria Fernanda tinha ficado com Bernardo comigo e eu estava fazendo três faxinas por dia, Dg simplesmente não mandou mais dinheiro e não conseguia pagar trabalhando pouco as terapia dele, eu não tinha ajuda financeiramente dele e confesso que só tinha continuado sendo humilhada, porque eu precisava, era muita coisa para pagar e eu queria que meu filho tivesse tudo do melhor para ele.
Bernardo tinha um autismo considerado alto, mas o tratamento fazia toda diferença em sua vida, eu vivia a minha vida para ele e eu não me importava disso, quase não tinha tempo para mim e nem dinheiro para me cuidar. Saia de vez enquando com as meninas sempre com a grana contada ou elas pagavam para mim.
A gente estava em casa e Be estava dormindo já, minha mãe estava sentada enquanto eu lavava a louca, Maria Fernanda e Suelen entraram.
— Vamos Jheny – Maria Fernanda fala
— Estou cansada meninas – eu falo para ela
— Amanha você só entra mais tarde – Suelen fala
— Gente, estou sem dinheiro. Estou com dinheiro contado – eu falo
— A gente paga – Suelen fala
— Sempre voc~es pagam, eu estou me sentindo envergonhada – falo para elas
— A ultima vez que a gente saiu faz semanas – ela fala – sem você, não tem graça.
— Não meninasl, vou tomar banho e descansar – eu falo
— Vai Jheny – minha mãe fala – aproveita, eu fico com Be, fica um pouco, depois você vem. Você só está trabalhando.
Eu encaro a minha mãe e depois de um tempo me convencendo, eu acabo aceitando o convite das duas. Nos vamos para o pagode e sentamos, tinah levado uns trocados porque não iria deixar elas pagarem tudo sozinha.
É quando vejo DG se aproximando, ele nunca parecia nos pagodes, nunca vinha para esses lugares.
— Fala sério – Suelen fala
— Não achei que encontraria ele aqui – eu falo
— Não da bola, ignora ele! – Maria Fernanda fala
Ele se aproxima da mesa onde a gente está e me encara.
— Boa noite Jhenyffer – ele fala – achei que deveria estar em casa cuidando do seu filho.
— Não se preocupa, meu filho é muito bem cuidado! – eu falo olhando para ele
— Será mesmo? – ele pergunta
— O que você quer dizer com isso? – eu olho para ele
— Uma mãe que sai a noite e fica aqui procurando macho, quer me dizer que cuida bem do filho! – eu olho para ele e quando ele ia responder, Suelen me impede
— É isso que ele quer – ela fala olhando para ele – te tirar do sério Jhenyffer, não de bola para ele!
— Quem sabe se você vir comigo, posso te ajudar a pagar as terapias – ele fala e eu o encaro
— Você acha que vou me deitar com você em troca de dinheiro? – eu pergunto para ele
— Ué, você já sentou aqui para o traficante e não achou r**m , virou os olhinhos bem virado – eu olho para ele engolindo seco – vamos, bora!
— Eu não vou – eu falo para ele
— Deixa em paz – Maria Fernanda fala – a gente só quer comer algo, beber e ir para casa!
— A gente se ver – DG fala me encarando.
Ele sai de perto da mesa, acendendo um baseado e descendo em direção a boca.
— Como pode ter se envolvido com ele – Maria Fernanda fala
— Quando eu me envolvi com ele, era tudo lindo e maravilhoso, agora reconheço o merda que ele é – eu falo – e o pior, dei ele como pai do meu filho!
— Bernardo não precisa dele como pai, tem uma mãe maravilhosa – Suelen fala – e umas tias bem loucas que são a família dele – eu abro um sorriso!
— Obrigada meninas – eu falo sorrindo.
Nesse momento a noite tinha acabado para mim, era como se DG simplesmente transformasse a minah vida em um inferno somente em chegar perto de mim, era horrível me sentir dessa forma. Quando eu me envolvi com ele, ele era tão carinhoso, era algo tão novo e diferente para mim, que fui me envolvendo dia após dia, até conhecer quem ele era de verdade.
Eu chego em casa e me deito ao lado de Bernardo e abro um sorriso, era a única coisa sincera e verdadeira na minha vida, era meu filho, eu iria fazer 18 anos ainda, mas já era responsável por um ser humano que dependia de mim para tudo, e que talvez dependeria a vida toda e eu precisava ser forte por ele.
— Eu prometo que serei a melhor mãe do mundo, talvez não a do mundo, mas serei o melhor de mim para voc~e – eu falo passando as minhas mãos lentamente em seu cabelos lisos.
- Escritor
