Serena — Quem diabos você pensa que é? — rosna meu pai do seu assento. O medo que eu achei ter visto antes evaporou. Tudo o que resta agora é uma raiva fervente que colore seu rosto de vermelho. Com os punhos cerrados ao lado do prato, ele continua a gritar com Pietro. — Você acha que pode entrar aqui, apontar uma arma para a minha família, e sair respirando do mesmo jeito que entrou? Pietro não recua. A luz amarela da sala de jantar reflete nos fios rígidos do seu cabelo, impregnado de gel, e no brilho metálico do cano da pistola prateada que segura com arrogância. — Matteo, acalme-se — sussurra minha mãe, tocando o braço do meu pai. — Você vai acabar tendo um ataque cardíaco. — E então vai se juntar ao velho Castellano — zomba Pietro, rindo com desdém. — Incrível como esses velhos ba

