bc

Murilo: Marcado pela Vingança

book_age18+
154
SEGUIR
1.7K
LER
proibido
HE
os opostos se atraem
corajoso
polícia
bxg
cidade
musculoso
surrender
like
intro-logo
Sinopse

No coração do Rio de Janeiro, duas vidas marcadas por tragédias se cruzam em uma história de ódio, amor e redenção. Murilo cresceu com uma promessa de vingança: destruir o homem que tirou a vida de seu pai, um renomado policial do BOPE. Agora, um oficial frio e implacável, ele está mais perto do que nunca de cumprir essa promessa. Luana, a filha do maior traficante do Brasil, vive uma vida de aparências em meio ao luxo e ao caos do morro da Rocinha, carregando o peso do nome de sua família. Quando seus caminhos se encontram, o que deveria ser um embate de opostos se transforma em uma atração proibida e devastadora. Em um jogo perigoso entre lealdade, vingança e paixão, será que o amor terá força suficiente para superar a barreira do ódio?

chap-preview
Pré-visualização gratuita
Capítulo 1 - Madrugada Sem Retorno
Murilo Costa Anos antes...  Aquela madrugada tinha algo errado. Um silêncio pesado pairava pela casa, o tipo de silêncio que gruda no peito e faz você prender a respiração sem perceber. Eu tinha 13 anos, mas cresci aprendendo a desconfiar da calmaria. Quando se é filho de um policial do BOPE, você aprende que o perigo nunca avisa. Eu estava no meu quarto, deitado, mas não dormindo. O barulho das árvores balançando lá fora me fazia imaginar coisas que eu não devia. O velho ventilador de teto rangia a cada volta, um som irritante que, naquela noite, parecia amplificar o que eu sentia: medo. Foi quando ouvi. Um estrondo ecoou pela casa, fazendo as paredes vibrarem. Meu coração gelou, mas, ao mesmo tempo, acelerou. Levantei devagar, os pés descalços no chão frio. Um som abafado veio em seguida: passos pesados, madeira quebrando, e vozes... vozes desconhecidas. — Fica no quarto, Murilo! — a voz firme do meu pai cortou o silêncio, mas não tinha o tom protetor de sempre. Ele sabia o que estava por vir, e isso me aterrorizou mais do que qualquer outra coisa. Minha mão tremia enquanto segurava a porta entreaberta. Da fresta, vi minha mãe na sala, agarrada ao braço do meu pai. Ele estava de pé, com a arma na mão, o olhar duro como pedra. Então, eles entraram. Quatro homens, talvez cinco. Roupas largas, bonés cobrindo metade dos rostos, mas o líder deles não precisava de disfarces. Ele era imponente, o tipo de homem que dominava o ambiente só com a presença. Barão. Eu sabia quem ele era, mesmo sem nunca tê-lo visto antes. Meu pai falava dele com um ódio que nunca demonstrava em mais ninguém. — Coronel Costa — disse ele, com um sorriso frio. — Finalmente nos encontramos. — Está cometendo o maior erro da sua vida, Barão — meu pai respondeu, a voz grave como um trovão. — Aqui você não manda. — Não mando? — Barão deu uma risada baixa, quase debochada. — Eu sou a lei desse lugar, coronel. Acha que sua farda te protege aqui? Minha mãe puxou meu pai pelo braço, como se implorasse para ele não fazer nada. Mas ele não recuava, nunca recuava. E foi isso que o matou. Meu pai ergueu a arma, rápido como um raio, mas Barão foi mais rápido. Um disparo cortou o ar antes que meu pai pudesse reagir. O som foi seco, brutal. O corpo dele caiu no chão com um baque surdo, e o mundo ao meu redor desabou. Minha mãe gritou, mas tudo que eu consegui fazer foi assistir. Meu herói, o homem mais forte que eu conhecia, estava caído ali, imóvel, com sangue escorrendo pelo peito. Barão olhou para minha mãe, impassível. Ele deu um passo à frente, o rosto a centímetros do dela. — Lembre a cidade de quem manda aqui. E diga a todos que heróis não existem. Então, ele saiu, seguido pelos outros. Eles riam, como se nada tivesse acontecido. A porta ficou aberta, balançando ao vento, enquanto minha mãe se ajoelhava ao lado do corpo do meu pai, soluçando. Eu queria correr até ele, mas não consegui. Minhas pernas estavam travadas, e minha cabeça girava. Era como se o chão tivesse sumido, como se a vida tivesse sido arrancada de mim naquele momento. Naquela noite, com os gritos da minha mãe ecoando pela casa, eu prometi a mim mesmo que Barão pagaria pelo que fez. Não importava quanto tempo levasse, nem o que eu precisasse sacrificar. Ele destruiu a minha família, e eu destruiria o mundo dele. Eu não sei quanto tempo fiquei parado na porta, só olhando para o nada. A imagem do meu pai caído, o sangue se espalhando pelo chão da sala, parecia congelada na minha mente. Mas não foi o medo que me tirou do lugar. Não foi a dor, nem a tristeza. Foi a raiva. Meus pés se moveram sozinhos. Quando dei por mim, estava ao lado dele. Meu pai, o homem que parecia indestrutível, estava ali no chão, com os olhos fechados, a expressão serena de quem nunca recuava, nem mesmo diante da morte. — Levanta, pai... — minha voz saiu num sussurro, rouca, quase inaudível. Mas ele não se mexeu. Minha mãe estava ajoelhada ao lado dele, soluçando tanto que parecia difícil até respirar. As mãos dela estavam sujas de sangue, tremendo enquanto tentava, inutilmente, estancar o que já não podia ser salvo. — Murilo, volta pro seu quarto... — ela tentou dizer entre lágrimas, mas eu não me mexi. Não tinha como voltar. Não depois disso. Ajoelhei-me ao lado dele, mas não toquei no corpo. Não consegui. Tudo que eu conseguia pensar era na imagem daquele homem. Barão. O sorriso cínico, o jeito como ele olhou para o meu pai, como se estivesse diante de algo insignificante. Eu queria gritar. Queria socar o chão até minhas mãos não aguentarem mais. Mas, em vez disso, meu peito começou a queimar. Era como se algo estivesse tomando conta de mim, uma sensação que eu nunca tinha sentido antes. Não era tristeza. Não era medo. Era algo muito maior. — Eu vou matar ele — murmurei. Minha mãe levantou o rosto na mesma hora, os olhos vermelhos de tanto chorar. — Não fala isso, Murilo... Não fala isso nunca! Mas não era só uma frase. Era uma promessa. Barão não podia sair impune. Ele não podia continuar andando por aí, rindo, achando que tinha vencido. Ele não venceu. Levantei-me, o olhar fixo na porta que ainda balançava com o vento. Cada movimento parecia um lembrete do que tinha acabado de acontecer. — Você não entende, mãe — falei, com os punhos cerrados. — Ele destruiu tudo. Não tem volta. — Tem volta sim! Você ainda tem uma vida inteira pela frente! Não é isso que seu pai ia querer... Olhei para ela, e, pela primeira vez, vi algo que eu não esperava: medo. Não do que tinha acontecido, mas do que eu podia me tornar. Ela não precisava dizer. Eu já sabia. Mas não importava. Eu olhei para o meu pai uma última vez, me forçando a guardar aquela imagem. Não como fraqueza, mas como combustível. A partir daquele momento, cada passo que eu desse seria pensando nisso. Cada treino. Cada missão. Barão não era intocável. Ele era só um homem. E homens sangram. Saí da sala sem dizer mais nada, deixando minha mãe para trás, ainda ajoelhada ao lado dele. Lá fora, o vento frio da madrugada me atingiu como uma bofetada, mas só me deixou mais alerta. Eu tinha 13 anos, mas, naquela noite, eu cresci. Cresci com uma única certeza: um dia, eu encontraria Barão. E, quando isso acontecesse, eu não hesitaria.

editor-pick
Dreame-Escolha do editor

bc

Sanguinem

read
4.3K
bc

Amor Proibido

read
5.4K
bc

O Lobo Quebrado

read
121.6K
bc

De natal um vizinho

read
13.9K
bc

Primeira da Classe

read
14.1K
bc

Meu jogador

read
3.3K
bc

Kiera - Em Contraste com o Destino

read
5.8K

Digitalize para baixar o aplicativo

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook