BRIAN NARRANDO
— Ainda não terminei. — Falei, tocando nos lábios dela com meu indicador, como se pedisse para ela fazer silêncio.
Ela me observava com seus grandes olhos castanhos. Eu deslizei a mão por seu pescoço, levando-a até a nuca, e entrelacei meus dedos ali. Vagarosamente, a guiei para que se virasse de costas para mim, e eu coloquei seu cabelo longo para um dos lados, afastando-o de seu pescoço. Comecei a beijar o local. Ela inclinou o rosto para o lado oposto, me dando mais espaço e ofegando por conta dos toques. Alcancei o ouvido dela e comecei a brincar com minha respiração, roçava meus lábios ali também, e ela tentava não se contorcer. Minhas mãos estavam em sua cintura, e as dela, em cima das minhas.
— Louise... — Eu a chamei e ela abriu os olhos. Estava oferecendo meus punhos para ela, para que ela abrisse os botões. Não dá para tirar uma camisa social sem abrir os punhos.
Ela o fez. E aí, se virou para frente. Com minha camisa aberta, ela olhou para o meu corpo, aproximou o rosto de meu peitoral descoberto e começou a beijar o local, de forma provocante. Eu a deixei brincar. Suas mãos deslizavam por minha pele e chegaram em meu ombro, fazendo com que vagarosamente minha camisa saísse de meu corpo. Eu não estava mais aguentando aquilo, toda aquela provocação, sem beijá-la. Eu a puxei pela cintura de forma bruta e a beijei de novo, dessa vez de forma mais intensa do que anteriormente. Louise, esperta, começou a abrir o meu cinto da calça. Dei graças a Deus por isso. E eu comecei a puxar o vestido dela, já desamarrado e quase caindo de seu corpo, para baixo.
Nossas roupas estavam ficando pelo chão. Louise, já completamente nua, passava as mãos por minha barriga, deslizando as unhas por ali de uma forma que me fez arrepiar.
Quando eu também estava sem nenhuma peça de roupa, me abaixei o suficiente para agarrar suas pernas, e ela passou os braços ao redor do meu pescoço. Se segurou firmemente, e eu a peguei no colo. Ela enroscou as pernas ao redor do meu quadril para se apoiar melhor, e eu continuei beijando aquela boca macia. Encostei as costas de Louise na porta, fez um barulho, e isso a fez rir em meio ao beijo.
— Onde é o seu quarto? — Sussurrei contra a boca dela.
— Primeira porta a esquerda. — Respondeu. E eu fui.
Carreguei Louise até o quarto, e assim que cheguei, a coloquei na cama. Beijando-a, me encaixei no meio de suas pernas. Segurei seus punhos, no alto de sua cabeça, e comecei a mordiscar seu lábio inferior. Minha boca fez um caminho até o pescoço dela, com essas pequenas mordidas. Ela respirava de forma pesada, e eu podia ouvir seu coração bater acelerado. E aí, soltei suas mãos.
Ajeitei-me na entrada de Louise. Ela estava com as mãos em minhas costas agora, e apertou as unhas ali quando comecei a entrar nela. Ela gemia a medida que eu entrava mais, e apertava mais as unhas em minha pele. Eu não ligo, de qualquer forma.
Comecei a me movimentar mais e mais rápido, ela me apertava, eu passava as mãos em suas coxas e beijava seu pescoço, estávamos em um ritmo louco, nossos corpos juntos... Fazia muito tempo que não transava desse jeito com alguém. Parecíamos ter algo que é difícil encontrar em qualquer corpo: i********e. Louise estava quase chegando lá, e eu também. Nossos corpos pareciam estar em sincronia.
— Brian, p***a! Continua, continua! — Pedia, em meio a uma respiração pesada e com a voz cheia de desejo.
Eu continuei, mas aumentei ainda mais meu ritmo, o que fez Louise gritar. Quando ela estava quase lá, me ergui e saí dela, rapidamente. Me coloquei de pé na beirada da cama e a puxei, entrando nela agora com mais força. Ela parecia cada vez mais excitada e perto de chegar ao ápice.
Levei uma das mãos até seu pescoço. Eu o apertei, com força suficiente para sufocá-la. Aquela p***a de sorriso safado que ela deu me deixou com mais t***o ainda. Eu soltei a mão de seu pescoço assim que percebi seu rosto ficando vermelho, e ela respirou fundo.
— Gostoso do c*****o. — Gemeu, e agora foi minha vez de sorrir.
Enquanto eu me empurrava cada vez mais pra dentro dela, via seu corpo chegar ao ápice. Ela não conseguiu mais se segurar e eu adorei isso. Quando ela parou de se mexer, eu me permiti ir também, pois estava me segurando para que isso não acontecesse antes dela. Quando terminei, saí de dentro dela e fui em direção ao banheiro que vi dentro de seu quarto.
Entrei ali e comecei a me limpar, sem pressa. Ela veio logo atrás de mim e entrou no chuveiro, molhando seus longos cabelos castanhos.
— Tô suado. Preciso de um banho também. — Comentei.
— Entra aqui. — Disse. Eu entrei, não tinha porque não fazer isso.
Tomamos banho juntos, mas foi diferente do que eu achei que fosse ser. Por incrível que pareça, Louise foi fria. Quando terminamos o banho, ela foi para o quarto e colocou uma calça e uma blusa, tudo limpo. Penteou os longos cabelos enquanto eu colocava minhas roupas.
— Tá tudo bem, Louise? — Perguntei. Ela estava sentada em uma penteadeira, escovando ainda o cabelo.
— Sim, está. Por quê?
— Não entendi porque está tão arisca. — Ela riu.
— Foi só sexo, chefe. — Disse e se levantou. Veio até mim, com um sorriso sacana nos lábios. — Quer um cafuné?
— Não... Não é isso. — p***a, ela me deixou constrangido. Que p***a de mulher... "Gostosa do c*****o".
— E é o quê? Esperava que eu implorasse por atenção como todas as outras? Que eu pedisse pra deitar no seu peito, pra beijar na sua boca de novo e dormir ao seu lado? — Ela respirou fundo e olhou para cima. — Eu não tenho tempo pra esse tipo de coisa, Brian. Nem vontade, se você quer saber.
— Eu também não tenho tempo ou vontade. Por que acha que contratei alguém pra me casar e não procurei qualquer uma?
— Exatamente. Você não cria expectativas, nem eu crio. Eu sei o meu lugar.
— E eu sei o meu. — Ela sorriu satisfeita.
— Perfeito. Quer comer alguma coisa ou tomar um café? — Perguntou. — Ou prefere ir direto para a sua casa?
— Vamos direto.
Louise foi pegando as coisas e colocando dentro de uma caixa. Não tinha muita coisa ali, mas enquanto ela guardava, eu fiquei pensando em tudo que ela me disse sobre não ter tempo. Acho que Louise sou eu de fio dental. E isso, meus amigos... É um grande problema.
— Vamos embora? — Disse. — Está tudo pronto.
— Vamos, vamos sim. — Falei.
Peguei a caixa e carreguei para ela, de forma educada. Coloquei dentro do carro, depois voltei para pegar a segunda caixa e a terceira.
Indo em direção a minha casa, eu não conseguia parar de pensar no que fizemos no apartamento dela. Vai ser difícil resistir à essa mulher e por algum motivo, tudo que ela disse e fez despertou algo dentro de mim que eu não sou capaz de lidar. Não de novo.
— Tudo bem, Brian? — Perguntou.
— Sim.
— Parece atormentado. — Eu dei risada. Estou atormentado porque eu tenho a p***a da mulher perfeita no meu banco do carona.
— Estou. Muitos problemas no meu trabalho, se você quer saber. — Ela olhou para a janela e suspirou.
— É um saco. Quer conversar?
— Não tem muito o que falar. Pessoas são falsas, pessoas cobrando coisas de mim que não estão ao meu alcance de resolver... Enfim. — Eu continuava dirigindo e apoiei a mão em uma das coxas dela. — Nós vamos nos casar no mês que vem. Precisa ser logo.
— Tudo bem. Quer ajuda para preparar isso? Eu já cuidei de festas de casamento no restaurante. — Concordei com a cabeça.
— Pode ser. Pareça uma noiva feliz e ansiosa para casar comigo, não se esqueça.
— Não se preocupe. Vou até escolher o vestido dos meus sonhos. — Ela deu risada.
— Por que está rindo? — Perguntei.
— Porque eu nunca quis me casar. A vida é engraçada... Minha mãe adoraria viver isso. Eu espero que ela não esteja sedada, e aí o teatro serviria para alegrá-la também.
— Ah, ela queria te ver casar? — Concordou comigo ao me ouvir.
— Ela queria me ver casar, me ver ter filhos... E eu nunca quis nada disso.
— Por quê? Você é uma mulher linda, podia ao menos se casar por dinheiro.
— E não é isso que estou fazendo, Brian? — Rimos juntos.
— É, tem razão...
Louise é encantadora demais. Eu tô ferrado.