LOUISE NARRANDO
Sentar à frente de Brian após ouvir que ele adora brincar com fogo me deixou maluca. Ele definitivamente não é um homem qualquer. Como a maioria dos irlandeses, tem pele clara e olhos claros. Sua mandíbula é marcada e eu gosto da forma como sua barba combina com seu cabelo loiro. Ele tem olhos sempre sérios, o que dá um ar de mistério e a impressão de que ele é alguém indecifrável.
— Brian! — Um homem se aproximou de nós dois, com um grande sorriso. Brian se levantou e o cumprimentou de forma cordial.
— Olá, Jaxon. Prazer em vê-lo. Essa é minha namorada... Digo, noiva agora, vai ser difícil de me acostumar. — Eu sorri de forma educada e me levantei, o cumprimentando. Jaxon é um homem muito bonito, de olhos verdes e cabelos escuros. Ele beijou o dorso de minha mão e eu não gostei da forma como olhou o meu decote.
— Vim desejar os parabéns a vocês. Fico feliz que finalmente esteja noivo de alguém, apesar de ser extremamente conveniente... — Eu o interrompi.
— Conveniente? Não entendi, senhor Jaxon. Eu estou esperando por esse pedido há muito tempo, e o senhor vem dizer que é conveniente? — Jaxon pigarreou, sorriu educadamente e olhou para Brian, que o olhava de cima para baixo, com o queixo levantado e bastante sério.
— Quem é aquela mulher sentada à mesa com você, Jaxon? Não parece sua esposa. — Brian o alfinetou.
— Uma amiga de longa data. Não se preocupe com meus relacionamentos, Jaxon.
Eu podia sentir o clima desagradável de competição. O ódio entre os dois era quase palpável.
— Então não se preocupe com o meu. E não ofenda minha linda noiva com suas colocações idiotas. — Brian agora sorria de forma irônica.
— Bom, posso conhecê-la melhor, ao menos? Como é o seu nome, querida?
— Louise Murphy. — Ele sorriu ao me ouvir, e me olhava de cima a baixo, ainda que de forma discreta.
— Um nome inesquecível. Assim como sua beleza.
— Obrigada pelo elogio, Brian acha o mesmo. — Ele ergueu as sobrancelhas, com uma ironia ridícula no rosto.
— Espero que dê tudo certo dessa vez e ela não fuja com outro, Brian. — Jaxon deu um tapinha nas costas de Brian e saiu andando de volta para sua mesa. Brian preferiu ficar quieto, respirou fundo de olhos fechados e depois se sentou.
— Quero ir embora, Brian. — Me irritei e disse.
— Já vamos.
— Quem é esse i*****l?
— Digamos que meu concorrente direto ao... Ao cargo que irei assumir após nosso casamento. — Girei meus olhos e bufei.
— Que pessoa insuportável.
— Não é privilégio seu achar isso. — Brian virou a taça de vinho inteira, e me olhou após isso. — Pronta para ir? Quer uma sobremesa ou algo assim?
— Não, vamos embora daqui. Pelo amor de Deus. Olhar para esse cretino está me dando nojo. — Ele abriu um sorriso e levantou a mão, chamando o garçom.
Saímos do restaurante depois de pagar. Quando estávamos chegando no carro, ele me segurou pelo braço. Eu soltei meu cabelo pois aquele r**o de cavalo lateral estava me irritando.
— Ele gostou de você. — Fiquei confusa ao ouvi-lo e me virei de frente para ele. Ele parecia mais sério que o normal.
— Do que está falando? — Questionei. Brian estava perto, perigosamente perto. Me lembrei do beijo na pista de dança. p***a, aquele beijo não devia ter sido tão bom...
— Jaxon gostou de você. Te olhou com desejo. — Afirmou. Ele parecia extremamente irritado, mas continha-se.
— E daí? — Eu o olhei indignada. — O que quer dizer com isso?
— Você não pode se entregar a ele e nem a ninguém, entendeu? — Cruzei meus braços quando o ouvi. Ele se aproximou ainda mais de mim, olhando meu rosto. Isso me fez descruzar os braços e prestar atenção em sua presença magnética. Levantou meu queixo com os dedos, me fazendo olhá-lo. Senti minha respiração falhar, mas me controlei. — Trezentos e sessenta e cinco dias, Louise. Você é minha durante todo esse tempo. Só minha.
— Eu li o contrato. Já entendi.
— Ótimo. — Ele sorriu de forma satisfeita, por mais que eu tenha visto sua veia da testa saltada. Ele é possessivo e não divide os brinquedos, e tudo bem, eu não pretendo ser dividida. É só a p***a de um contrato, mas eu sei respeitar. — Bom, vamos para casa agora. Você quer passar na sua casa e buscar alguma coisa? — Concordei.
— Quero, por favor. Tenho algumas coisas importantes lá. Sei que vou morar com você, como o contrato diz, então preciso tirar as coisas do apartamento e devolver as chaves.
— Tudo bem. Te ajudo.
Chegamos ao meu apartamento em poucos minutos. Eu só conseguia pensar nos momentos em que estive perigosamente perto de Brian, lá no estacionamento do Malahide. Aquilo não foi fingimento, eu senti.
Abri a porta do meu apartamento, é simples, mas arrumadinho e muito limpo. Ele olhava tudo de forma curiosa, com as mãos nos bolsos.
— Fique à vontade. Eu não tenho nada na geladeira, não costumo comer aqui. Mas tem água se quiser. — Fui até a cozinha e peguei uma caixa de papelão que guardei da vez que me mudei para cá, e passei em frente ao Brian. Ele segurou meu braço, pegou a caixa e a tirou de mim, sem força, tudo de forma gentil. Colocou a caixa no balcão enquanto me observava.
— Olhe para mim, Louise. — Eu o obedeci. — Você é minha.
— Eu sei disso. Por que está falando isso mais uma vez? — Ele percorreu meu pescoço e seio com os olhos, de forma proposital, com desejo. Aquilo me fez arrepiar. Por Deus, o olhar desse cara me faz arrepiar? Eu tô ferrada.
Suas mãos alcançaram minha cintura, e eu observava seus movimentos. Ele deslizava um dos dedos pelo fio do vestido amarrado em minhas costas. Eu estava imóvel, sem saber o que fazer. Aquilo não era um toque para mostrar a alguém que ele tem uma noiva. Era por vontade, assim como naquele momento no estacionamento do Malahide.
— Preciso deixar bem claro para você. — A mão que não brincava com o fio em minhas costas foi levada até meu rosto, ele deslizou o polegar por minha bochecha, e depois, o deslizou pelo meu lábio inferior. — Eu sou o único homem que pode tocar em você por um ano. Entendeu? Nenhum toque, de ninguém.
— Entendi, senhor possessivo. Não quero ser dividida. Eu estou sem ninguém faz um ano, Brian. Sou contida. Não se preocupe. — Falei rapidamente. Estou sem ninguém faz um ano, mas não por vontade própria. É só que com doze horas de trabalho, você não consegue fazer muita coisa, como sair com alguém. — Você gostou muito do laço do meu vestido, não foi? — Ri baixo, olhando nos olhos dele.
— Minha vontade é desamarrar isso e deixar você completamente nua. — Levei uma das mãos até o peitoral dele. Deslizei as mãos por sua camisa branca, alcançando o primeiro botão de sua camisa.
— Ah, mas eu sou sua funcionária. — Provoquei, com um sorriso malicioso brincando em meus lábios. Sua mão que antes acariciava minha bochecha, foi levada à minha nuca e seus dedos entrelaçaram-se por meus cabelos.
— Não me provoque, Louise. — Ele apertou meu cabelo entre os dedos, aproximando o rosto do meu. Eu conseguia sentir o calor de sua respiração, de tão próximos que estávamos.
Senti Brian puxar o laço do meu vestido e o desamarrar. Eu abri o primeiro botão de sua camisa. Me puni mentalmente por isso, eu não posso me envolver com ninguém, nem que seja com o cara com quem terei que morar durante um ano. Eu já estou com o coração partido pela minha mãe, se eu tiver uma decepção amorosa, acho que morro de tristeza. E eu acho que Brian não é o tipo de cara que se apaixona.
Para nosso azar, ou talvez para a minha sorte e para me livrar de um coração partido, minha campainha tocou. Girei meus olhos e Brian riu, eu saí de perto dele e fui até a porta. Quando abri, era a vizinha solitária do apartamento ao lado do meu.
— Lou, minha querida. — Ela sorriu de forma simpática. — Desculpe atrapalhar... — O olhar curioso dela pelo meu apartamento me incomodou, mas só depois fui entender o motivo. — Senhor Bigodes sumiu. Ele por acaso não está na sua casa?
— O gato? — Ela concordou.
— Sim. Senhor Bigodes! — Ela chamou. O gato, o filho da p**a do gato, saiu de trás da cortina e correu até ela. — Ah, olha só! Ele está passando da minha sacada para a sua. — Comentou.
— Bom, já que ele está com você, nos vemos depois. Preciso entrar. — Falei e ela concordou, com o gato no colo.
Finalmente fechei a porta.
Quando me virei para frente, Brian me prendeu entre seu corpo e a porta, e nossos olhos se encontraram. Eu não sei dizer quem estava com mais desejo ali. Ele levou uma das mãos até minha nuca, segurando meus cabelos com força e fazendo minha cabeça pender para trás. Achei que me beijaria, mas não. Ele alcançou meu pescoço com os lábios, começou a beijar minha pele lentamente e isso me causava arrepios e sensações que eu não conseguia controlar.
— Se eu te beijar... — Ele começou a falar, em meio aos beijos úmidos que distribuía ali. — Eu não vou parar... Até conseguir o que quero.
— Então me beija.
Brian sem nenhum pudor grudou os lábios nos meus. Invadiu meus lábios com a língua, pela primeira vez. Suas mãos alcançaram minha cintura de novo, e as minhas mãos apertaram seus ombros. Minhas costas, agora estavam sem impedimento nenhum para as mãos de Brian. Eu escorreguei minhas mãos pela gravata dele, a laceando o suficiente e desatei o nó para que conseguisse retirá-la sem interromper o beijo. Apressei-me em abrir os botões de sua camisa, deixando seu peito exposto para mim. Brian é gostoso, mais gostoso do que imaginei. Passava as mãos em seu peitoral enquanto o beijava, e para mim, o mundo aparentemente sumiu.
Meu beijo encaixou com o dele.
Eu tô fodida, literalmente fodida.
Senti sua mão escorregar por minha b***a, trilhando um caminho até a coxa descoberta pela f***a do vestido. Ele segurou minha perna, a ergueu e se encaixou melhor. Eu podia sentir seu volume. Ele estava com vontade de mim pelo visto, mas eu não estava diferente. E eu não estava usando calcinha, muito menos sutiã. Era o vestido e só.
Com a mão livre, Brian começou a puxar a alça do meu vestido para baixo. Isso acabou expondo um seio meu, que ele fez questão de apertar com a mão, enquanto ainda me beijava. Ele começou a arrastar os lábios para longe dos meus, e os encaminhou para meu pescoço, chegando em meu ombro e descendo até alcançar o seio exposto com a boca. Começou a beijá-lo, e quando alcançou a parte mais sensível, eu agarrei seu cabelo e arqueei as costas. Soltei um gemido completamente involuntário. Por uma fração de segundos, me ocorreu que talvez a dona do senhor Bigodes estivesse nos ouvindo. Mas sinceramente, eu não liguei.
Uma mão em minha coxa, outra em minha cintura. Seus lábios no ponto mais sensível do meu seio, seus olhos fechados, suas pernas no meio das minhas. Cristo... Eu jurei que não podia melhorar. E aí, ele se ajoelhou, colocou minha perna que antes ele segurava, em cima do seu ombro. Subiu meu vestido e me expôs, e como eu não tinha nada embaixo do vestido...
— Prontinha para mim. — Sorriu de um jeito canalha, e começou a beijar minha coxa apoiada em seu ombro. Guiou os próprios lábios por minha pele até alcançar o meio de minhas pernas, o local onde eu queria que ele estivesse desde que me beijou a primeira vez.
Quando ele colocou a boca em minha região íntima, fechei meus olhos e apoiei as duas mãos na porta. Eu tive que prender a respiração para não surtar. Cada toque desse homem me causa uma sensação intensa e avassaladora. Eu arranhei a porta com as unhas, e depois, levei as mãos até a cabeça de Brian. Ele afundou o rosto em mim, o que me fez ofegar e soltar um gemido logo em seguida. Empurrei seu rosto, entreabrindo os lábios de forma involuntária, e p***a, eu não conseguia me controlar. Eu já fui chupada antes, mas não assim. Eu gemia sem perceber, apertava os cabelos dele sem pedir força, rebolava meu quadril sem conseguir parar.
Ele fazia questão de me estimular com as mãos também. Introduziu um dedo em mim, e o mexia de forma circular. A outra mão, deslizava pela minha perna apoiada no chão, e alcançava minha bundaa de vez em quando, a apertando.
Era estímulo demais. Meu corpo se entregou, eu não tive escolha. Gritei, soltei minhas mãos dele e joguei minhas costas contra a porta, me permitindo sentir tudo aquilo. É, com certeza... Esse foi o melhor orgasmo de toda minha vida.
Quando ele percebeu que eu cheguei lá, beijou lá embaixo como se beijasse minha boca. Afastou o rosto dali e tirou minha perna de seu ombro, se levantando.
— p***a, Brian. — Falei, enquanto ele limpava os lábios com o dorso da mão. Eu ia continuar falando, mas ele me interrompeu.
— Shh, shh... — Colocou o dedo indicador em meus lábios, fazendo sinal de silêncio. — Ainda não terminei.
É. Fodida é pouco.