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1897 Palavras
LOUISE NARRANDO Brian é o tipo de homem que eu gosto. Estou em uma linha tênue entre desejo e amor, e eu não quero quebrar meu coração. Ele também não parece estar a vontade com isso, por isso, criei uma barreira onde existe sexo e só. Foi minha primeira noite na mansão do Brian. É enorme, tem um salão que daria uns três apartamentos do meu e eu ainda estou um pouco perdida no meio de tudo isso. Não sei o que posso fazer ou o que devo fazer... Queria que esse trabalho tivesse vindo com um manual de instruções. Acordo pela manhã, bem cedo. Escovo meus dentes, coloco uma calça de moletom e um cropped. O dia está gostoso, então penso em sair para dar uma volta no grande jardim, para fazer uma caminhada. Desci as escadas. Fui até a cozinha para tomar o café da manhã, que já estava pronto e servido, a empregada estava parada como um robô na cozinha esperando qualquer que fosse o pedido. — Bom dia, ahn... — Olhei para ela. Eu esperava que ela dissesse o nome, mas não disse. — Bom dia, senhorita. Espero que goste do café da manhã. — Eu abri um sorriso. — Obrigada pela gentileza... Qual seu nome? — Maria, senhorita. Me chamo Maria. — Por favor, me chame só de Louise. — Ela balançou a cabeça e foi para outro canto da cozinha. Eu servi uma panqueca para mim, naquela grande mesa diversa, e peguei um pouco de suco. — Bom dia, dona Maria! — Brian chegou, arrumado para o trabalho. Seu cheiro gostoso inundou o ambiente e roubou a cena. — Bom dia, senhor Brian. — Ele suspirou. — Meu pai não está mais vivo. Pare com essas formalidades, é uma ordem. — Disse em tom de brincadeira. A postura dela mudou, relaxou os ombros. — Desculpa, senhor Brian. Eu me esqueço que ele se foi. — Graças a Deus que se foi. Fez hora extra. — Ele disse em tom de brincadeira. O cara fala isso do próprio pai... Ou o pai era um cão, ou ele é um i****a. — Bom dia, minha querida noiva. — Disse, pegou minha mão e deu um beijo ali. — Adorei o beijo na mão, mas prefiro na boca. — Pisquei um dos meus olhos para ele. Eu adoro provocar o Brian. Ele se aproximou de mim e me deu um selinho demorado, e enquanto fazia isso, eu coloquei a mão bem no meio de suas pernas. Apertei sem força, e sorri de forma maliciosa. Depois de terminar o beijo na minha mão, ele levou os lábios carinhosamente ao meu ouvido. — Você me paga. — Sussurrou. — Que foi, tá com medo de ter que tirar todo esse terno antes de ir trabalhar? Depois eu te ajudo a colocar... Sei dar nó de gravata. — Sussurrei. Quando olhei para os lados, Maria havia sumido. — Não me provoque, Louise. — Acho que você devia me comer de café da manhã. — Pisquei um dos meus olhos para ele, que me olhava enquanto caminhava para o outro lado da mesa. Eu continuei comendo a minha panqueca despreocupadamente. Ele se serviu, um café muito forte e um pão com queijo. — Não consigo comer panqueca pela manhã. — Comentou. — Eu adoro. — Eu sei. Por isso pedi para fazer. — Como você sabe? — Eu sou seu noivo. Sei tudo sobre você. — Ele piscou um dos olhos para mim. Eu me inclinei à mesa e sussurrei. — Como você sabia disso? — Perguntei para o seu ex-chefe, para de ser paranoica. E pra sua melhor amiga, a Nikki. — Arregalei os olhos. — Você falou com a Nikki? Pelo amor de Deus! — Sussurrei, indignada. — Ela é sua melhor amiga, você marcou ela em milhares de fotos. — A Nikki é uma boca aberta mesmo. — Qual é, ela me ajudou a escolher as flores que você vai ganhar no meu jantar de negócios hoje. E também a joia. — Ergui as sobrancelhas. — Teremos um jantar hoje? — Questionei. — Sim, e minha bela noiva irá me acompanhar. Vou te apresentar para os meus colegas de trabalho. — Por algum motivo, acho que os colegas de trabalho dele não são muito amigáveis. — Quer que eu vista algo específico? Você precisa me falar dessas coisas. — Bom, esse jantar terminará em uma festa. Primeiro teremos uma reunião privada com as pessoas mais importantes, depois, todos irão chegar. Será uma festa de gala. Você é maravilhosa, Louise, mas escolha um bom vestido porque aquelas mulheres insuportáveis julgam muito pela aparência. E você precisa se encaixar. — Pode deixar, meu noivo querido. Eu passei o dia procurando um bom vestido. Mas quando bati o olho naquele vestido preto liso, com saia longa e esvoaçante, e um decote imenso... Eu soube que era ele. Me preparei como fiz no outro dia. Deixei meu cabelo solto dessa vez, o joguei para o lado e passei um bom batom vermelho. Coloquei uma pulseira dourada, meu anel de noivado e saltos altos. Preciso usar sempre, Brian é alto demais. — Senhorita Louise! — Ouvi alguém chamando. Abri a porta do quarto e era Maria. — Senhor Brian já te espera lá embaixo. — Estou descendo. Eu desci as escadas, e vi Brian tão lindo quanto da última vez. Pelo amor de Deus, como esse homem consegue ficar tão gostoso de maneiras tão diferentes em um terno desse jeito? Estava com um terno completamente preto e bem recortado, com uma gravata borboleta que ele ajeitou assim que eu o vi. — Encantadora. — Disse, me oferecendo a mão. — Você está querendo provocar quem com esse decote? — Você, é claro. E algumas patricinhas mimadas presentes na festa. — Ele sorriu de forma maliciosa. — Vai conseguir o que quer, Louise. Entramos no carro. Ele me olhou de cima a baixo, antes de ligá-lo. — Tudo certo? Não gostou do decote? — Não, eu amei o decote, Louise. Só estou pensando em como vou me controlar a festa toda sem enfiar o rosto aí. — Eu soltei uma risada divertida. — Talvez você não devesse se controlar no carro, então. — Ele levou a mão até minha nuca, entrelaçou os dedos em meus cabelos e puxou minha cabeça para trás, não com força, mas dessa forma expôs meu pescoço e deixou a mercê dele. — Como você gosta de me provocar, não é? — Ele se inclinou até mim deu um beijo úmido em meu pescoço e começou a descer os lábios, em direção ao meu decote. Soltou meu cabelo e com as mãos, afastou o tecido o suficiente para liberar meus s***s. Sua boca foi deixando beijos úmidos até um deles, enquanto apalpava o outro com a mão. Joguei minha cabeça para trás, gemendo ao sentir sua língua em meu ponto mais sensível do peito. Senti lá embaixo pulsando por causa desse toque. p***a, esse homem me deixa com um tesão... — Brian... — Apertei minhas mãos no cabelo dele, o empurrando mais contra meu peito. — Eu tô querendo você desde hoje de manhã. — Resmunguei. Ele sorriu enquanto passava a língua. — Vai ter que esperar. Estamos atrasados. — Falou, ainda com a boca em minha pele. — Qual é... — Resmunguei novamente. Brian tirou a boca dali, se levantou e me deixou descoberta. Tive que me arrumar sozinha. Agora, eu estou completamente ensopada. — Eu vou te comer inteira hoje, Louise. Mas no momento certo. Brian começou a dirigir. E p***a, como um homem pode ser tão sexy dirigindo? Chegamos ao jantar, e a casa era ainda mais bonita do que a de Brian. Era a casa de um homem importante, pelo visto. — Boa noite! — Fomos recepcionados por um mordomo e logo estávamos dentro da casa. Brian me apresentou para várias pessoas... Eu gostei da maioria. Menos de uma loira com cara de merda que ficou me encarando o tempo inteirinho. — Quem é aquela, Brian? — Mostrei discretamente. — Alice. Ela é a herdeira dessa casa. O pai dela morreu, e, hm... Nossa empresa está decidindo para quem vai o legado. Ela é incompetente, e no testamento, ele deixou muito dinheiro para ela e uma... Cadeira na empresa, digamos. Mas ele pediu que houvesse uma votação para assumir o lugar dele, e escolheram a mim. — Entendi. — Posso te deixar sozinha por um instante? — Perguntou. — Claro. Estou bem acompanhada com essa taça de espumante. — Pisquei um dos olhos para ele e ele sorriu. Fiquei quieta no meu canto, olhando as obras de arte espalhadas pelas paredes e tomando o espumante. Foi então que Alice se aproximou, com um sorriso bastante irônico nos lábios. — Olha só... A noivinha do Brian Quinn. — Sorri, tentando parecer educada. — Sim, noiva do homem mais gato desse salão. — Procurei Brian com os olhos, e trocamos um olhar. Parecia que ele me perguntava se estava tudo bem, e eu sorri para dizer que sim. — Espero que você ocupe bem o lugar que era para ser meu. — Ergui as sobrancelhas. — Ah, você que é a ex-noiva do Brian? — Primeiro: Eu não sabia que ele teve qualquer que fosse o relacionamento. Ele não parece um cara que teria um relacionamento com uma mulher como ela. Segundo: Ele não me disse nada sobre isso, fica difícil inventar histórias, mas vamos seguir o fluxo e tentar jogar um verde. — Sou sim. Ele já deve ter falado bastante sobre mim. — Na verdade, não tocou nem no nome dela, mas vamos continuar com o papo. — Ah, claro. Disse que você era... Herdeira dessa linda mansão e tudo mais. — Era a única informação que eu tinha sobre ela. E eu sentia que ela era uma megera. — Ótimo. Você pode ser noiva do homem mais importante dessa sala, mas contenha-se em seu lugar. Da próxima vez, não venha com um decote desse tamanho. Está tentando chamar atenção de quem? Aqui na minha mansão, quem chama a atenção sou eu. E esse decote está ridículo. — Fiquei com vontade de rir, mas prendi a risada. — Desculpa se meu lindo decote te incomoda. Eu acho que todos os homens dessa sala discordam de você. — Me aproximei dela, fingindo que lhe contaria um segredo. — Principalmente o homem mais importante dessa sala. Ele não aguentou e caiu de boca enquanto estávamos no carro. Alice se irritou. Jogou a taça de champagne que segurava no meu decote, sujando meu corpo e a saia do vestido. — Vai tirar outro vestido de onde, sua vagabunda? — Ela provocou. Brian se aproximou ao me ver olhando para baixo, e o líquido escorrendo. — Está tudo bem aí? — Questionou. — Aconteceu um acidente, a Alice acidentalmente derrubou champagne no meu vestido. Nada que você não possa me ajudar a resolver, meu amor. — Eu peguei no braço de Brian. — Quer um vestido emprestado meu, Louise? Devo ter alguns velhos que separei para a doação. — Disse. — Agradeço, mas não vão servir, Alice. Vão ficar muito largos na barriga e pequenos no seio. — Provoquei. Alice estava vermelha de nervoso. — Se controla, boneca... — Brian apertou minha mão enquanto nos afastávamos. — Estou controlada. Minha vontade foi de voar no pescoço dela.
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