Capítulo 13

658 Palavras
— Eu sabia! Eu sabia! — Elaine gritava ao centro da reunião espacial, enquanto Galak a olhava sério e Volkon não partilhava daquela felicidade. Havia mais dois capitães feridos e a cientista humana simplesmente estava comemorando. — Deu muito certo! Os capitães se entreolharam, depois voltaram seus semblantes para Volkon, a quem pediram um mísero socorro. Eles foram colocados em um baile completamente sedentos, assustaram suas humanas e agora, ao despertar de um novo dia, a humana dá a missão como concluída? Eles estavam, no mínimo, confusos. — Não tivemos nenhum relatório. Não há provas de que a cúpula está acontecendo. — Galak interferiu na felicidade da baixinha, enquanto ela parava de girar em sua cadeira arredondada, flutuante. — Ele a levou, entraram na cápsula e ela ainda não retornou. É óbvio! — Aquela droga de baile, onde nos acabamos um com o outro, foi para que Darius saísse como herói e tivesse êxito em copular? — Um Stariano se levantou, Hendall, ele era um Stariano peculiar. Verde, ele tinha muitos brincos na orelha, pigmentações escuras moldando um traço do nariz até o queixo e segurava uma alabarda. Ele tinha cabelos escuros e nichos em suas pontas, semelhantes a algumas gomas de rastafari humano, mas bem grossos. Sua cultura se baseava em marcar em sua pele em cada glória, e ele tinha muitas pelo corpo. E Volkon notou a agressividade no tom de Hendall. O que o fez dar um passo à frente de Elaine, e ditar firme. — Elaine está acima de você, e meus punhos também. Um tom a mais, e eu vou tirar uma de suas honras da sua pele. — Você não vai tirar nada. — Hendall retrucou na mesma altura. De corpo em pé e olhar firme, Volkon não o intimidava. — Elaine não está acima de nenhum capitão, o General é aquele Stariano. — Ele apontou Galak sem tirar os olhos de Volkon. — Ela é uma p****e cientista que está brincando com os nossos instintos para otimizar resultados. E se não quiser matar todas as humana na próxima vez, sugiro que peça para sua cientista pra pensar num plano melhor, e menos i****a. Volkon rosnou, mas Galak interviu no momento que o outro Stariano estava para puxar Hendall. — Hendall, sente-se. Volkon, recue. — Mas Hendall, eu só estava… — Elaine tentou. — Hemdall tem razão, humana Elaine. — Galak interveio, tomando o olhar da moça e a atenção de Volkon. — Brincar com o instinto Stariano sem pensar na segurança principal, colocou em risco a vida de todas as humanas. Todas, não só uma. Mesmo que tenha tido resultados positivos induzindo o Capitão Goldarx, colocou uma guerra entre mais de uma dúzia de capitães altamente treinados. E apesar d’eu confiar nas habilidades dos meus, o único aqui que não teme mais seu instinto como um macho da espécie, é Volkon. E eu não posso esperar que um único Stariano impeça uma chacina sozinho. Elaine engole devagar, Volkon cruzou os braços e viu Hemdall se afastar. Quando menos esperavam, a porta se abriu ao fundo da sala de reuniões, Darius entrou sendo pego de surpresa e levantou o semblante ao se encontrar com uma reunião, que ele não sabia estar ocorrendo. Seus olhos estavam dilatados, seus cabelos estavam levemente bagunçados e ele acabava de ajustar as golas do uniforme. Ele tinha desespero em suas feições, mas o seu alvo e o seu foco, era encontrar Elaine. — Darius, está tudo bem? — Galak se levantou, conhecendo seu subordinado. — Faça alguma coisa. — O Stariano gigante olhou para Elaine, que ajustou os óculos e se levantou devagar. — Eu acho que a matei. Eu acho que… minha humana… Eu acho que tirei sua vida… Não havia um semblante preocupado, porque aquilo não era esperado. Nem por todos os estudos humanos-alienígenas, a morte por reprodução não era nem sequer uma teoria. E o desespero palpitou no peito de Elaine. — Preciso vê-la.
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