A mesa está posta para duas pessoas. Com uma toalha creme que quase chega ao chão e talheres de prata que refletem a luz das velas. Cheiros apetitosos e aromáticos vêm da janela aberta da cozinha. É romântico. Elegante. Refinado. Que absurdo. É tudo apenas uma fachada, realmente, uma zombaria que eu não acho que Esmeralda aprecie. Não sei o que me fez contar dessa forma, mas uma parte de mim quer espalhar más notícias envolvendo-as em coisas boas. Como se eu não desse a mínima para o que ela pensa de tudo isso. Ou sobre qualquer coisa. Como se a opinião dela importasse minimamente. — Comida chique para um prisioneiro. Diz uma voz atrás de mim. Eu me viro, mais surpreso do que gostaria de admitir. E quase prendi a respiração quando a vi. Esmeralda parece uma miragem. Um conto de f

