Ele me escuta em silêncio, absorvendo cada palavra que eu digo. Os seus olhos passam pelo meu rosto como se ele estivesse procurando por mais pistas. O seu maxilar ainda está cerrado, mas a escuridão desaparece um pouco dos seus olhos enquanto eu falo.
— Pode ser verdade. Responde Arte. — Mas isso não muda nada. Máscara ou não, isso não tornava as suas ações menos reais.
As suas palavras me fazem sentir frio. Eu largo o meu garfo e envolvo os meus braços em volta de mim.
Quando olho, para Arte, posso ver mais do que apenas a raiva reprimida que descobri quando falamos sobre o passado.
Eu posso ver a dor também.
César, o que você fez com ele?
E de repente, estou com medo de ouvir essa história. A memória do meu irmão permaneceu pura na minha cabeça desde a sua morte.
Sim, perdê-lo fo
