Pré-visualização gratuita Prólogo
Eu saí para dar uma volta e usar as roupas novas que minha patroa e amiga, Petrova O’Connor me deu. Eu não tenho muita experiência com boates ou algo assim, mas criei coragem para sair pelo menos uma vez.
Eu e minha mãe trabalhamos na casa do chefe da Outfit e lá é muito bom, mas eu sinto falta de ter amigos e sair, ou pelo menos conhecer o mundo.
Preciso dizer que fiquei decepcionada com o que vi, apenas um bando de pessoas amontoadas em um lugar pequeno, achei que fosse diferente, então depois de minutos pensando, decidi ir embora, não há nada para fazer aqui.
Quando eu ia atravessar a rua, três rapazes me abordaram, eles pareciam bêbados, então eu tentei não ligar muito e seguir meu rumo para casa. Mas antes que eu pudesse dar mais de dois passos, um deles segurou em meu cotovelo.
—Ei, gatinha, você nem aproveitou, vem com a gente. ele me disse.
—Não, me deixe ir embora... —falei com medo.
—Calma, não vamos te fazer m*l, só queremos brincar... —ele insistiu.
—Já disse que não, me solte. —falei novamente.
Eles deram uma risada asquerosa e apertaram ainda mais suas mãos em meus braços, eu comecei a me debater e tentar correr, mas eles eram três e eu não tive chances.
—Me solta, seus idiotas. —falei.
—Oh, parece que a gatinha está mostrando as garras, vamos te deixar bem calminha. —ele respondeu sorrindo.
Um dos rapazes que segurava meu braço esquerdo afrouxou o aperto e eu aproveitei, soltei meu braço e dei um tapa no rosto do i****a que que tentava vir para cima de mim e me agarrar, mas acho que ele não gostou muito, porque ele revidou o tapa e então eu fui jogada no chão, um deles começou a ame chutar e outro tentava tirar minha roupa, o terceiro me arrastava pelo chão.
Comecei a gritar por socorro, mas a rua estava vazia, então não havia ninguém ali para me ajudar, eu me desesperei ainda mais quando comecei a ser arrastada para um beco escuro, longe da rua, tentei segurar no chão, mas eles eram muitos.
Não parei de gritar e me debater, mas senti que eles soltaram meu corpo, quando virei de frente, havia um homem batendo neles, nos três, um a um eles iam caindo, o homem parecia cheio de raiva, pois bateu nos três sem nenhuma piedade.
Quando ele virou na minha direção, vi seu rosto claramente, mesmo estando escuro, ele me encarou no chão e acho que deve ter chamado a polícia ou os bombeiros, pois abaixou até ficar de cara comigo, ele abriu a boca e disse algo, mas eu não lembro bem o que foi, porque depois que ele tocou em minha cabeça, eu apaguei.
Acordei já no hospital, mamãe e minhas únicas amigas estavam ali me encarando, uma dor de cabeça horrível parecia que ia acabar comigo.
—Mãe... —tentei falar.
—Estou aqui, filha. Não se esforce muito. —Mamãe correu e se sentou ao meu lado na cama.
Percebi que a prima do meu chefe, Deise, também estava no quarto e falava ao telefone.
—Mãe, minhas costas doem —consegui falar.
Mamãe estava chorando bastante, segurando em minha mão, sinto muito por ter saído de casa e preocupado ela.
—Você está machucada, querida. Por isso eu disse para não se esforçar. —ela respondeu.
—Ei, como você está? além da dor nas costas. —Petrova perguntou.
—Tentando entender o que houve... —olhei confusa e culpada para minha mãe. —Desculpe mãe, eu fui apenas me divertir e não sei o porquê daquilo. —me permiti chorar e minha mãe me abraçou.
—Tina, não foi sua culpa, querida. James já está atrás dos culpados. —Petrova disse e minha mãe concordou.
—Sim, filha. Vai tudo correr bem e você vai pra casa.
—Eu gostaria mesmo de saber quem ele é, mãe... —falei, me lembrando daquele rosto.
—Procuraremos por ele, querida! —ela respondeu.
Fiquei sabendo que o patrão deixou alguns soldados na porta para me protegerem, Petrova não saiu de perto de mim, ela é uma mulher muito boa, eu dormi bastante, mas vez ou outra aquele rosto me encarava e eu despertava, curiosa e com o coração apertado, eu queria agradecê-lo por me salvar. Preciso saber quem ele é.