Capítulo 05

1125 Palavras
Eu estou completamente fascinada por ele, Brandon Akira, o mais novo m****o da Outfit, o patrão nos apresentou e caramba, ele está bem diferente daquele dia, seu cabelo está menor, o rosto mais limpo, com certeza ele já foi encaminhado para a iniciação. —Incrível... —O que é incrível? —minha mãe perguntou. —Como? —perguntei confusa. —Está falando sozinha, Tina? —ela riu. —Oh, desculpe... Ham.. Mãe, o que achou do novo m****o da Outfit? —questionei. —O japonês que te salvou? Ele parece ser um bom rapaz. —ela comentou. —Sim... —concordei baixinho. —Por que? —Oh, por nada. —disfarcei. Minha mãe sempre diz que eu mereço mais do que um mafioso e que essa vida ela não quer para mim, ela trabalha para os O'Connor muito antes de eu nascer, dizem que o pai do patrão James não era nada fácil de lidar, mas minha mãe e meu pai nunca deixarem de servir a família. Quando eu era mais nova, eu queria estudar e conhecer o mundo, mas ainda na infância a realidade me pegou de jeito. Eu era menininha e o patrão James já era um adolescente, mas eu me lembro dele brincando comigo, pelo menos até ele assumir a Outfit, depois disso ele não tinha mais tempo e nem deveria demonstrar esses sentimentos. Ele se casou com Petrova, a melhor pessoa que eu conheci na vida, ela é incrível, sofreu muito no começo do casamento, mas agora os dois estão bem. Por falar em estar bem, ouvi minha mãe tossindo pela décima vez em menos de dois minutos, tenho certeza que algo está errado, mas ela não quer me ouvir. —Mãe, procure um médico, por favor. —pedi novamente. —Eu estou bem, apenas estou com uma tosse que não desgruda de mim. —Vou pedir ao patrão James para te obrigar a fazer o exame. —falei. —Bom, eu duvido que alguém consiga obrigar meu marido a fazer alguma coisa. —ouvi uma voz atrás de nós. —Estou entrando. Petrova vinha trazendo algumas sacolas, como sempre, ela veio todo dia desde que eu sofri aquele acidente tenebroso, os primeiros dias foram insuportáveis, eu não conseguia fechar os olhos, sempre que eu tentava dormir, eu sentia aquelas mãos em mim, ou a risada macabra. —Posso tentar —respondi. —Por que você traz muitas sacolas de comida toda vez que vem? —perguntei. —Não sei, eu só gosto que vocês estejam confortáveis. —ela colocou tudo em cima da mesa e veio sentar comigo no sofá. —Como você está? —Eu estou bem, minha costela não dói tanto. —respondi. —Sabe, eu estava pensando que você poderia fazer acompanhamento com o psicólogo. O que acha? —Eu concordo, Petrova. —minha mãe respondeu. —Eu estou bem, eu prometo, gente. —falei. Sei que é uma coisa boa, mas eu não me sinto bem em contar isso para um estranho, não que eu não confie no profissional, mas eu me sinto envergonhada de contar sobre isso, eu sei que eu não tive culpa, mas isso fica me consumindo. —Me deixando um pouco de lado, Petrova, mamãe está doente e não quer ir ao médico. —falei. —Como assim? Marta... —Não é nada, não se preocupe comigo, eu estou muito bem. É apenas uma tosse boba. —ela respondeu. —Se precisar de alguma coisa, falem comigo. —minha amiga e patroa respondeu. —Você é um anjo. —falei sorrindo. Deixei elas duas conversando e fui tomar um banho, nos primeiros dias meu corpo inteiro doía, minha pele estava cheia de marcas roxas, agora até que já está melhorando. Nós moramos nos fundos da casa do patrão, em uma casa menor, é muito confortável, todo ano o patrão James manda reformar e crescer mais um pouco. Por ser logo atrás da casa grande, eu consigo ver pela janela do meu quarto, a lateral do jardim dos O'Connor. Ouvi vozes ao longe, provavelmente o patrão chegou e, bom, quem sabe ele está com mais alguém. Eu corri novamente para a sala e sentei no sofá, na esperança que Petrova me convidasse para ir na casa dela. O que, por total sorte minha, ela fez. Bem, não exatamente. —Eu queria que vocês me ajudassem a escolher algumas decorações para o quarto das crianças, mas eu esqueci o catálogo em casa. —ela disse. —Claro, eu amo ver coisas de bebês, podemos ir até lá. —dei a ideia. Duas coisas aconteceram ao mesmo tempo, Petrova concordou sorrindo e minha mãe me encarou, porque ela sabe que eu quase não piso na casa grande se não for para trabalhar e em hipótese alguma eu me ofereci para ir até lá. —Perfeito. Vamos, Marta. —ela disse. Nós fomos logo atrás dela e como eu imaginei, a casa estava cheia de homens, não cheia lotada, mas havia o patrão, seu primo Nicholas que é um gato e ele, o homem que me salvou. Petrova sorriu ao ver o marido e foi até ele para lhe dar um beijo de boas vindas, eu encarei o soldado que estava atrás do patrão, mas ele pareceu não me notar, apenas me olhou por menos de um segundo e desviou. Depois que Petrova falou com o marido, nós seguimos para o quartinho onde ela estava organizando as coisas dos seus bebês gêmeos que logo iriam nascer, s atmosfera da casa melhorou em quase cem por cento desde que ela descobriu a gravidez. —Então, meninas. Eu estava pensando nessas cores... —ela começou dizendo. Mamãe e ela discutiram sobre as crianças e eu fui até a janela, bem no momento em que os dois homens iam embora, eles entraram no carro e partiram portão a fora. Eu tenho 19 anos, eu nunca me apaixonei antes, na verdade eu nem sei como é a sensação de estar apaixonada, mas ultimamente eu tenho sido levada automaticamente toda vez que eu o vejo, parece bobagem, eu sei. —Tina —Tina? —Hum? —olhei para elas. —O que está fazendo na janela? Venha ver a decoração do quarto dos bebês. —minha mãe me chamou. —Sim, desculpe, só estava olhando o jardim. —falei sem graça. Me juntei a elas duas e entramos em uma conversa contagiante sobre enxoval de bebê, como eu disse, eu nunca tive um namorado, mas eu sinto que se eu casar algum dia quero ter filhos e formar uma família bem grande. E também não sei o motivo, mas quando eu pensei nisso, aqueles olhos pretos e puxados vieram a minha mente, bom, talvez esse seja o meu primeiro amor unilateral.
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