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A filha bastarda virou imperatriz

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Sinopse

Quando o sangue escorre por entre seus dedos e a vida começa a se apagar, Luena faz o impossível: desperta o poder ancestral adormecido em sua linhagem e volta no tempo.

Desta vez, ela jura que nada — nem o destino, nem os deuses, nem o homem que a destruiu — a impedirá de mudar o próprio fim.

Filha bastarda de uma nobre, marcada pela rejeição e usada como peça política, Luena conhece Noir, um homem ambicioso, frio e encantador, disposto a tudo para conquistar o trono. Ela o ama, mas para ele, ela nunca passou de uma ferramenta conveniente.

Ao retornar ao passado, Luena decide reescrever essa história — fará dele imperador, mas também fará com que ele a deseje, a tema e a ame até a obsessão.

Entre intrigas, sangue e sedução, o jogo de poder entre os dois se transforma em um campo de batalha onde amor e vingança se confundem.

E quando o coração se torna uma arma, até a paixão pode ser mortal.

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Capítulo 01
A sua respiração pesada fazia o seu corpo inteiro se contorcer. Uma mão grande e pesada pressionava abaixo do seu peito, mergulhando no líquido carmesim. Não sabia se a estava mantendo presa contra ele ou se estava tentando salvá-la. Puxando o ar para dentro dos seus pulmões, ela tossia. O gosto de ferro surgia em sua boca, escorrendo o líquido pelo seu queixo. m*l conseguia enxergar direito, o cansaço tornava a sua visão turva. Ainda assim, quando ouviu a sua voz rouca sussurrar em seu ouvido, ela se arrepiou numa resposta natural. — Não se mova. Irão nos encontrar. Os olhos acinzentados se moveram para o canto, onde viu as estátuas de guerreiros usando suas armaduras prateadas refletirem o enorme salão. O reflexo das chamas, dos escombros… do caos, lhe respondia a pergunta silenciosa. Ele a apertou ainda mais contra o seu peito. Pôde ouvi-lo arfar, e a ponta de dor a atingiu novamente. Mas dessa vez, ele cobriu a sua boca com a mão livre, fazendo seus dedos pressionarem sua língua para que não se enrolasse. A mulher suspirou pesado sentindo o seu corpo pesar ainda mais. — Encontre-os! — ouviu um beleguim gritar — Aqueles dois devem ser presos por traição!!! Sob ordens de Sua Majestade, devemos proteger a coroa!!! A sequência de urros vindos dos beleguins motivados fez a mulher estremecer. Cuidadosamente ela tateou o chão, sentindo pequenas pedras arranharem seus dedos. Alcançando um revólver caído, ela tentou puxá-lo, mas a mão do homem segurou os dedos a impedindo. — Você realmente acha que está em condições de lutar? — Ouviu-o sussurrar novamente em seu ouvido. Uma sombra surgiu ao lado de seu rosto, ela viu aqueles cabelos brancos sujos de fuligem e os olhos brilhantes como o sol erguendo-se ao nível dos dela — Se deseja morrer, pode fazê-lo agora em meus braços, Luena Arbane. Ela sentiu o seu coração acelerar, e seu ferimento doer ainda mais. Os dedos dele pressionavam os seus com firmeza, a deixando irritada por ele não parecer incomodar com o ferimento que também carregava. Ambos foram emboscados, ambos foram atingidos e morreriam sangrando no chão da sala do trono enquanto se escondiam feito ratos. Tudo por culpa dele! Como se notasse a raiva dela, ele riu rouco. — Não me olhe assim, querida. Foi divertido enquanto durou. — Solardus… — ela murmurou entre os dentes, prendendo os dedos dele entre os seus — Nunca… o perdoarei… Ele riu novamente. Talvez achasse divertido o falso ressentimento nos olhos dela. A sua destra pressionou o ferimento do seu abdômen, e Luena arfou prendendo a respiração com a pontada repentina de dor. Mordendo o próprio lábio, ela segurou firmemente o gemido para não denunciar suas posições. — Faça bom uso da sua habilidade, e venha me caçar se assim desejar. Serei sua presa de bom grado. A sua habilidade. Isso tudo foi por causa da sua maldita habilidade! Grunhindo, Luena ergueu a cabeça e o encarou sobre o ombro. O belo homem com o rosto cheio de arranhões, mesmo em estado febril mantinha o sorriso malicioso como se nada daquilo fosse uma guerra. Como se o fato deles serem considerados traidores à coroa e ameaçar uma rebelião para conseguir o trono… Como se tudo aquilo não tivesse acontecido por Solardus querer possuir a habilidade que Luena tinha, e usá-la como sua ferramenta para conseguir o trono. No fim, o que aquele caminho trouxe a eles? — De novo… e de novo… Você continua me usando, Solardus. — Oh? Você é muito boa em fingir que não veio com os próprios pés até mim. — ele inclinou-se sobre o ombro dela, aproximando o rosto do pescoço de Luena onde viu a marca de mordida nela — Chame-me pelo meu nome, querida. Não negue o vínculo que temos mesmo na beira da morte. Ela prendeu a respiração. Ele estava tão perto dela, a sua respiração quente trazia alívio para a frieza que a morte lhe incubia. Quão irritante era quando ele tinha razão. O sabor amargo da mentira a incomodava mais que o sangue que escorria de seus lábios. Para piorar, o seu próprio corpo a traía. Como sempre acontecia, o seu corpo se aconchegava no peitoral dele como se fossem peças de um quebra-cabeça. Estava acostumada a ser dele, que se via morrendo com ele e por ele. — Você é um bastardo… haa — Luena arfou, sentindo o seu ferimento arder profundamente. Curvando-se instintivamente, sentiu o braço dele apertá-la com força contra seu corpo, como se a impedisse de urrar de dor — … Eu quero matá-lo com as próprias mãos. Fazê-lo pagar por tudo o que fizestes a mim… — Está querendo me seduzir justo agora? Quanto atrevimento — ele zombou, esfregando os dedos presos na mão dela com cuidado e erguendo até seus lábios onde beijou os seus nós — Pode dizer isso quando foi você quem se entregou a mim tão facilmente, já sabendo o que estava por vir? Use a sua habilidade de novo, e tente resistir a mim, Luena Arbane. Ela sabia muito bem que era impossível não cair em seus charmes. Apesar de toda a arrogância, de toda a ambição… aquele homem era seu. Ela o tomaria de volta, e o faria pagar por tudo. Luena apertou seus dedos nos dele, apertou o seu braço ao redor dela. A forma como ela pressionou o seu corpo contra o dele era uma resposta obcecada. Luena fechou os olhos por um momento, respirando fundo. Então ela abriu de novo, e seus olhos cinzas-claros mostravam os ponteiros dourados de um relógio. — Nos encontraremos novamente…. Noir. Por um momento ela teve um vislumbre de surpresa no rosto dele, mas assim que os ponteiros se moveram, tudo desapareceu com o abraço da morte. A imensidão do universo era silenciosa, com as enormes esferas girando em suas respectivas órbitas. Asteróides surfavam no mar de estrelas, lentamente. Mas então pararam. Os planetas ao redor lentamente diminuíram sua dança cósmica, até atingir um estado imóvel também. O silêncio continuava a abraçar o vasto universo, dando as boas vindas ao movimento retrocesso. Os planetas giraram em sentido anti-horário, lentamente. O asteróide continuou sua viagem, refazendo seu caminho. As estrelas que brilhavam em sua morte voltavam à vida. O complexo conceito de tempo retrocedia ao pedido de uma alma. O cheiro metálico ainda pairava no ar, mas o sangue havia desaparecido. Os olhos cinzas se abriram. Os ponteiros de um relógio giravam no sentido anti-horário em seus olhos, a habilidade antiga sendo concedida novamente. O quarto estava silencioso — até que uma voz eletrônica cortou o ar, mecânica, sem emoção: — Regresso número quatro detectado. Ajuste de parâmetros temporais. Ela piscou algumas vezes, observando o seu redor. O teto familiar, o caro lustre pendurado, as cortinas amarradas deixando a luz do sol entrar. Então um estalo familiar surgiu: a enorme televisão pendurada na parede do quarto sussurrava notícias. A jornalista apresentava as principais manchetes do Império de Islerus como se nada tivesse mudado: — O líder da Facção Nobre, Duque Ivorak, emitiu uma nota dizendo lamentar o ocorrido com o Segundo Príncipe do Império, e garante que as medidas legais foram tomadas. O suspeito pelo ataque contra o Segundo Príncipe foi preso e levado para o departamento de polícia imperial, onde será investigado e interrogado sob suspeita de traição. A mulher se sentou na cama. Os longos cabelos pretos como carvão caíram como cascata em suas costas, e um pano úmido que repousava em sua testa caiu em seu colo. Os dedos finos acariciaram sua testa molhada, descendo para as suas pálpebras que latejavam. Por um momento ela olhou para a televisão. A jornalista de cabelos loiros ondulados e olhos azulados como o céu no dia primaveril sorria gentilmente ao falar sobre a próxima matéria. — Os preparativos para o primeiro baile imperial deixou muitos cidadãos alegres. O Imperador Caius Rythorn declarou três dias de festividades, marcando o início da alta temporada. Segundo o conselho administrativo, espera-se que presidentes de outros países marquem presença na capital. — Parece que voltei mais tarde dessa vez — murmurou Luena, tocando o pescoço onde sentia algo latejar, apesar de não haver nenhuma mordida em sua pele. Ainda assim, podia sentir a sua presença — Isso significa que tenho pouco tempo até ele chegar. Lentamente ela colocou os pés descalços no chão, e obrigou o seu corpo dormente a se levantar. Quando alcançou a janela, observou a paisagem fria das montanhas nevadas ao longe. Um arrepio a abraçou quando abriu a janela. Reconhecia aquele clima invernal sem fim. — Senhorita!! O grito abafado de uma jovem criada a despertou dos seus pensamentos. A mulher olhou sobre o seu ombro, a expressão em seu rosto era frio e distante, difícil de se decifrar. Ainda assim a criada se aproximou preocupada. — Você não deveria se levantar e nem tomar friagem! Ainda está se recuperando. Sua Graça ficará preocupado se a sua febre retornar. Inclinando a cabeça levemente, a mulher voltou a encarar a janela. Tocando o vidro gelado, seus olhos recaíram sobre o seu próprio reflexo. Aquela criada, que seria a única a não lhe oferecer desprezo, ainda estava respirando. A menção de que aquele homem ficaria preocupado com ela… trouxe um alívio. Também estava vivo. Fechando os dedos sobre o vidro da janela, ela não sabia se ficava feliz ou não. — Eu voltei… de novo. Erguendo a cabeça, os olhos frios e cinzentos recaíram sobre as montanhas geladas, como se pudesse ver além. Provavelmente onde a vários quilômetros estaria um imenso palácio imponente. Onde provavelmente no trono dourado estaria sentado o homem que sempre a perseguiria num amor obcecado. Só de pensar naqueles olhos vermelhos presos nela mais uma vez, a fez fechar os dedos sobre o vidro. — Te farei pagar… Solardus. E não poderá se livrar de mim tão cedo dessa vez.

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