Zumbi F

Surto

Quinn e Eldon saem correndo junto com todas as pessoas no auditório, um tumulto muito grande começou e as pessoas saíram se atropelando, com muitos caindo pelo chão e com dificuldade de se levantar.

Muitos conseguem alcançar as portas de saída, mas outros ficara para trás e começaram a gritar em pânico enquanto viam aquele gás se aproximando rapidamente, e a nuvem de gás toma uma coloração forte e fica da cor verde, e as pessoas caídas pela sala começaram a aspirar aquele ar tóxico. Quando Eldon e Quinn passaram pelas portas, os guardas trancaram imediatamente, não dando nem tempo de ver o que tinha acontecido com as pessoas que ficaram dentro do auditório.

Todos estavam bem nervosos e aflito, Quinn estava respirando bem ofegante e Eldon a segurou pelos ombros e falou:

- Quinn, você está bem? Se machucou?

- E-Eu... não... oque...

Ela estava um pouco em choque, e Eldon leva um susto quando um segurança o pega pelo ombro e o encosta na parede com brutalidade.

- Será que pode nos explicar o que foi aquilo lá dentro, Doutor?!

Eldon estava tão confuso quanto todos ali, que olhavam pra ele com terror, e ele tenta dizer:

- Isso não deveria ter acontecido assim...

O segurança dá um soco na parede ao lado da cabeça de Eldon e diz:

- Não me interessa o que deveria ter acontecido! Eu quero saber como vamos desfazer!

- Foi só um acidente! Nós ainda nem sabemos qual a gravidade da situação! - Eldon tentou se defender.

- Você estava mexendo com substâncias perigosas lá dentro, no mínimo aquelas pessoas lá dentro vão contrair doenças crônicas, isso se já não estão mortas. - disse um cientista no meio das pessoas.

Quinn estava conseguindo se acalmar, e olha para Eldon com preocupação e diz:

- Temos que avisar ao governo, não podemos deixar as pessoas soltas por aí sem saber do risco desse gás.

- NÃO! - gritou Eldon.

Todos levaram um susto quando ele gritou de repente, e Eldon disse:

- ESTÁ TUDO SOB CONTROLE! NÃO HÁ NECESSIDADE DE PÂNICO! EU VOU ENTRAR LÁ E RESOLVER ESSA SITUAÇÃO!

Mas Quinn tentou intervir:

- Eldon, não acho que seja uma boa idéia...

Porém ele não deu nem ouvidos, e imeditamente o guarda o soltou, e ele se virou para a porta, mas quando ia abrir, alguma coisa bateu com força na porta, fazendo um amassado enorme, e todos tomam um susto.

Dava pra ver a luz brilhante do gás surgindo aos poucos por debaixo da porta, e o segurança gritou:

- CORRAM!

Todos imediatamente bateram em retirada dali, e o segurança avisou no rádio:

- ATENÇÃO CENTRAL! TEMOS UM ACIDENTE NA ALA LESTE DO PRÉDIO, REPITO, TEMOS UM ACIDENTE NA ALA LESTE DO PRÉDIO! O PROJETO DO DOUTOR DIXON FALHOU, TEMOS UM GÁS POTENCIALMENTE LETAL VAZANDO POR TODA A ÁREA LESTE!

O gás começou a sair lentamente por debaixo da porta, e em seguida a porta rompeu com uma multidão de pessoas infectadas se amontoando ali. Quinn olha pra trás e vê aquela cena, as pessoas que estavam no auditório tiveram sua aparência alterada drásticamente nesse curto período de tempo, a pele delas parecia estar se desmanchando, a carne estava se deteriorando bem rápido, partes como a mandíbula e o nariz estavam se dissolvendo no gás, deixando exposto a gengiva e os dentes que também estavam caindo aos pedaços.

Quinn ficou completamente horrorizada de ver aquilo, mas a pior parte foi que ela conseguia escutar as pessoas tentando se comunicar, pedindo socorro, mas elas estavam ficando cada vez mais lentas e travadas, com as vozes dando lugar a gemidos incompreensíveis.

As pessoas estavam correndo como loucas quando viram que aquelas coisas não paravam de vir, assim como o gás que só estava avançando e cada vez mais tomando espaço.

Todo o tumulto recomeçou, as pessoas estavam começando a se separar, umas estavam apertando os botões dos elevadores e assim que eles abriam as portas, ficavam abarrotados de gente. Tinham outros mais desesperados que tentaram sair pelas escadas, e eles estavam descendo um mais apressado que o outro, e por isso muitos estavam caindo pela escada ou tombando e caindo direto lá embaixo, e morrendo na queda.

Quinn estava correndo e tentando encontrar uma forma de fugir, até que Eldon de repente agarra ela pela mão e a puxa pra dentro de uma porta, e em seguida tranca.

- Essa escadaria da pro andar de baixo, nós vamos conseguir sair daqui em segurança. - disse Eldon.

Quinn estava quase surtando, e diz:

- "Nós"? Tem pelo menos umas cem pessoas lá fora e você ainda está pensando em nós?! Deveríamos estar trazendo todo mundo pra cá, eles vão morrer se tiverem contato com o gás, ou vão ficar igual àquelas coisas lá que... O QUÊ SÃO AQUELAS COISAS?!

Eldon tenta se manter calmo e diz:

- Quinn, você tá ficando estérica. Eu preciso que você fique calma, o quanto antes nós saírmos daqui, melhor!

- Como você pode pensar assim?! Tem pessoas morrendo aqui por sua causa!

Eldon se irrita e diz:

- Eu não matei aquelas pessoas! Eu estava tentando justamente salvar a vida delas!

- Você realmente acha que só isso basta? O que te faz pensar que aquilo não vai ter consequências pra você?!

- Isso nós vemos depois, antes temos que sair daqui!

Ele pega Quinn pela mão e diz:

- Vamos logo!

Então eles começam a descer a escadaria até o andar de baixo, e assim que eles saem pela porta de emergência, tudo parecia normal ali, apesar do tumulto. As pessoas pelo andar estavam confusas porque ouviram a gritaria e a correria no andar de cima, e muitos estavam com o telefone na mão e com o número da polícia discado.

Assim que eles chegam, todos olham para Eldon e Quinn, e o Doutor Dixon tenta dizer:

- Está tudo bem, não há motivo para pânico!

Mas a paz acaba na hora que o teto de um escritório ali perto cede, e uma criatura gorda e gosmenta da cor branca cai ali, com um tipo de ácido verde vazando pelo teto, matando na hora as pessoas dentro da sala, que foram dissolvidas vivas.

Todos ficam assustados vendo aquele gás surgir novamente pelo buraco no teto, e aquela criatura medonha olha diretamente para Quinn e diz:

- C-Ch-oo-lee...

- SAIAM TODOS DAQUI! - gritou Quinn.

Rapidamente as pessoas obedecem e saem correndo para todas as saídas possíveis, e Eldon e Quinn os acompanharam.

A criatura gosmenta estava dissolvendo tudo pela frente e espalhando o gás, vindo na direção de Quinn e chamando pelo nome dela.

Ela sai correndo com Eldon logo atrás, e eles ficam meio perdidos sem encontrar a saída certa.

- POR AQUI!

Um guarda gritou ele, e rapidamente eles o seguiram até uma escadaria onde as pessoas estavam descendo de maneiras mais organizada, e foram seguindo até os andares debaixo o mais depressa possível.

Até que de repente uma pessoa foi fisgada por uma espécie de osso e foi levantada para o alto, e todos olham pra cima e vêem um espécie de homem aranha medonho, o qual Eldon reconheceu como um dos médicos de confiança que ele deixou junto com a Senhora Kruev na hora do experimento, já que apesar do corpo dele ter virado uma carniça e os ossos da costela dele estivessem saltando e maiores, fazendo parecer uma aranha, o rosto dele ainda estava reconhecível.

Aquela coisa estava descontrolada, os ossos das pernas dele se esticaram tanto a ponto de virar dois ferrões enormes, e ele estava atacando as pessoas uma por uma.

Mas estava difícil se concentrar em fugir, já que o cheiro de podre que estava exalando daquela criatura estava tomando conta da escadaria toda, e as pessoas estavam sentindo naúseas e vomitando instantaneamente, se sentindo até muito fracas rapidamente.

Quinn rapidamente usa seu jaleco para cobrir o nariz e a boca, e assim ela estava conseguindo respirar mais tranquilamente, e ela tenta dar essa dica para as pessoas ao redor, mas só Eldon pegou a idéia e também usou o próprio jaleco para cobrir a boca e o nariz, mas infelizmente ninguém conseguiu entender isso e aos poucos as pessoas foram sendo mortas uma por uma, sendo fisgadas pelo homem aranha bizarro na parede.

Os dois saem correndo e chegam até o térreo, mas quando eles alcançam a saída, eles vêem pessoas desesperadas tentando chegar ali e resistindo ao gás, tentando tampar o gás com a mão e com a roupa, mas já estavam fracas demais e Eldon tranca a porta, deixando todos ali e trancados com a criatura.

Quinn fica irritada com isso e tenta abrir a porta, mas Eldon tenta afastá-la, porém ela resiste e continua tentando abrir, então ele usa a força e puxa ela, jogando Quinn no chão.

- VOCÊ NÃO VAI ABRIR!

- ISSO JÁ ESTÁ PASSANDODOS LIMITES! VOCÊ ESTÁ ASSASSINANDO PESSOAS À SANGUE FRIO!

- Elas não pode mais ser salvas, mas nós sim!

- VOCÊ É UM MONSTRO, ELDON!

Mas eles param de discutir quando de repente eles ouvem passos pesados chegando perto deles rapidamente.

Então, no meio do escuro, surge uma criatura morinbunda com monte de bolhas de gosma pulsando pelo corpo dele, e aquela criatura olha para Eldon e avança pra cima dele, e a criatura o agarra e leva Eldon para um canto escuro bem rapidamenten e Quinn não viu mais nada, só conseguiu ouvir os gritos de medo de Eldon.

Ela fica completamente em choque, mas de repente a luz cai e tudo fica muito escuro.

Quinn ouve grunidos pelo lugar, muito parecidos com o das criaturas que ela estava ouvindo do auditório, então ela rapidamente tratou de se esconder, e entrou na primeira porta que encontrou, e trancou assim que entrou lá, colocando uma estante na frente da porta. Quando ela se vira, ela leva um susto quando do nada uma luz e uma arma surgem na cara dela, e Quinn dá um grito, mas é abafado quando um segurança t**a a boca dela com a mão.

- VOCÊ TÁ MALUCA?! EU QUASE ATIREI EM VOCÊ!

- D-Desculpa. Eu... eu...

- O que é que tá acontecendo lá fora? Eu ouvi no rádio que aconteceu um incidente na ala leste mas a central não deu resposta.

Quinn estava tremendo muito, e o policial se dá conta do estado dela, então ele guarda a arma e diz:

- Você é enfermeira...

Ele olha pro cajado dela e lê o nome.

- Quinn Sullivan, você provavelmente estava na conferência do Doutor Dixon, aconteceu alguma coisa lá? De repente ninguém mais responde no rádio.

Quinn se recompõe e diz:

- Essa sala é segura?

- Aqui é só uma sala secundária moça. A sala da segurança fica aqui ao lado.

- Precisamos ir pra lá agora mesmo!

- Não antes de você me explicar o que está acontecendo.

De repente eles começam a ouvir grunidos do lado de fora e o guarda pergunta:

- Isso foi um gemido?

- Me escuta, eu vou dar todas as suas respostas, mas só quando a gente chegar na sala da segurança, entendeu?

O guarda ficou meio desconfiado, mas vendo como Quinn parecia estar completamente apavorada, ele concordou.

Eles vão pra sala rapidamente, e assim que chegam Quinn se senta na cadeira de segurança e pede:

- Tranque a porta, por favor.

- Eu não vou me trancar dentro de uma sala com uma desconhecida sem motivo nenhum aparente.

- Escuta, tem... monstros lá fora, entendeu?

- Monstros? Que tipos de monstros?

- Eu não sei o que eles são, mas são muitos, e muito perigosos também!

- Você espera que eu acredite nisso?

- Você precisa acreditar! O experimento do Doutor Dixon deu errado, e agora tem criaturas bizarras andando por aí e atacando as pessoas.

O guarda ficou descrente, e ele já estava pegando o rádio para chamar alguém, até que Quinn viu que ali tinha câmeras de segurança pela sala.

- As câmeras! Você precisar olhar as câmeras!

- A energia caiu moça, e eu sinto que você está me fazendo perder o meu tempo.

Ele se vira para sair da sala dizendo:

- Eu vou registrar essa ocorrência, por estar perturbando o meu trabalho.

Mas o guarda agarra os olhos quando vê uma coisa esquisita vagando no escuro por uma das janelas de vidro reforçado, aquela coisa parecia disforme e estava soltando um gás brilhoso.

Aquela coisa só ficava produzindo um som contínuo, o qual o guarda entendeu como "Chloe", e achando aquilo bizarro demais pra ser uma pegadinha, ele entrou na sala e trancou a porta rapidamente, e apagou as luzes de emergência da sala, então se encostou na parede e sacou sua pistola.

- O que foi? - perguntou Quinn.

- Shhhh.... - o guarda pôs o dedo sobre a boca.

Quinn fez silêncio, e logo eles começaram a escutar o monstro falando Chloe, e Quinn quase deu um grito, mas o guarda rapidamente chegou nela e tapou a boca de Quinn com a mão, e ficou segurando, enquanto eles ficam observando uma janela ao lado, onde o gás estava começando a tampar a visão, mas eles conseguiram ver o monstro medonho passando e chamando pela Chloe.

Os dois ficam muito tensos, e o guarda fica muito assustado de ver aquilo vagando no corredor, e depois que o monstro passa, ele solta Quinn, que volta a respirar normal e ele pergunta:

- O que era aquilo?

- Aquilo... aquilo...

Ele engrossa o tom e fala:

- Eu preciso de respostas agora mesmo.

- Aquilo era... uma amiga minha.

- Amiga sua?

- Era a paciente da exposição do Doutor Dixon.

O guarda fica em choque.

- Que merda... que merda... tá, o que deu tão errado assim pra ela ficar daquele jeito?

- Eu ainda não sei, mas tá contaminando todo mundo, já tem dezenas de infectados no mínimo pelo prédio no andares superiores. Mas se ela já está aqui, acho que o prédio inteiro já deve ter sido contaminado.

O guarda fica em choque, e ele pergunta:

- O nome dela era Chloe?

- Era Olga Kruev, eu sou a Chloe.

- Como assim?

- É o meu nome do meio, Quinn Chloe Sullivan. Olga tinha uma bisneta chamada Chloe, e ela me chamava assim porque a fazia lembrar da bisneta. Ela veio pra Antananarivo à convite do Doutor Dixon, quando ele soube do caso de doença terminal dela através de mim, ele ofereceu a ela uma chance de participar do projeto de restauração dele totalmente de graça. Parando pra pensar... se não fosse por mim, essa desgraça toda não estaria acontecendo.

- Não é hora para remoer o passado, moça. Precisamos sair do prédio o quanto antes.

Quinn se recompõe de novo e tenta se manter concentrada, e o segurança acena com a cabeça pra ela, e ele estende a mão pra ela e diz:

- Eu sou Julian, a propósito.

Quinn aperta mão dele, e ele diz:

- Se acalme, vamos sair dessa.

Julia pega um rádio e explica:

- Câmbio central, aqui é o Julian da seção 3 de Antananativo, estou... estava cobrindo a exposição do Doutor Dixon, mas algo deu errado. Preciso de apoio urgentemente, câmbio.

Eles ficam um tempo esperando resposta, até que ela finalmente vem:

- Câmbio Julian, qual a situação por aí?

Os dois respiram aliviados, e Julian explica:

- O prédio inteiro está comprometido, eu e mais uma sobrevivente precisamos de extração urgente, câmbio.

Fica um silêncio preocupante no rádio, mas logo voltam a responder:

- Você a sobrevivente, se dirigam para a saída principal. Uma equipe de elite estará esperando lá por vocês, câmbio desligo.

Os dois respiram mais tranquilos, e então Julian diz:

- A essa altura eles já devem estar com o prédio cercado, nós só precisamos alcançar a saída que eles indicaram e estamos livre, Quinn.

Quinn sorri e diz:

- Muito obrigada, muito obrigada por estar salvando a minha vida.

- Não me agradeça ainda, nós só vamos estar totalmente seguros quando sairmos daqui.

Ela sorri e acena com a cabeça, e então os dois se encaminham para a saída da sala com cuidado, levantando o armário e os dois abrem a porta e então saem com cuidado, indo sorrateiramente pelos corredores, ouvindo de longe a criatura bizarra em que Olga Kruev se tornou chamar por Quinn, e eles estavam sempre dando um jeito de evitar e esbarrarem com a criatura, e vão devagar se aproximando da entrada principal, e pra chegar lá, eles passam por algumas salas que estavam completamente vazias, até que chegam no saguão, onde pra surpresa deles, também tinha um número grande de sobrevivente ali, uma vedadeira multidão.

Quinn e Julia ficam bastante surpresos de ver que vários sobreviventes estavam reunidos ali mas também preocupados de ver que a equipe da elite estava parada na porta e mirando armas neles, deixando todas as pessoas recuadas.

- Não... - disse Julian.

Quinn percebeu o que ele já estava para fazer e tentou segurar ele, mas Julian foi impulsivo e se meteu na frente das pessoas e disse:

- Vocês não precisam chegar a tanto, nenhum de nós está infectado, nós só sobreviventes!

Mas a equipe da elite não parecia ligar, então eles simplesmente levantaram as armas e um comandante olhou para Julian e falou:

- Sinto muito, companheiro.

- NÃO!

Eles rapidamente abriram fogo contras as pessoas, matando várias a sangue frio.