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Natali amaral 〰
Meus pulmões estavam ardendo, o ar já não chegava com a mesma frequência, minhas pernas estavam doendo demais.
Mesmo assim, continuo correndo.
Minhas lágrimas começam a querer sair, curvando minha visão. Tropeço em uma pedra e acabo rolando ladeira baixo.
-- Natali, Eu vou encontra você!-- escuto a voz daquele homem.
Me levanto com dificuldade, me sinto tonta, mas volto a correr.
-- VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR FUGIR PRA SEMPRE!-- ele grita.
Me escondo atrás de uma pedra enorme. Eu me sento nela e seguro para não chorar.
-- sabe onde está o amor da sua vida?nesse momento, logo seu corpo entrará em decomposição!-- fala ele.
Não aguento e começo a chorar.
-- ninguém mandou se apaixonar por um criminoso. VOCÊ PODIA TER ESCOLHIDO A MIM, EU IRIA TE PROTEGER DE TUDO!-- grita ele.
-- MAIS QUEM IRIA ME PROTRGER DE VOCÊ MESMO?-- pergunto gritando também.
Vejo ele se aproxima e saio correndo da pedra, me encostando em uma árvore.
-- não precisaria ter medo de mim. Tudo que eu queria era te dar amor e carinho!-- fala ele.
-- amor e carinho? Você é um louco,um possessivo. Tudo que iria fazer, era me maltrata!-- falo.
Ele fica em silêncio, já não escuto mais os passos dele. Me viro devagar para procura-lo.
-- talvez eu seja!-- fala ele.
Sinto ser puxada pelo cabelo. Levo um soco no rosto.
-- essa foi a sua escolha!-- fala e me da mais um soco.
Escuto o disparo de um tiro.
-- ALI CORRE!-- escuto a voz dele. Era ele. Ele estava vivo.
Me levanto e corro, mesmo tonta. Não conseguia ter noção de para onde estava indo.
Sinto meu corpo cair, mais mãos segurando as minhas.
Percebo que estou pendurada em um penhasco.
-- ali, minha flor. Se segura, não solta!-- fala ele.
Não conseguia ver seu rosto, por causa do escuro da noite. Sorrio quando percebo que posso enxergar seus olhos azuis escuros brilharem.
-- eu te amo!-- falo com dificuldade .
-- não fala como se fosse uma despedida. Você tem que me ajuda, preciso te puxar!-- fala ele.
Olho para baixo, avia um Rio lá, águas correntes. Olho para o amor da minha vida.
-- não se esqueça de mim!-- falo.
Faço ele soltar minha mão.
-- NATALI. NÃO!-- ele grita.
Meu corpo voava, o vento vai forte contra ele. Sinto meu corpo se colidir com a água corrente, acerto minha cabeça em algum lugar.
Aos poucos vou perdendo a consciência.
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