Narrado por Dante O salão da Villa estava em silêncio absoluto. Silêncio não de paz, mas de tensão — o tipo que vem antes da tempestade. A luz do fim da tarde entrava pelas janelas enormes, refletindo nos espelhos dourados, iluminando o mármore branco sob meus pés. Mas dentro de mim, tudo era breu. Sobre a mesa de carvalho à minha frente, repousava um envelope lacrado. Selado com cera preta. Com o brasão dos Navarro. O aviso chegou. Meus homens estavam em pé. Paolo, Lorenzo, Pietro. Nenhum ousava falar. Nenhum ousava respirar mais fundo. Todos sabiam o que era. Mas ninguém queria ser o primeiro a confirmar. — Fale. — minha voz cortou o ar, gélida. Paolo deu um passo à frente, engolindo seco. — O Conselho mexicano... reconheceu a consumação. — Confirme. Ele hesitou. — Elías

