Narrado por Elías O som do chuveiro preencheu o silêncio do quarto. Meus olhos se abriram devagar, treinados para acordar em alerta mesmo quando o corpo implorava por mais alguns minutos de descanso. Ela já estava de pé. Não havia hesitação nos movimentos do banheiro. Apenas firmeza e silêncio. O tipo de silêncio que vem depois da entrega. Ou da rendição. . . Me sentei na cama, os pés no chão frio. Olhei para o lençol amassado ao meu lado. . . . . Lá estava ele. Marcado. Testemunha muda da noite anterior. A máfia pode não acreditar em palavras. Mas ela acredita em sangue. E agora, eu tinha o suficiente para calar todos. --- Levantei devagar, sem pressa. Me aproximei da cama e puxei o lençol com cuidado, preservando a área manchada. Dobrei com precisão cirúrgica, cada dobra

