Aurora O quarto estava silencioso demais. Tão silencioso que cada batida do meu coração parecia ecoar pelas paredes altas e frias daquela casa. A porta ainda tremia por onde Elías havia passado. Suas últimas palavras ardiam dentro de mim como uma sentença sem apelação: "Em vinte minutos, eu estarei lá. E dessa vez... não vou sair até que o pacto esteja completo." Caminhei até a cama sem pensar. Meus dedos tremiam quando tocaram o tecido leve da camisola de seda. Era azul. Azul escuro, quase n***o. Tão bonita. Tão suave. Tão... c***l. Porque ela não era uma roupa. Era um aviso. Um marco. Deixei a camisola sobre a cama e fui até o banheiro. Me olhei no espelho e me vi pela primeira vez não como uma garota perdida, mas como uma mulher em meio a uma guerra de homens. Uma mulher que tinha

