CAPÍTULO 3 - CHARLLES

1001 Words
- Como anda a moça? - Meu pai perguntou enquanto caminhamos pela garagem da empresa. O grande Pacini pai. - Bem – Ele dá um sorriso e olha por cima dos óculos. - Por que deu esse sorriso? - Você gostou de estar usando esse status? - Me deixa longe de problemas. Depois da minha cena de manhã cedo com ela me vem a cabeça, não sei se ela poderia me tirar de problemas ou me colocar, apenas sabia que eu gostava de olhar pra ela. - Sua mãe quer dar um jantar – Eu balanço a cabeça. - Pensa bem. - Verei com ela. Mas não garanto que eu vou. - Hoje é um bom sábado… - Eu corto ele. - Da próxima pai, na próxima - Ele balança a cabeça e destrava o carro. - Nos vemos na segunda – Ele mais uma vez dá aquele sorriso de expectativa e sai dali, assim como eu indo direto para casa. Eu sei o que ele quer dizer com aquele sorriso, mas, depois de uma semana, eu sei que a jovem Ana Luiza nunca teve homem nenhum, ela é virgem. Digo isso com propriedade. Virgens ficam com vergonha de tudo que o s**o oposto faz por não está habituado. Isso é complicado, porque ela é uma p***a de mulher bonita e tem 20 poucos anos, nessa idade não dá para ser virgem. Isso me deixa ainda mais estranho e por alguns segundos, eu penso que ela é como uma segunda chance para mim, mas em um formato novo, com cabelos loiros mais grandes e com um jeito muito mais diferente. Mas eu havia brigado com ela, por um motivo banal e que eu devia já ter evoluído há tanto tempo, nem sabia o que fazer quando olhasse para ela, geralmente eu chegava em casa e ela já estava dormindo, mas em dias de sábado meu horário terminava mais cedo. Era também a p***a do aniversário dela, eu até comprei algo bonito para ela. Eu escolhi, imaginei ela usando e ficando mais bonita. Entro na portaria do prédio e puxo as correspondências da minha caixa de acessos e logo o porteiro vem ao meu encontro. -Sr. Pacini – Olho para o homem baixo. - Hoje mais cedo um casal veio e pediu para subir, liguei para seu apartamento e sua mulher disse para não permitir, não sei se fiz certo. - Sabe o nome do casal? - Pergunto já prevendo a resposta. - Almir Guerra… - O pai dela. Depois da bagunça da negociação e ela ser parte da moeda de troca do pai, bem, eu também não iria querer ver ele tão cedo. - Fez certo em seguir o que ela disse, mais alguma coisa? - Não, só isso. - Ótimo, tenha uma boa noite. Subo direto, no momento que eu destravo a porta e abro apenas um pouco, eu escuto uma música baixa e agitada, entro e não vejo ninguém na sala de entrada, mas identifico o som como vindo da sala da TV, eu não estou errado, ainda mais quando eu vejo Ana Luiza se mexendo no meio da sala, de frente para a TV na parede, com a mesa de vidro escanteada e sem nem ligar para nada. Aquilo me faz ficar olhando, por um segundo a música de ritmo e tão indiferente que eu só consigo olhar para ela, para os cabelos esvoaçados, a roupa solta, como uma blusa e uma calça legging comprida e preta, pés descalços e que se movem rápidos, fazendo as pernas se mexerem e o quadril, logo a parte de cima, que balança o ritmo sincronizado. Ela é boa, mas que boa, ela sabe dançar. Quando ela rodopia ela me vê, para de dançar no exato momento e corre para desligar, depois fica no meio da sala parada, sem se mexer nenhum pouco. - Você chegou – Eu me mexo e entro na sala, indo até até o sofá e me sentando, fazendo o meu ritual, tirar as coisas do bolso e logo o relógio. Ela se aproxima da TV e retira o pendrive e caminha para fora da sala. A cena patetica que eu havia feito me vem na cabeça. Droga! - Espera – Ana Luiza me ignora completamente, andando para longe, escuto a porta do quarto. Me levanto e caminho para o quarto, quando abro a porta ela está na varanda do quarto, beirando a sacada. Caminho até ela e assim que paro ao lado dela, suspiro fundo. - Me desculpa por mais cedo – Falo. - Eu perdi um pouco a cabeça, pensei ter perdido o relógio – Ela não se mexe. - Ele é importante para mim. - Tudo bem – Ela não esboça reação e nem se mexe, fica parada olhando para sacada. Tem um grande silêncio, até me lembrar do que o porteiro havia me comunicado. - Não quis deixar seus pais subirem hoje? - Não. - Ficou o dia todo em casa? - Sim. - Está com raiva de mim? - Não – Eu suspiro fundo. Eu me irrito fácil, ainda mais quando a pessoa só fala comigo com um sim ou um não. Como a p***a de um monólogo. - Certo Ana Luiza, certo. - Deixei o seu presente no escritório – Olho para o rosto dela. - Não precisa me dar presente, agradeço, mas não quero. - Então pegue ele e se livre dele, não quero ver ele na minha frente quando eu voltar – Digo. - Isso não é um pedido Ana Luiza – E assim eu falo, antes de sair dali, passar na sala, pegar minhas coisas e sumir porta fora. AVISO - Mais um capítulo fresquinho pra vocês (finalmenteeee), para ficar por dentro adicione o livro na biblioteca, comente sempre nos capítulos para eu poder saber o que vocês acham do livro e deixe o seu voto maravilhoso ou me sigam para receber novidades e atualizações. Até amanhã com mais um capítulo fantástico. Att, Amanda Oliveira, amo-te. Beijinhos. Hehehehe até
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