Capítulo 1

1851 Words
Meu nome Samantha Alves, tenho 23 anos e estou no terceiro ano da Faculdade de Arquitetura na USP. Sai do interior de Minas para cursar a faculdade. Vim para cá com o meu namorando Alex, nos conhecemos desde os 10 anos e depois de algum tempo viramos melhores amigos, mas quando estávamos no ensino médio descobrimos que nos gostávamos mais que apenas melhores amigos. Alex foi o primeiro a se declarar - e depois fui eu óbvio -, e desde então estamos juntos. Alex esta fazendo Faculdade de Medicina, para assim que terminar administrar o hospital da família. (...) A semana inteira fiquei indisposta e com enjôos. Beca ficava insistindo para eu ir ao médico, mas teimosa como sou falava que não precisava, e que podia ser a pressão que estava sofrendo por causa das provas, mas um dia quando estávamos saindo da sala eu fiquei muito tonta e acabei desmaiando. Quando acordei encontrei uma Beca toda feliz na minha frente dando pulinhos e falando que ia ser a melhor madrinha do mundo, no inicio eu não entendi nada mas depois o medico veio me dar a notícia que estava grávida! De primeira eu fiquei em pânico, mas depois só de pensar que um fruto do meu grande amor estava crescendo dentro de mim, me fez ficar com um sorriso bobo no rosto. Fiquei o resto da semana enrolando Alex, e falando que não era nada de importante, ele insistia mas eu sempre falava que tinha sido algo que eu tinha comido que me fez mal, no inicio ele ficou um pouco relutante mas depois se acalmou. Hoje eu vou contar a ele essa maravilhosa novidade. Sei que não era planejado mais sei que ele vai adorar a notícia. Beca me ajudou a arrumar as coisas no nosso apartamento, enquanto minha sogrinha ficava enrolando o Alex. Quando eu contei para ela que estava grávida só faltou soltar fogos em comemoração, mas em vez disso pedi para me ajudar a enrolar ele enquanto eu arrumava as coisas para um jantar muito especial para contar que nossa família ia aumentar. Tudo estava pronto, agradeci a Beca e ela me desejou boa sorte e disse que iria querer saber dos mínimos detalhes, e eu tive que rir. Tomei um banho e me hidratei queria estar bem cheirosa, coloquei um vestido azul já que ele sempre falava que eu ficava linda de azul, fiz uma make básica e fiquei me olhando no espelho conferindo se estava tudo do lugar, até que escutei a porta sendo aberta na mesma hora fiquei nervosa . Calma, calma. - era o que minha mente falava. - Meu amor cheguei. - Ta bom eu já estou indo. Sai do quarto e fui em direção a sala e ele estava lá parado me esperando, tão lindo era esse meu namorado com seus 1,80 , loiro e com aqueles olhos castanhos escuros que eu tanto amava. Estava com o sorriso mais bonito do mundo. Me aproximei dele e dei um beijo de tirar o fôlego, nos separamos por falta de ar e fui logo puxando ele para a mesa e pedindo para que se sentasse. - Desculpas meu amor, mas eu não sei que dia especial é hoje. Tem como você me dar uma dica? - Para de ser bobo Alex, não estamos comemorando nada ainda. - disse dando uma risada - Senhorita Alves, esta me escondendo o que ? - ele falou rindo - Oras, será que eu não posso preparar algo especial para o meu namorado sem segundas intensões? - É claro que pode mas prefiro quando tem segundas, terceiras e quartas intenções. Mas anda Sam o que hoje tem de tão especial ? - Olha Senhor Tarado, eu só vou contar depois do jantar a minha surpresa e já posso ir falando que você vai adorar. Assim foi o jantar com Alex sempre que podia perguntando qual era a surpresa e eu me negando a falar. Depois de arrumar a cozinha e deixar tudo em ordem fomos para a sala e ficamos em carícias e beijos. - Obrigada pelo jantar maravilhoso meu amor. - ele falou entre o beijo - De nada, mas ainda tem mais. - falei dando um sorriso - Eu amo quando você faz coisas assim, que tal irmos para o quarto e lá você me dá a sua surpresa. - ele falou com um sorriso malicioso - Nada disso o senhor vai esperar aqui que eu já volto. Antes dele perguntar sai correndo em direção ao quarto, eu estava parecendo uma criança que acabou de receber seu presente de natal. Cheguei no quarto e peguei o envelope que estava guardado na minha bolsa. Tive a ideia dois dias depois de descobrir que estava grávida, quando passei em frente de uma loja com muitos cartões de dias dos pais - já que estava perto e varias lojas estavam com as vitrines lotadas de ferramentas e outras coisas de homens - . Comprei um cartão que estava escrito bem grande "Parabéns Papai" e serviria perfeitamente para o a ocasião, fiz uma declaração dizendo o quanto eu o amava e que estava muito feliz em poder carregar um fruto do nosso amor ao lado estava o teste de gravidez que fiz no hospital comprovando que estava carregando o nosso bebê mesmo. Minhas bochechas já estavam doendo de tanto sorrir. - Pronto! - falei me sentando no sofá e ficando de frente para ele - O que você aprontou dona Samantha? - ele falou rindo - Você tem que abrir para descobrir - falei ansiosa Na mesma hora ele abriu o envelope e puxou o cartão. Ele olhou o cartão e fez cara de confuso e eu fiz um gesto para ele abrir. Fiquei ansiosa apertando minhas mãos esperando alguma reação dele, ficava olhando e ele estava sem reação encarando o cartão logo depois levantou a cabeça e ficou me encarando, a única coisa que fiz foi abrir meu melhor sorriso e ficar assentindo com a cabeça para dar mais enfase confirmar caso restasse alguma duvida já que era impossível. Em menos de um segundo ele se levantou e começou a passar as mãos nos cabelos, andando de um lado para o outro. - Isso é verdade Samantha. - ele gritou, na mesma hora meu sorriso morreu Congelei não esperava essa reação dele, tudo bem que eu também não fiquei pulando de alegria na hora que descobri mas não esperava que ele ficasse assim - Anda Samantha me responde , isso é verdade? - ele gritou mais uma vez comigo senti meus olhos arderem e abaixei a cabeça confirmando Ele continuou andando de um lado para o outro e colocou as mãos na cabeça, não me aguentei mais e comecei a chorar - Eu não entendo, nós sempre nos previniamos como isso pode acontecer? - ele perguntou parando na minha frente - Eu não sei direito o médico me disse que pode ter sido em um só dia que eu esqueci de tomar a pílula. - falei em prantos - Mas que droga isso não poderia acontece logo agora. Mas que merda?!- ele falou revoltado - Eu não acredito que você esta falando isso, esse bebê além de ser a demonstração do nosso amor é um presente de Deus. - falei entre soluços furiosa - Mas que belo presente dEle, será que não podia dar em outra hora?! - ele falou com sarcasmo Naquela hora a única coisa que eu fiz foi dar um tapa bem forte na cara dele, como ele podia falar isso do nosso filho? Ele ficou me olhando com cara de espanto pelo tapa. Não aguentei mais estava ficando cansada de tanto chorar e por tudo aquilo que estava acontecendo, por pior que estivesse ergui minha cabeça e me virei para sair dali não aguentava mais olhar na cara dele. Na hora que eu me virei ele segurou o meu pulso - Me desculpe meu amor, mas esse não é o momento certo para isso acontecer somos muito jovens, mesmo tendo ótimas condições financeiras não é a hora disso. - ele falou apontando para minha barriga Abaixei minha cabeça e fiquei encarando o chão, de todas as reações que eu esperei que ele tivesse não esperava que ele ficasse tão alterado assim. Eu não sabia o que fazer. - Eu te amo, nós vamos dar um jeito, eu conheço um amigo que pode dar um fim a isso - ele falou me abraçando - O que você quer disser em dar um fim a isso? - perguntei me afastando para poder olhar nos olhos dele - Ora essa Samantha, você sabe do que eu estou falando - ele falou - Eu não acredito que você esta me propondo isso, você quer matar nosso filho?! - falei com raiva Como ele podia falar isso para mim, matar um bebê inocente por que ele achava que não era o "momento certo" . - Sam, olhe pelo meu lado não nosso lado, nem eu nem você terminamos a faculdade ainda, tudo bem que temos dinheiro mas isso ia nos atrapalhar. Pense comigo você teria que largar a faculdade e eu poderia até terminar mais iria atrapalhar o nosso futuro. Eu quero me casar e ter filhos com você mas agora é uma péssima hora pra isso acontecer. Cada palavra dele parecia que uma faca era cravada no meu coração, não aguentava mais escutar ele falando chamando nosso filho de "isso" eu estava morrendo aos poucos escutando aquilo, mas eu não podia fraquejar agora eu tinha um filho para por em primeiro lugar e assim seria. Não discuti mais nada com ele, confirmei com a cabeça e ele falou que amanhã mesmo iria falar com seu amigo do nosso "problema", ele me deu um beijo e a única coisa que eu senti foi nojo todo o amor que eu sentia morreu quando ele propos de matar nosso filho, falei que queria ficar sozinha e ele concordou e foi embora. O resto da minha noite foi resumida em choros e soluços, não ficaria nem mais um segundo tendo de ficar perto dele se ele não queria esse filho não me teria também. Arrumei minhas coisas fiz as malas iria para longe de tudo aquilo. Iria sair do país o mais rápido possível, desde a morte dos meu pai que eu não viajava sempre fiquei no interior de Minas na casa dos meus tios, minha mãe achou melhor eu ficar com eles do que ficar viajando pelo mundo com ela. Por mais que minha mãe sempre estivesse viajando ela sempre estava presente do seu jeito mesmo que tivesse que que pegar um vôo do Japão até Minas para me ver ela fazia. Ela estava casada com um americano, ele é uma ótima pessoa e o mais importante faz minha mãe feliz. Ela sempre me chamou para ir morar com ela mais eu me recusava pois tinha o Alex que de certa forma me prendia a aqui mas depois de hoje nada me impedia de ir embora e é isso que eu vou fazer vou colocar o meu filho em primeiro lugar.
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