Meu primeiro beijo
Eu: Rafael, me dá minha bonecaaa!
— Eu corria em volta do sofá atrás dele —
Rafael: Não!
— Ele parou um pouco distante, recuperando o fôlego. —
Alan: Joga pra mim!!!!!
— Alan ergueu as mãos, Rafael jogou a boneca pra ele, e eu comecei a correr atrás dele, ficaram assim por alguns minutos, eu sentei no sofá, cruzei os braços e comecei a chorar —
Eu: Odeio vocês! Deveriam ir embora! — disse quase gritando —
Alan: A gente nunca vai embora! vamos te perturbar pra sempre!
Rafael: É!
Eu: Idiotas...me deem a boneca, AGORA! — Quando gritei, nossas mães vieram correndo até a sala, eu contei toda a história, os meninos apanharam, e eu peguei minha boneca de volta, elas voltaram para a varanda e eles choravam sentados no sofá —
Rafael: você é chata!
Alan: Irritante.
Eu: Ok, tchau.
— Subi pro meu quarto, fechei a porta. —
Eu tinha 8 anos, Rafael 9 e Alan 10 ...Era tipo escadinhas de idade, eles sempre encrencavam comigo, até na escola. O pior era que eles eram meus vizinhos e nossas mães viviam grudadas, uma vez eu quase matei o Rafael, estávamos brincando no escorregador, e ele parou na minha frente e se virou pra mim, eu tentei de todo o jeito passar, mas ele não deixava, até que eu me irritei e empurrei ele, Rafael torceu o pescoço e desmaiou, nesse dia, minha mãe me bateu tanto que achei que meu couro ia descolar. Já fiz o Alan comer areia, joguei meu gato em cima deles, e eles ficaram todos arranhados. Nós vivíamos em pé de guerra... Mas posso dizer, que eu realmente, gostava muito deles. Guardei minha boneca, minha mãe mandou eu ir tomar banho, enrolei um pouco mais fui...coloquei meu pijama rosa com a carinha da Hello Kitty espalhada nele...era meu preferido! Ganhei de presente do meu pai...5 meses antes de ele...Morrer. Desci, os meninos e nem as mães deles estavam lá. Senti um alívio, eles não iriam me perturbar, minha mãe preparou mingau pra mim, eu peguei minha tigela e fui pra sala assistir Bob Esponja e comer... Jumby (Meu gato) deitou ao meu lado, a campainha tocou, minha mãe foi atender, e escutei risadinhas, percebi de cara que eram os meninos, eu fiquei tão vermelha e quente de raiva, que a temperatura poderia esquentar meu mingau. (exagerei)
Tia, tem mais mingau?
— Alan perguntou, enquanto olhava pro meu —
Tem sim, esperem um pouquinho!
—Minha mãe disse sorrindo e seguindo para a cozinha —
Vocês ficam me imitando, eu odeio isso.
— Eu disse olhando com raiva pra eles —
Não...A gente só gosta das mesmas coisas.
—Rafael disse se sentando no sofá —
Vão me dizer que gostam de bonecas?
—Eu disse num tom de deboche, os meninos disseram ´´Não´´ juntos —
Você nem gosta de boneca, só tem elas AINDA porque foi seu pai que deu.
— Alan se sentou do meu lado e eu me afastei —
Que seja! Vocês não podem tocar na minha boneca!
— Eu disse puxando o Jumby pro meu lado —
Você que pensa.
— Rafael retrucou, minha mãe deu as tigelas pra eles, e eles começaram a comer —
Mãe! Por que eles não estão na casa deles?
— Eu perguntei, e minha mãe me olhou com uma cara bem estranha —
Você é muito m*l educada, filha... E eles vão dormir aqui, no seu quarto com você! Sem reclamar...eu e a mãe deles vamos sair e voltar 22:00, e quando chegarmos quero todos dormindo, entenderam?
— Ela nos olhou e cruzou os braços, os meninos disseram * Entendido * e eu bufei e voltei minha atenção pra TV, nem me dei conta que eu tinha terminado de comer, minha mãe pegou a bolsa, se despediu e saiu... eu e os meninos ficamos num silêncio constrangedor —
O que a gente vai fazer?
— Rafael perguntou —
Vamos ficar quietinhos e assistir desenho!
— eu sugeri, sorrindo —
Isso é chato!
— Alan disse cruzando os braços —
Vamos brincar de desafios, quem não cumprir ou não fizer direito, vai ter que beijar.
— Rafael disse num tom de maldade —
Até parece! Imagina, vocês dois se beijando...seria engraçado!
— Eu ri, os meninos se entreolharam e disseram * Hugh! * juntos —
A gente pode beijar você!
— Alan me olhou com os olhos arregalados —
Credo! Eu não, vocês são porquinhos!
— Eu disse indo pra cozinha e colocando a tigela e colher dentro da pia, eles me seguiram e fizeram o mesmo —
Ha! Você está amarelando!
— Rafael disse vitorioso —
— Eu me sentei numa cadeira e deitei meus braços na mesa —
Você é muito espertinha pra 8 anos, mas agora você foi bem boba...
— Alan disse se sentando em minha frente, junto à Rafael —
Ok, eu beijo vocês...Mas com uma condição...
— Eu fiz cara de m*l e os meninos regalaram os olhos —
Qual?
— Eles disseram juntos —
Vocês vão parar de serem chatos, vão dormir no chão eeee...Vão embora! Pra sempre, depois que mamãe chegar. — Eu disse sorrindo —
Tudo bem! — Eles disseram juntos, novamente...—
Ta bom, Alan...você vai ser o primeiro. — Eu me levantei e ele se levantou também e andou até mim...respirei fundo e tive que ficar na ponta dos pés para alcançá-lo e segurei os ombros dele —
Ta... — Eu ia terminar de falar, mas o Alan não esperou, foi logo me beijando, mas não foi beijo, e sim selinho — Isso é demais! —
Ele disse sorrindo e os olhos brilhando
— Agora eu! — Rafael correu até mim, e eu tive que levantar os pés novamente —
Um... — Eu contei —
Dois... — Rafael contou — Três! — Alan quase gritou *três*, eu dei um selinho em Rafael, e depois me afastei limpando a boca —
Ok, não contem isso pra ninguém! Agora vocês vão fazer o que eu mandei, beleza? — Eu disse sorrindo —
Beleza! — Eles disseram sorrindo, nós comemos mais um pouco e assistimos um filme de terror, eu estava cagando de medo, igual os meninos...às 21:30 fomos nos preparar pra dormir, pegamos um colchão no quarto de hóspedes e arrumamos com panos e travesseiros, fechei a porta e deitei em minha cama e os meninos no colchão... Eu não conseguia dormir, porquê fiquei com medo, fiquei rolando na cama por uns 15 minutos, até que não aguentei e chamei os meninos —
Gente! Gente!? — Eu disse quase sussurrando —
Han? — Rafael falou sonolento —
O que foi? — A voz de Alan ainda continuava normal —
Vocês querem dormir comigo!? É que eu tô com medo...
— Eles não me responderam, cochicharam entre si, e aceitaram a *proposta*, Alan deitou ao lado direito... e Rafael no lado esquerdo, segurei no braço de cada um e consegui dormir, no outro dia eu acordei, os meninos não estavam lá, escovei os dentes e lavei o rosto, desci ainda de pijama e minha mãe estava um pouco abatida —
Mamãe!? O que aconteceu?
— Minha mãe me olhou e tentou disfarçar, ela sussurrou *Nada* e me entregou meu café, comi e alguém tocou a campainha, eu abri e eram os meninos. Eu saí e sentamos no segundo degrau da escadinha que tinha em frente à porta. (Nós morávamos em condomínio, então não tinha portão nas casas) —
O que aconteceu?
— Perguntei preocupada —
Eu vou embora, pipitchu...
— Alan nunca me deu apelidos...até estranhei, eu fiquei um pouco confusa —
Eu sei! fizemos propostas ontem.
— Eu disse sem esboçar reação —
Mas não é assim... é que eu vou pra outra casa...lá nos Estados Unidos...
— Meu coração acelerou —
Não! Mora aqui em casa...eu deixo... BonecAlan...
— Alan nunca gostou desse *apelido*, mas dessa vez ele deu um sorriso fraco, e começou a chorar, Rafael estava calado, percebi que ele estava chorando também, me levantei e fiquei na frente deles —
Por que você tem que ir?
— Eu disse com a voz fraca —
Meu pai...ele tem que ir por causa do trabalho, então ele vai levar minha família.
— Ele me olhou, com os olhos cheios de lágrimas —
Que chato... Mas relaxa, um dia eu vou te buscar.
— Rafael me olhou com cara de *O quê? *, Alan abaixou a cabeça e começou a chorar novamente —
Não precisa... Eu vou voltar! Quero fazer faculdade aqui, e quem sabe, a gente se encontra e brincamos mais.
— Ele se levantou e eu forcei um sorriso, Rafael levantou logo em seguida —
E podemos encrencar mais vezes com a pipitchu!
— Eles fizeram toque de mão —
Até parece! BonecAlan e Rafael Monange! Duas garotinhas!
— Dessa vez eu ri de verdade, eles também...depois paramos, a mãe de Rafael chamou ele, eles iriam sair...ficamos só eu e Alan. —
Pois é... Então... Temos que aproveitar enquanto é tempo!
— Sugeri com alegria, Alan me olhou duvidosamente —
Um menino de 10 anos e uma de 8, você acha que a gente pode?
— Não respondi, simplesmente puxei ele pra dentro de casa e pedi pra minha mãe nos levar ao parque ecológico que tinha perto do centro da cidade, ela concordou, eu fui me trocar...coloquei um short-saia, uma blusa da Hello Kitty, e uma sapatilha, peguei minha bolsinha e desci correndo, Alan foi falar com a mãe dele, e em poucos minutos ele voltou sorrindo, entramos no carro, tirei umas pastilhas de chiclete de dentro da bolsa e ofereci pro Alan, ele me olhou estranho...e pegou, eu sorri. Ele me olhou novamente —
Não acredito que essa é você!
— Depois de ter dito isso, ele sorriu, e eu retribuí —
Nem eu!
— Minha mãe se intrometeu, rindo —
Eu sempre fui legal, mas vocês ficavam abusando!
— Encostei na janela do carro e ri, não demorou muito para chegarmos, eu e Alan saímos correndo, o parque tinha poucas crianças, isso era bom! Fomos logo em direção à arvore que tinha um balanço, Alan insistiu de ir primeiro e eu deixei, comecei a escalar a árvore e parei não muito longe do chão, Alan me olhou e sorriu, eu sorri de volta, começou a fazer um vento um pouco forte, que bagunçou meus cabelos, eles eram curtos, e cabelo curto quando bagunça é um pouco chato pra arrumar. Descemos, pedi dinheiro à minha mãe e fomos comprar algodão doce, depois sentamos e começamos a comer —
Acho que eu nunca vou esquecer desse dia! m*l começou, mas eu tô adorando!
— Ele disse empolgado, enquanto comia mais —
Eu também! Quando você voltar, a gente pode sair de noite e ir ver as estrelas na praça que tem perto de casa!
— Eu disse animada —
Isso é coisa de menina!
— Ele fez careta —
Ta, o que você sugere?
— Falei desafiando-o a inventar algo melhor —
Podemos assistir filmes de terror, e dormimos em quartos diferentes de luz apagada, quem amarelar, vai ter que comer canela!
— Ele deu uma risada maléfica —
Eu topo!
— Fizemos toque de mãos, nos entreolhamos e sorrimos, eu amava ver o Alan sorrindo! tenho que admitir. —
Terminamos de comer, fomos brincar mais um bocado, depois voltamos, começou a chover, minha mãe estava ocupada, então eu e ele corremos pro fim do condomínio, o cachorro da vizinha correu atrás de nós, Alan deu gritos muito femininos e engraçados, quase mijei de rir... Eu consegui pegar o cachorro no colo e acalmá-lo, voltamos, chegamos perto da casa do Alan, nos despedimos e comecei a andar, olhei pra trás e acenei novamente...Ele só sorriu, fui até a casa da vizinha e entreguei o cachorro, logo após voltei pra minha.
~
Você vai ficar gripada!
— Minha mãe estava na sala, ela me assustou, eu fiquei sem jeito e fui pro banheiro, me despi e entreguei as roupas a ela, tomei banho e coloquei um vestido...Deitei na cama e encarei o teto... Eu ia sentir falta do Alan...mesmo eu sendo chata e ele irritante, eu sentiria falta dele... comecei a chorar, até que peguei no sono. Acordei 07:00 do outro dia, só desci correndo, minha mãe estava chorando na cozinha, mas eu ainda não tinha me tocado disso —
Mamãe! Que horas o Alan tem que estar no aeroporto?
— Eu estava nervosa —
09:00, nós vamos com eles... Relaxa...
— Ela falou tentando me acalmar —
Ufa! Hey! Você está chorando porquê a mãe dele também vai?
— Fiquei surpresa —
Sim, do mesmo jeito que você ficou triste por causa dele, eu também fiquei.
— Ela se levantou e foi terminar de torrar os pães —
Ah...entendo.
— Voltei pro meu quarto, fiz minhas higienes, dessa vez penteei o cabelo, coloquei uma calça rosa, a mesma sapatilha de ontem e uma blusa de frio simples (branca), peguei meu urso favorito e desci, nós tomamos café, e fui pra frente de minha casa, Rafael veio até mim, e ficamos conversando até Alan chegar. —
É hoje!
— Ele disse desanimado —
A gente vai ...sentir sua falta...
— Percebi que Rafael disse isso meio que travando —
É ...
— Apertei o meu urso —
Também vou sentir falta de vocês, então...eu tenho umas fotos nossas, e quero deixar uma com cada um de vocês, para vocês se lembrarem...
— Ele entregou as fotos, cada uma era aleatória, a minha, estávamos sentados no sofá da sala da casa do Rafael, Alan estava com um sorriso *Colgate*, eu estava com uma cara de paisagem e Rafael com um gesso no pescoço e com uma mancha roxa no queixo, mesmo assim, sorrindo igual Alan; A foto do Rafael, estávamos numa festa fantasia, eu me vesti de princesa, Alan de pirata e Rafael de piloto de fórmula 1 ...todos nós sorríamos. E por fim a de Alan, era a mais recente, foi no dia que fomos na sorveteria, eu estava toda suja e com a boca aberta, porquê estava chorando, e os meninos puxando meu urso. como se fosse um cabo de guerra. —
Nossa!
— Eu disse e gargalhei —
Vou fazer um quadro dessa!
— Ele sorriu —
Bom, então ...vocês vão comigo ao aeroporto?
— Alan estava com um sorriso meio falhado —
Sim...
— Eu e Rafael dissemos juntos —
ótimo!
— Ficamos conversando, até que os pais deles chamam ele para ir pro carro, e ele foi, Eu fui no de minha mãe e Rafael com os pais dele. Em 20 minutos chegamos ao aeroporto, eu abracei o Alan durante uns 6 minutos e escondi meu rosto em seu peito e comecei a chorar, ele também chorava. Depois Rafael fez um toque de mãos e abraçou ele rápido. —
Olha, Alan...Quando eu disse pra você ir embora, eu só estava brincando...Cedo ou tarde eu ia sentir sua falta e ir na sua casa ...
— Eu disse arrependida —
É, eu sei...!
— A expressão dele ficou de ´´Você me ama, tá na cara!´´ mas se desfez rapidamente —
Vamos fazer uma promessa...?
— Sugeri —
Vamos!
— Eles disseram em uníssono—
Para sempre amigos?
— Estendi meu dedo mindinho, e eles juntaram o deles com o meu —
Sempre!
— Um disse após o outro, o voo de Alan foi chamado, começamos a chorar mais ainda, e nos abraçamos coletivamente —
Toma ,BonecAlan! o Teddy (meu urso), ele vai representar eu e o Monange! Se você se sentir sozinho ou com saudades, abrace ele ok? Nós sempre estaremos com você, não pessoalmente, mas aqui dentro — apontei pro coração dele — Aliás...Somos uma família!
— Ele pegou o Teddy, e o voo dele foi chamado. Alan chorava tanto que não conseguiu dizer nenhuma palavra, e seguiu pro portão de embarque... Ele parou, enxugou as lágrimas e acenou para nós, e seguiu ...Eu não conseguia parar de chorar. —
Saímos do aeroporto, o caminho todo foi tenso e quieto...Ninguém se atreveu a dar um pio. Quando chegamos fui para a casa de Rafael, e encostei no ombro dele, nós tínhamos parado de chorar. —
Logo, logo ele vai estar aqui...É questão de tempo, né pipitchu ?
— Rafael me encarou —
É ...
— Falei suspirando —
Daqui a 5 dias começa as aulas! Vamos pra escola juntos, que tal?
— Ele falou tentando quebrar o clima tenso —
Acho daora!
— Um sorriso conseguiu aparecer em meu rosto ainda úmido pelas lágrimas, passamos uns minutos planejando nosso ano, e fui para casa, minha mãe estava dormindo. Fui tomar banho, coloquei um pijama, sentei no chão e comecei a pensar em como iria ser as coisas sem o Alan... Ele e Rafael foram os únicos que estavam comigo, mesmo sendo pra me sacanear. Sempre me ajudavam e me defendiam de meninos mais velhos e malvados. Eles eram tipo meus irmãos, convivemos juntos desde que nascemos.
Tudo seria diferente sem Alan...Eu deveria ter sido a melhor amiga possível enquanto ele estava perto... —
~ Encarei o teto e me segurei para não chorar. Deitei na cama e dormi ~
— 5 dias depois —
Acordei 09:00, tomei meu café, assisti um pouco de desenho, às 11:00 fui tomar banho e me arrumar para ir pro colégio, terminei às 11:56, e fui esperar o almoço, não demorou muito, minha mãe me entregou o prato e um copo de suco e corri pra sala pra assistir o último desenho, foi o tempo certo de eu terminar de comer e o desenho acabar. Fui ao banheiro, escovei os dentes, peguei minha mochila e fui até a casa de Rafael. Ele saiu, o pai dele iria nos levar... como sempre, primeiro dia de aula...seguiu normal e tedioso, conseguimos acostumar um pouco sem o Alan.
— 4 anos depois —
Já estou na 6ª série e Rafael na 7ª,ainda estudamos na mesma escola. Mas por enquanto estamos nas férias do meio de ano, resolvemos ir andar um pouco. Conversávamos e ríamos o caminho todo...Fomos na mesma sorveteria que costumávamos frequentar quando éramos mais novos. Tomamos sorvete e voltamos para casa, ele teve que sair com o pai dele e eu fui pra minha casa, como eu gostava de plantar flores, árvores e plantas, quase sempre minha mãe me dava sementes. Dessa vez ela comprou uma semente de pé de maçã, esperei Rafael chegar pra ele me ajudar a plantar. . . demorou um pouco, fiquei na porta da minha casa sentada, até que ele chega e vem correndo até mim.
Ganhei um celular !
— Ele disse todo bobão ,me mostrando o celular—
Parabéns, Rafael !
— Eu ri —
Obrigado! ...— Ele olha pra minha mão — O que você tem aí ?
...