Filho e Pai

985 Words
Uma figura estranha, meio homem, meio lobo se arrastava pelos cantos de um hospital abandonado dentro de uma floresta em Downtown. O Lobisomem estava todo perfurado pelo corpo com marcas de tiros e cortes profundos, ele m*l conseguia ficar em pé, sangrando por todos os lados. Então ele se rasteja até um monte de entulho no meio do pátio do hospital abandonado, onde tinha um buraco enorme no teto e a luz do sol entrava por ali, mostrando melhor o estado dele. O Lobisomem tinha metade do rosto completamente desfigurado, com parte dos dentes a mostra pela bochecha, seu corpo inteiro com ferimentos de balas escorrendo sangue, fora o som esquisito de um homem e um animal gemendo de dor ao mesmo tempo. A criatura m*l teve tempo pra respirar, e uma parede logo à frente caiu com tudo no chão, de repente. - Willard... Willard... você tá um lixo! Jack sai do buraco na parede com os punhos brilhando em vermelho. - Da última vez que eu te vi, você era um lobisomem horrendo e sarnento com quase 7 metros. Agora você é um lobisomem horrendo e sarnento com menos de 3 metros e com mais furos do que queijo suíço. O Lobisomem ri. - Meu filho, você continua impressionante. Ainda não sei como você é o único capaz de resistir aos meus poderes psíquicos, como no torneio, você era o único que conseguia ver através do meu disfarce. - Willard falava devagar e tossindo. Vendo o estado dele, j**k baixou a guarda e pôs as mãos nos bolsos do casaco, então foi andando até Willard devagar. - Veio aqui me m***r? Então faça logo, não vamos perder mais tempo. - disse Willard. - Eu vim com essa intenção, mas vendo o estado que você tá, você não deve durar mais do que meia hora. Mas mesmo assim vou ficar aqui, eu vou ser a última coisa que você vai ver nessa sua vida miserável. Willard ri, tossindo mais sangue, depois diz: - Não tem coragem, é? Você é muito bondoso j**k, puxou a Olinda. Mesmo depois de tudo o que eu fiz, não tem coragem de m***r o próprio pai. Jack fica calado, olhando pra ele. - Acabe logo com isso, j**k. Mas ele ainda não respondeu. - ACABE LOGO COM ISSO! VINGUE A SUA MÃE! - Willard deu um grito. Jack parou de andar bem na frente dele. - Eu nunca gostei de você, Willard. Mas depois do que você fez, depois de m***r a mulher que eu mais amava nesse mundo, eu passei a sentir um ódio maior do que eu jamais pensei que pudesse sentir por alguém. Willard deu um sorriso. - Você matou minha mãe, drenou o sangue dela, tudo pra que? Pra virar um lobisomem defeituoso e no fim morrer num buraco como esse? Pff... Num salto, j**k caiu em cima do peito de Willard, fazendo ele dar um grito de dor. Então j**k segurou a cabeça dele com as duas mãos e disse bem próximo ao focinho dele: - A única coisa que sinto por você no momento, é pena, Willard. Willard rosna pra ele. - Não vale a pena, você não é digno do meu ódio, morra nessa existência medíocre por causa de um plano ridículo que falhou e que você mesmo elaborou. Jack então saiu de cima dele e foi andando em direção ao buraco na parede. - Essa situação me lembra a primeira vez que nos enfrentamos pra valer. - disse Willard. Jack parou por um instante. - Você disse que iria me m***r, mas agora que tem a chance, não consegue cumprir com a sua palavra. Willard vê que j**k parou de andar. - Somos iguais j**k, dois covardes. Você disse que sente pena de mim, você me despreza, mas eu sou seu pai, eu sou parte de você, querendo ou não. - Não. Eu sou órfão a muito tempo, um órfão muito rico, mas ainda órfão. Não somos nada parecidos, eu tive a sorte de ter a família que tenho, da qual você não faz parte. Mais uma vez, Willard ri tossindo sangue, mas com um sorriso de satisfação. Em suas últimas forças, ele diz: - Um dia você vai olhar pro céu com partes de você mesmo faltando, e então vai dizer: "O que foi que eu fiz da minha vida?". Ele dá uma gargalhada e completa: - Nessa hora você vai perceber, que não é tão diferente de mim assim. Jack não dá atenção a ele, e então se dá conta de uma coisa, ele observa Willard completamente perfurado por balas e cortes, e lembra da base da C.I.R.C.E que foi atacada, então diz: - Você roubou o Peso Vermelho, não foi? O Lobisomem encosta a cabeça nos entulhos e respira devagar. - Onde está o Peso? O que você fez? Willard respirava cada vez mais devagar e seu coração batia cada vez mais lento, e seus olhos iam se fechando aos poucos. Jack foi para cima dele e o segurou pelo pescoço, levantando o lobisomem do chão. - FALE! Willard encara ele e diz com uma voz fraca e devagar: - Os demônios que nós criamos... sempre voltam para nos caçar. - De qualquer forma, vai ser um prazer ver você morrendo! - Ah... eu não perderia tempo com isso... j**k. Se eu fosse você... eu passaria as últimas horas de vida das pessoas que eu amo, junto com elas... despedidas podem ser... trágicas. - Do que você está falando? O pulso de Willard estava quase parando. - DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO SEU DESGRAÇADO?! Willard então junta o resto da força que tem e num último suspiro, ele diz: - A Califórnia está prestes a ficar muito agitada hoje. E enfim, Willard Piwbrins morre. Jack larga o corpo dele, fazendo um som altíssimo quando bate no chão. Pensativo, j**k entende a dica e entra em desespero. - MARLON!
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