— Olá... Pareço péssima. Rouca e incolor. Não quero que as pessoas sintam pena, mas a julgar pela pausa, Leila ficou um pouco confusa. — Olá, Aika... Desde as primeiras palavras da minha amiga fica claro que ela não está com raiva. Cobre-me com uma onda de autopiedade ainda maior do que quando a minha mãe chegou. Eu seguro por alguns segundos e depois soluço. Caio de cara na palma da mão aberta e rugo para o telefone da minha amiga. Ela me acalma, mas eu choro mais ainda. — É isso, Aika... É isso... Tudo vai ficar bem, se acalme. Por alguma razão, não acredito nela, mas tento me acalmar. Entre soluços irregulares pergunto: — Todo mundo está falando de mim, certo? Eles estão rindo de nós? Por “nós” não me refiro a Marcos e eu, mas à família Dzhemilev. Os dias que passei presa levaram-

