Capítulo 07

1319 Words
Laís narrando Arthur estava demorando, assim que o mesmo chegou, aprovei sua entrada ao apartamento e então o porteiro deixou—o subir. Quando abri a porta, encontrei—o com os olhos arregalados, ele estava assustado. — O que está sentindo? — perguntou pegando as bolsas da minha mão. — Um desconforto. — estávamos descendo pelo elevador. — Acha que aguenta até o hospital? — perguntou, acelerando o carro com cuidado. — Se você conseguir ir mais rápido. — pedi. Arthur desviava dos carros a nossa frente, passava alguns sinais quando necessário. Ele me deixou na frente do hospital e foi para o estacionamento. Uma enfermeira se aproximou com uma cadeira de todas, fazendo—me sentar. — Nós iremos te levar para um quarto. — avisou. — Minha bolsa já estourou. — avisei. — O bebê irá nascer daqui a pouco, vamos? — perguntou. — Estou esperando o... — fui interrompido. — Cheguei. — Arthur estava com as bolsas e respirava ofegante. — Até que enfim o papai chegou... Vamos? Arthur deu de ombros e ignorou o comentário da enfermeira. Ela me levou primeiro para um quarto e colocaram—me em uma cama. Uma médica veio checar a minha pressão e dilatação. — Precisaremos fazer cesariana. Precisamos ter o dobro do cuidado com os gêmeos. — assim que ela falou, Arthur ergueu as sobrancelhas, estava impressionado. — Você vai ter gêmeos? — perguntou. — Sim. — respondi. Em nenhum momento depois disso olhei em seus olhos. Sabia que ele estaria confuso e me encheria de perguntas. — Nós precisamos ir agora. — a médica anunciou. Levaram—me para a sala de parto. Estava começando a ficar extremamente nervosa. Durante o caminho, Arthur mandou mensagens para todos avisando onde estávamos. Não soltei sua mão por nenhum segundo. Após ele ter feito todo o procedimento de higienizarão e ter colocado a roupa verde como a dos enfermeiros, posicionou—se ao meu lado, segurando a minha mão novamente. — Vai dar tudo certo. — seus olhos estavam vermelhos, ele estava com vontade de chorar? — Arthur? Promete-me uma coisa. — pedi. — Fala. — Se acontecer qualquer coisa comigo, por favor, cuida deles para mim. — pedi, sentindo lágrimas descerem. — Não vai acontecer nada com você, fica calma. — choramingou. Eles me deram a anestesia e só sentia da cintura para baixo. Encarava o rosto do Arthur. Suas expressões mudaram de acordo com o que acontecia. Não sabia de nada que estava acontecendo. Sentia—me por fora do assunto. Ouvia algumas vozes, Arthur assentiu em direção aos médicos, seus olhos estavam cheios de lágrimas. — Sua menina nasceu. — contou. Não pude conter o choro. Esperei que me entregassem ela, mas não fizeram. Logo Bernardo veio para o meu colo. Com certeza ele não se parecia nenhum pouco com o pai dele, muito menos comigo. Dizem que às vezes as crianças puxam as características dos avós, não me lembrava muito da fisionomia dos pais do Hugo. — Bem—vindo Ber. — acariciei sua bochecha. — Precisávamos levá—lo. — uma enfermeira tirou—o dos meus braços. Meus bebês haviam nascido antes do esperado. Assim que eles os pontos, teria que ficar de repouso algumas horas antes de amanentá—los. Provavelmente colocaram algum remédio que me fizesse dormir no meu sono. A ultima coisa que enxerguei foi Arthur com os olhos vermelhos, não sabia exatamente o que estava acontecendo. [...] Acordei aos poucos, era de manhã. Havia passado tanto tempo desde que havia visto os meus filhos, por falar nisso onde eles estavam? Ao olhar para o lado, encontrei meus pais conversando com uma moça, ela parecia ser enfermeira. Procurei Arthur pela sala, mas provavelmente ele já havia ido embora. — Filha. — minha mãe se aproximou, estava emocionada, mas não entendia seu olhar triste. — Quando irei amamentá—los? — perguntei a enfermeira que estava ao meu lado. — O Bernardo já está a caminho. — respondeu. — E a Valentina? — perguntei preocupada. — Houve algumas complicações, ela precisará ficar na incubadora por um tempo. — minha filha estava doente? Era por isso todos os olhares triste? Por isso não me deixaram segurá—la? Esperei que Bernardo chegasse ao quarto. Estava nervosa e cansada. Não queria chorar, mas só de imaginar que a minha menina poderia estar sofrendo nesse momento por qualquer descuido meu, já me sentia m*l. Maria Eduarda estava carregando Bernardo para dentro do quarto. — Olha só quem encontrei no meio do caminho mamãe. — Duda me deu um beijo, estava acompanhada pelo seu namorado. Entregou—me Bernardo com cuidado. — Oi amor da mamãe. — beijei a ponta da sua cabeça que tinha poucos fios de cabelo. Após a enfermeira me explicar como funcionava o processo de amamentação e ter consciência de que poderia doer, deixei que meu filho se alimentasse. No início ele pareceu recuar. Mas depois sugava todo o meu leite como se fosse acabar a qualquer momento. Era a melhor sensação do mundo. — Nós iremos nos revezar nesses primeiros meses. — Duda começou a falar. — Seus pais, dona Margott, Manu e Heitor, eu e o Pedro. — explicou. Senti falta de um nome, mas não quis perguntar. — Todos estão lá fora. — contou. — Inclusive Arthur e a namorada. — Duda já queria me deixar preparada para o que eu pudesse ver. Assim que todos entravam pude perceber que em suas mãos haviam pacotes de presentes. Meus bebês m*l nasceram e já estavam sendo paparicados. Provavelmente Arthur os avisou sobre o s**o dos bebês. Além dos mais, todos pareciam impressionados em ser dois. Deixei que cada um pegasse Bernardo no colo. Foi engraçado quando chegou a vez da Vanessa e ele abriu um berreiro. Ela ficou sem jeito, mesmo porque já tinha dito que não levava jeito para tal coisa. Quando a enfermeira veio buscar o Bernardo, senti—me m*l pela distância. — Nós trouxemos presentes para os bebês. — dona Margott avisou. — Primeiro os da Valentina. Ela me entregou o pacote que estava em suas mãos. Quando abri, avistei três roupinhas pequenas. Tudo uma graça. O primeiro era branco com detalhes em rosa escuro, cheio de cupcakes. O segundo era todo branco com detalhes em rosa escuro, escrito em inglês "mamãe me ama". E o terceiro rosa escuro, com um cupcake na frente. — São tão lindos. — estava emocionada, era as primeiras roupinhas que ganhasse alguém. — Com certeza a Valentina irá amar. Obrigada. — dei um beijo e um abraço como forma de agradecimento. — Não foi nada querida. — sorrio. No pacote que meus pais me entregaram havia roupinhas parecidas com as que dona Margott havia dado. Porém as cores e detalhes eram diferentes. Um era com estampa de oncinha e detalhes em verde. O segundo era rosa, com os mesmos detalhes verdes, só que o desenho um coração sendo desenhado por um batom. O ultimo era todo verde, havia algo escrito em inglês e uma bolsinha desenhada. — Já estão ensinando a neta de vocês ser ousada. — brinquei. — Ela ficará tão linda. Heitor veio empolgado com o presente dele e da Manu. — Espero que goste. — ela falou. Era a roupinha mais fofa. Em tons diferentes de roxo. Uma calcinha roxa com bolinhas brancas ou lilás bem clarinho e um laço para por no cabelo. Já conseguia imaginar Valentina parecendo uma princesa com aquela roupa. — Adorei. É tão fofo. — dei risada e recebi um abraço dos dois. É claro que Duda iria procurar em muitas lojas para trazer algo com a cara dela. A roupa era preta com bolinhas em branco, estava escrito princesa. Havia uma tiara de por no cabelo e uma saia. Era como se fosse aquelas de balé. — É maravilhosa. — elogiei. — Que bom que gostou Laís. — me abraçou.  
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